sábado, 25 de setembro de 2010

A Missão Profética da Igreja - Lição 13

Disse Jesus: "Portanto, ide, ensinai todas as nações ...'' - Mt 28.19a

INTRODUÇÃO

Deus sempre amou a alma humana, mesmo quando distante de seus propósitos, mesmo quando o aborrecia. No AT por muitas vezes houve providência aos de fora. Jonas foi enviado a uma nação pagã e idolatra e isto é somente um pequeno exemplo. Mas, que relação tem a profecia ou o ministério profético com a missão integral da Igreja? Conversaremos um pouco sobre isso neste postulado.

I. A PERSEGUIÇÃO

Sempre, a missão da Igreja foi proclamar as boas novas, i.é, o Evangelho [At 1.8; Mt 28.19-20; Mc 16.15; At 3.19]. Contudo, a despeito da ordem divina discípulos, juntamente com os apóstolos se negavam a assim fazê-lo, permanecendo em Jerusalém. Somente quando veio a perseguição é que ao saírem de para fora de suas fronteiras é que de fato isto se cumpriu. Hoje, infelizmente muitas Igrejas também não cumprem esta ordem. Acha um desperdício financeiro e de tempo, preferem crescer localmente. Isto é muito sério, pois perderem o amor às almas.

Na verdade a perseguição não se dá após o martírio de Estevão, mas a morte deste já é a perseguição e na dispersão, i.é, saída em sentido de fuga a preço de morte, foi então que anunciavam a palavra [At 7.4]. Hoje, também semelhantemente o mesmo comodismo e inércia reinam soberanamente. Todos querem pregar na sua cidade, especialmente na sua Igreja e de preferência no templo central. Veja, já foram os homens chamados, capacitados, já receberam poder do Espírito Santo, porém, negam-se a ser Martyria, i.é, mártir. Dar a vida pela causa assim como fez Cristo, João Batista, Estevão, Tiago [At 12] e outros.

No resumo, o mal da perseguição foi convertido em benção às nações cicunvizinhas, inclusive os samaritanos que eram inimigos há séculos dos judeus. O mal do perigo de morte trouxe vida aos gentios, pois receberam as boas novas de Cristo.

II. OS SAMARITANOS

O verso de At 1.8 é muito claro: “... ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém, Judeia, Samaria e confins da terra”. E isto soava ofensivo aos judeus, principalmente se misturar aos impuros e inimigos. Pedro pondera sobra a sua ida na casa de Cornélio, que era gentio e portanto impuro.

Esta contenda que já existia há séculos teve o seu fim na perseguição. Os pregadores hodiernos se omitem em explicá-la, e, aqui convém esclarecer. Após a morte de Salomão houve divisão do reino, sendo o Reino do Sul composta por duas tribos e meia e o reino do norte composta por nove tribos e meia. O quinto rei do reino do norte, Onri [2Rs 16.24] compra de Semer um monte e lá constrói a capital de seu reino e assim lugar principal de adoração e abominações. Assemelhando-se aos judeus que tinham Jerusalém como lugar de adoração a Deus. Os samaritanos eram proibidos de irem a Jerusalém adorar. Havia guerras entre eles. Somente no cativeiro é que se encontram e lá Deus envia profetas. Porém, mesmo até o retorno, a contenda persistiu [Lc Lc 9.52-53; Jo 4].

III. . O EVANGELHO EM SAMARIA

Este diácono Filipe não era o mesmo apóstolo de Mt 10.3. Note-se que Filipe desce à Samaria [At 8.4-8] e lá prega o Evangelho e as MULTIDÕES o atendiam, i.é. ouviam e viam os sinais. Posteriormente Pedro e João descem também afim de confirmarem se de fato os samaritanos receberam com alegria ao Evangelho [At 8.14].

Quanto à presença divina tanto enquanto Filipe pregava e/ou quando Pedro e João oravam e estes [os samaritanos], outrora inimigos, receberam sinais, curas e também o batismo com o Espírito Santo [At 8.14-19].

Hoje, olhamos para trás e vemos que precisamos ter uma mensagem como aquela, i.é. cristocêntrica, e não antropocêntrica. Uma mensagem centrada em Jesus Cristo. Do contrário, os sinais e também a presença divina não acontecerão.

CONCLUSÃO

Nós, a Igreja temos esta missão: Ir e pregar, melhor, indo e pregando a salvação em Jesus Cristo. Fora disto é navegar em debaldo e correr atrás de vento... Soli Deo Gloria.

Profº Netto, F.A.

Fontes
1. RICHARDS, O. Lawrence. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. Rio de Janeiro. CPAD, 2007, p.262;
2. HORTON, Stanley M (ed). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro. 12.ed. CPAD, 2009, pp. 600-1;
3. Revista Ensinador Cristão CPAD, nº43, p.42

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Superdicas para professores de EBD: Ética, viver e ensinar sempre!


"Não somos éticos porque somos mestres; somos mestres porque somos éticos! " - Profº Netto, F.A.


Pensando em ética é possível conceituá-la como sendo parte da filosofia que estuda os valores morais e os princípios ideais da conduta humana, e, profissionalmente, como conjunto de princípios morais que norteiam a profissão. Este conceito facilmente se acha em qualquer dicionário de nosso vernáculo. Algo que se questiona com pertinência é: Temos e ensinamos com ética? Ela é necessária ao profissional educador ou ao ensinador cristão? São tantos os questionamentos que colidem neste tema que devo eu poupar o caro leitor, e, afirmar que de fato não somente o ensinador, professor, mestre, como também a instituição de ensino e claro, o aluno precisam ter e serem éticos na prática.

Constitui-se então um desafio para nós educadores identificar, viver e ensinar dentro de padrões éticos, padrões estes estabelecidos visando atender os valores institucionais, educacionais, morais, e, sobretudo objetivando potencializar o que temos por binômio ensino-aprendizagem. Institucionais porque as instituições nada são sem a ética, morais porque estamos vivendo um relativismo moral e educacionais porque os educadores são de fato agentes da ética.

Hoje encerrei a leitura do livro Psicologia da educação da Mércia Moreira, Editora Lê. É um livro antigo e até difícil de entender, contudo, enriquecedor. A partir da página noventa o livro descreve um pouco das experiências piagetianas a cerca da moral e tem como objeto de estudo as crianças. Logo se vê que desde cedo se vive ética. O livro Deus em questão: C. S. Lewis e Freud, editora Ultimato, registra a ironia dos conceitos éticos. Enquanto Lewis contrasta a ética com as leis de transito, Freud dizia: “a ética é um tipo de código de auto-estrada para o tráfego entre os seres humanos”. Basicamente Freud diz que nosso código moral vem do que os humanos consideram útil e recursivo. Lewis é empírico ao dizer que a lei moral é a mesma em todas as culturas, i.é., os hábitos e costumes mudam com o tempo, enquanto a moral e a lei são perenes. Não se vive sem ética.

Assim, observado a necessidade real e patente da ética na práxis educacional, e, evidentemente também na EBD, procuremos nós ensinadores cristãos ser e viver a ética não por necessidade, mas por essência. O respeito às normas internas institucionais, o acato às ordens, como também às doutrinas da Ekklesia. O zelo para com o ensino proposto e para com o educando, etc. Concluindo, me lembrei da frase emblemática do vice-presidente das organizações Globo, João Roberto Marinho, quando disse em entrevista: “Não somos éticos porque somos líderes; somos líderes porque somos éticos”. Eu parafraseio dizendo o mesmo sobre nós professores, educadores e mestres: "não somos éticos porque somos mestres; somos mestres porque somos éticos!" Ética. Ao vivê-la já a ensino. Soli Deo Gloria!

Profº Netto, F.A.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Superdicas para professores de EBD: Alegria!


"E o  meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador" - Lc 1.47

Li recentemente dois livros do Rubem Alves: "Conversas com quem gosta de ensinar", e, "A alegria de ensinar". Ambos me ganharam toda a atenção. Somados representam uma fonte especial, ou, parte de uma safra rara, alucina qualquer educador. Já os sugiro a todos os meus amados leitores, certamente apreciarão com prazer essas leituras. Sim, disse prazer. Ler é prazeroso e alimenta a alma. É. Prazer incomparável, inclusive, outros prazeres são passageiros, mais o ler é perene e acompanha em toda a vida.

Além do prazer, quero dizer agora neste postulado, somado ao prazer de ler e ensinar, direi também  da alegria, especialmente de ensinar, educar, tirar as escamas dos olhos [At 9.18], abrir os olhos do entendimento [Lc 24.31]... Faz-se necessário educar não por necessidade, nem por salário, pois sei que tudo isso é importante e até necessário à sobrevivência do ensinador, contudo, o educador/ensinador cristão, o pastor/mestre assim o faz como parte do seu ser, esta é a sua essência, não buscando ser reconhecido ou lembrado, nem ainda visando honras no que diz respeito a promoções eclesiásticas ou outras quaisquer. Sua maior alegria é ensinar de fato, ver seu aluno avançar em conhecimento e alargar suas fronteiras, alçar vôos mais altos, crescer em desenvoltura e graça... O ensinador de EBD também naturalmente transmite esta alegria e ela irradia aos educandos que dele se aproxima ou lhe ouvem.

Rubem Alves nos seus livros lega a nós educadores por vocação, este ensino comportamental, e, porque não dizer, estilo emblemático dos que labutam nesta seara. Ensinadores/mestres irradiem alegria embriagante, contagiante, deixem-se ver o interior, o motivo que realmente te faz vocacionado por Deus a ensinar das palavras celestes. Os educadores do instituto bíblico IBADETRIM já internalizaram este estilo. Os educadores da EBD assim devem ser por natureza! Soli Deo Gloria.

Profº Netto, F.A.

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