sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

IBADETRIM Forma mais uma turma de Bacharel em Teologia

O ano de 2010 passou velozmente e agora é hora de pensar num breve descanço, chegaram as tão esperadas férias de fim de ano. Na verdade é um breve repouso e preparação para o semestre que se inicia em 2011. Antes porém, de desfrutar do descanço convém olhar bem às sementes plantadas, semeadas no decurso deste ano. Foram mais de cem [100] aulas ministradas no curso de Bacharel, e, isto que dizer que para tal houve uma preparação, planos de aula e muita leitura antecipada. Sem esquecer a correção de muitos, sim, muuuuuuuuitos tabalhos e provas. Paralelamente às aulas do Bacharel em Teologia pesa sobre mim também a responsabilidade de ministrar na EBD, foram mais de trinta [30] aulas, o que faço pela misericórdia de Deus, com muita alegria. Somado a isto, e, com muita honra/alegria, tem as muitas pregações nas congregações e nos cultos de oração no decurso do ano. Ufa! Glória a Deus, está chegando o descanço.

Quero aqui saudar a 5ª Turma de formandos, que concluíram o curso com aproveitamento pleno. Tive a honra e o privilégio de compor o quadro docente que Deus usou para formatar parte dos alunos nos conhecimentos básicos deste tão importante curso, o Bacharel em Teologia. Deixo aqui os meus parabéns à turma, felicitando-a e rogando a Deus que abençoe a todos eles, unja com uma porção do Espírito Santo, a fim de que venham a ser instrumentos capacitados, não pelo IBADETRIM, mais capacitados por Deus, como ceifeiros da seara santa. Deus os abençoe grandemente.

Dentre os formandos, e, já digo que todos são dignos de receber felicitações e reconhecimento, porém, deixo aqui uma menção especial ao diácono Gilcimar Cardoso. Parabéns pelo merecido diploma, Deus seja contigo. Soli Deo Gloria.

Profº Netto, F.A.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Superdicas para professores de EBD: Socialize-se!

O ano de 2010 passou velozmente e sempre ao final de cada ano surgem muitos convites para festas, aniversários, casamentos, formaturas, etc. Aparecem os jantares e churrascos na casa de amigos, sem dizer os famosos "amigo secreto". Isso tudo é muito importante, mas infelizmente os ensinadores/mestres neste período sempre se ocupam com correção de provas, trabalhos, e, fechamento de trimestre. Também há os professores que ensinam com maestria, porém, socialmente são um desastre, não gostam de conversas à toa, dão pouca atenção aos que os cercam, a não ser se o assunto for referente à sua área de ensino. É interessante que existem professores que realmente não tem um circulo de amizade que inclue os seus alunos, eles terminam a aula, pedem licença e se vão.

Faz-se necessário interagir, inclusive, já durante o transcorrer das aulas. O mestre excelente usa em sua metodologia a interação de idéias, trabalha o censo crítico e o respeito entre as partes envolvidas no processo de ensino/aprendizagem, ensinador/aluno, e com os alunos entre si. Em suma, o mestre excelente ensina de forma participativa e inclusiva. A regra ou exemplo de ouro, como queiram, é sempre Jesus Cristo, o Mestre dos mestres. Ele comeu com pecadores, pobres e publicanos, tudo isso ensinando. Também participou de um casamento em João cap. 2 e estava entre a multidão. Resumindo, Jesus não era um completo alienado, estava sempre entre as pessoas, as amava, e, usando um termo pastoril: "cheirava a ovelha", i.é., tinha cheiro de ovelha, porque as valorizava ao estar com elas.

Nós ensnadores de EBD devemos sim valorizar mais nossos alunos, lhes dar mais atenção fora da sala de aula. Lembrando que para muitos deles, nós somos o exemplo e o que mais eles querem ser. Gastemos mais conversas com os alunos e sendo possível também devemos participar dos eventos sociais. A palavra de ordem é: socialize-se. Soli Deo Gloria.

Profº Netto, F.A. 

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

O Ministério da Intercessão - Lição 10

O que é ser um intercessor de verdade? Você se intitula intercessor? Pensei bem e refleti nos exemplos de homens e de mulhreres de Deus que estão na bíblia como exemplos de verdadeiros intercessores, concluí que oro mais não me assemelho a tais. Concluí também que os maiores exemplos de intercessores que a bíblia nos legou, muito nos ensina, uma vez que doaram a si mesmos, sentiram a dor dos outros, e, suplicaram não pela sua causa, mas pela causa alheia como se fosse a deles. Oro, mais ainda não sou como Moisés, Samuel, Jó, Daniel, Paulo ou o maior de todos: Jesus Cristo.

O que é uma oração intercessória? AT é pródigo em exemplos de homens e de mulheres intercessores. Senão, olhemos alguns deles: Abraão; José, o governador do Egito; Moisés; o profeta Samuel; etc.

Abraão intercedeu por Sodoma e Gomorra [Gn 18 e 19], José intercedeu junto a Faraó em favor de seus familiares [Gn 46.31-34], Moisés intercedeu pelos hebreus pecadores [Ex 32.32], e, Samuel intercedeu pela nação [1Sm 7.2-6]. Compensa ler 1Cr 4.9-10; Ez 14.14,20; Jr 15.1.

Conhecemos a teologia e o contexto de cada um desses textos, contudo, na prática dos dias atuais, nós olhamos o ensino e o exemplo de vida de cada um deles. O estilo de vida focado em amar a Deus, adorando, louvando e servindo aos outros, seja intercedendo ou participando diretamente das necessidades alheias

Fala-se muito e pratica-se muito pouco quando o tema em questão é oração. Os cultos/reuniões de oração resistem ao tempo, justamente porque uns poucos persistem e o fazem por amor às almas, zelo pela vocação, e, sobretudo, para terem intimidade com Deus. Sempre que posso participo dos cultos de oração nas sextas-feira. Já fiz campanha de oração indo até um monte orar, e, pela graça de Deus obtive resposta divina. Ultimamente tenho orado especialmente para que Deus abençoe aos jovens solteiros para que venham a se casar com as filhas de Deus. Também tenho orado em favor da EBD, afim de que Deus use os ensinadores/mestres no ensino da santa palavra. Soli Deo Gloria.

Profº Netto, F.A.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

A Oração e a Vontade de Deus - Lição 9

INTRODUÇÃO
A noiva inteligente procura conhecer em tudo o seu noivo, seus intentos, projetos, desejos, planos... Em resumo conhecer da vida pessoal e profissional. O noivo também procura saber ao máximo da noiva a fim de poder agradá-la. A esposa busca conhecer ao marido e vice e versa. Um profissional além de ter total domínio do que faz procura conhecer o status quo e o plano organizacional da empresa onde trabalha. O cristão sabe que Deus é onisciente, contudo, acomoda-se em não buscar conhecer a Deus e isso em todos os aspectos. Inchamos o peito ao dizer que os discípulos de Jesus eram indoutos, leigos e inexperientes. Concordo. Eram mesmo tudo isso antes de conhecer e de conviver com o Mestre. Depois de o conhecerem não foram mais os mesmos. Nós também o conhecíamos. Nosso papel é dentre outros, conhecer e obedecer adorando.

I. A ORAÇÃO E A VONTADE DE DEUS
Algo que chama muito à atenção em nossos dias é exatamente a desvalorização do ensino nas igrejas protestantes. Sei que muitos clérigos e leigos discordam de minha posição, porém, não minto, digo a verdade. Veja: muitos professores de EBD o são somente pela experiência enquanto cristãos; conhecem muito pouco de bíblia e de teologia; desprezam a metodologia e a didática, preferindo o empirismo; querem que os alunos engulam de goela a seco o que é ensinado por eles; o tempo, ah o tempo... o tempo de aula varia pela média de 30 a 40 minutos, quando 90 minutos ainda é pouco; pouquíssimas igrejas tem sala de aula para a EBD que não sejam o próprio templo; sem dizer que não poucos professores o são pelo status e não pela vocação, o chamado; etc. Resumindo, o comentarista disse: “É fundamental que o suplicante conheça profundamente a quem Ele dirige suas orações...”. E eu digo: Como conhecerão profundamente se a EBD não ensina?

Qual é a vontade Deus à igreja? Que ela ame a Deus completamente. Indo, ensinando, chamando, batizando, conforme a comissão divina. Indo aos cativos, ensinando as doutrinas de Jesus Cristo, chamando de volta os desviados, e, assim não se secularizando e nem desertando da comissão, i.é, [isto é] obedecendo a Deus e amando a si mesma, as almas, a igreja, a Palavra, ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. Será que a EBD está ensinando a vontade de Deus?

Tem pessoas que não conhecem a Deus, a igreja, o estatuto da igreja, até é consagrado mais não sabe quais são as suas funções, não sabe o nome dos livros da bíblia e muito menos o teor da bíblia, também não conhece nem a ele mesmo... e ainda quer ensinar. A Vontade de Deus é singular para cada um: para Adão, a vontade de Deus foi a santidade, o domínio, a obediência e adoração; para José: o governo providente favorável a um povo fazendo Deus ser conhecido; para Moisés: ser porta-voz de Deus tornando conhecido o seu poder; para Jesus Cristo: obedecer e ser redenção a todos que o receberam e aos que virão a crer. A vontade Deus para mim: eu já sei. E você?

II. ORAÇÕES NÃO RESPONDIDAS POR DEUS
Acho que aqui o comentarista quis dizer, acerca de orações egoístas, dizer da necessidade do cristão olhar para os outros, às suas necessidades, fraquezas, impotência e carência de Deus. Ao invés de ter uma oração autocentrada, ser mais sensível a dor e à causa alheia. Compensa ler a parábola do fariseu e o publicano [Lc 18.9-14]; observar a Balaão e Balac [Nr 22 a 25; 2Pe 2.15; Jd 1.11; Ap 2.14]. Ainda é bom destacar dois grandes exemplos dos propósitos das orações: Ana que orou e cumpriu o seu voto em levar o seu filho à casa de Deus para o servir; e, o apóstolo Paulo que dava graças a Deus pelos de Éfeso para que lhes desse o espírito de sabedoria, revelação e de entendimento [Ef 1.16-17].

Será que é certo pedir a Deus posição social? O status, o querer destacar-se em detrimento dos demais, o querer os holofotes para si... Isso tudo é um grande mal, um cancer e infelizmente muitos são assim. Graças a Deus que existem os vocacionados, porque alguns fazem o serviço sagrado motivado pelas suas razões. Compensa ler Mateus 10.35-45; Mt 20.21-22 sobre a mãe de João e de Tiago que fez um pedido inusitado a Cristo; também 2Samuel 15 e 1Reis 1.5-31, onde Absalão usurpa o trono do pai e Adonias usurpa o trono do irmão Salomão. Convém explicar Fp 2.6 onde Paulo diz de Cristo não usurpar a igualdade divina.

Jesus Cristo sendo o próprio Deus conheceu o interior daqueles que o acercava. A isto Ele descreve o interior da liderança judaica com uma metáfora aterradora: “sepulcro caiado...”. Por fora beleza e formosura, aparência bela e palavras lindas. Por dentro podridão, cegueira, morte e imundícia. Pensando em mim e já que oro tão pouco, devo realmente me policiar para não ser igual àqueles que Jesus denunciou.

III. ORAÇÕES ATENDIDAS POR DEUS
Sinceramente, penso que os argumentos do comentarista neste tópico foram muito fracos. Falar das orações respondidas por Deus a Salomão, Elias e Davi é importante, contudo, certamente nem todas as orações feitas por esses nobres homens de Deus foram prontamente atendidas. Mesmo assim o destaque aqui é exatamente a oração que visa a vontade de Deus. Este foi o diferencial, não porque eram bonzinhos, reis ou profetas. Certamente o diferencial foi a oração visando a vontade de Deus tendo o coração e a vida conforme num padrão de santidade. Você leitor argumentará que todos eles falharam. Sim, concordo. Mesmo assim quando tiveram as suas orações atendidas estavam totalmente submissos a Deus e ponto.

CONCLUSÃO
Digo eu que o segredo para uma vida de oração viva e eficaz é viver Êxodo 20.7; Mateus 5.48; 1Pe 1.16. Procurar imitar a Jesus Cristo todos os dias. Será que eu e você podemos orar a Deus dizendo: 'Senhor honra a minha fé, minha vida na tua presença'? Pense nisso. Soli Deo Gloria.

Profº Netto, F.A.

Fontes
Dicionrio Bblico Wycliffe. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009.
Revista Ensinador Cristão. CPAD, nº 44, p.40.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

A Oração Sacerdotal de Jesus Cristo – Lição 8

INTRODUÇÃO
Esta oração feita por Jesus Cristo e registrada unicamente em Jo 17 foi denominada assim, "Oração Sacerdotal", justamente pelo seu conteúdo. Sacerdotal, em função da intercessão plena em favor de outros. Os outros em questão aqui são seus discípulos e os que ainda viessem a crer. Fica evidente a suma importância do lider orar pelos liderados, do cabeça orar pelo corpo ou da videira orar pelos ramos.

I. ORAÇÃO POR UMA VIDA DE COMUNHÃO COM O PAI
O verso 3 é na verdade uma sintese teológica universal, senão, observe que diz simplesmente que a vida eterna/salvação é: 1.conhecer a Deus como único Deus real e verdadeiro; 2.conhecer a Jesus Cristo como enviado. Perguntei pra mim mesmo: Tu conheces a Deus? Se não. Procures conhecer. Às vezes ousamos dizer que Deus “tem poder”, quando o deveríamos dizer com convicção que Deus “é o poder”.

Os relacionamentos entre as pessoas estão cada vez mais frios, técnicos e amistosos. Muitos conversam ou se aproximam apenas pelo necessário. Cristão, não corra este risco de esfriar, amornar no relacionamento com Deus, busque adorar a Deus com todas as forças da alma, espírito e coração, isto é, [i.é.,] completamente.

Ler, orar e meditar na Palavra de Deus deve ser uma constante na vida do cristão, isto se este quiser ter uma boa estrutura espiritual. Observe que muitos que outrora se sentavam ao seu lado sumiram, e, não mais estão no Caminho. Esfriaram, desistiram, desencantaram-se. Deixaram de ler, orar, meditar e de ira à igreja adorar. Veja que no final do Salmo 133 é dito: “ali Deus ordena a sua benção”. Ali aonde? Na comunhão, na reunião dos santos.

II. ORAÇÃO POR PERSEVERANÇA, ALEGRIA E LIVRAMENTO
Perseverar? É estar firme, convicto, não mudar em conceito, perdurar em ação. O que difere de teimosia, pois, esta evidencia a obstinação, teima excessiva em algo com fins humanos. Enquanto o perseverar já busca um fim coletivo ou pessoal, porém, com base num ensino, doutrina bíblica, etc. Os teimosos andam na contra mão, já os que perseveram estão no caminho certo, às vezes, devagar, mais sempre firme nas promessas.

Os discípulos são alvo da oração de Jesus [Jo 17.11-12] para que fossem sustentados por Deus e para que vivessem em unidade de vida, espírito, adoração e de testemunho, sobretudo, que guardassem tudo o que tinha aprendido. At 2.1,42,46 é singular em nos dizer que diariamente estavam no templo, perseveram na doutrina, oração, ensino, partir do pão...

Em Jo 17.13 Jesus fala de “alegria completa” e eu perguntei ao texto o que de fato venha a ser esta alegria completa, uma vez que o mundo nos aborrece, uma vez que o mal nos assola, que o inimigo está em nosso derredor? Você já se perguntou se tem essa alegria completa? Pois bem. Talvez sim, talvez não. Fato é que recorro a Lc 10.20 onde o próprio Jesus Cristo afirma que devemos alegrar, jubilar, exaltar especialmente por ter nossos nomes escritos no livro da vida, i.é., no livro dos salvos e nenhuma condenação há. Isso sim me faz ter alegria completa.

Eva alegrou-se por ter seu filho Sete em lugar de Abel; Abrão alegrou-se pelas vitórias; José alegrou em ver e abençoar a sua família; Moisés alegrou-se em ser usado por Deus para livrar os hebreus da escravidão; Ana que era estéril alegrou-se pelo filho que veio pelo milagre; Davi alegrou-se por que Deus era com Ele; Salomão alegrou-se pela sabedoria; Os cegos, coxos, paralíticos, famintos, desprezados alegraram-se pelo amor de Jesus e nós nos alegramos por muito menos, porém, devemos sim alegrar pela salvação em Cristo Jesus.

III. ORAÇÃO POR SANTIDADE, UNIDADE E FRUTOS ESPIRITUAIS
Santidade!? Disse Deus: “sede santos...” [Lv 20.7; 1Pe 1.16]. Jesus, aqui em Jo 17.17 é muito claro ao dizer: “santifica-os na verdade, a tua palavra é a verdade”. Nunca na terra a Palavra de Deus foi tão surrada pelos amigos e combatida pelos inimigos. As pessoas sofrem por não conhecerem esta palavra salvadora, libertadora, que transforma o indouto em um sábio. O apóstolo Paulo é enfático: “Prega a palavra...” e muitos lêem um verso e querem pregar. Não é à toa que as pessoas buscam a Deus, pois, vão à igreja ouvir algo que as alegre, sare a depressão, alivie o fardo, cure as feridas e que lhes dê paz na alma. Emfim, ouvir a palavra de Deus para que as ajude a serem santas diante de Deus, da Igreja e dos anjos.

Unidade! Quão bom e agradável viverem juntos [unidos] os irmãos. Ali Deus ordena a sua unção. Ali aonde? Na unidade e na comunhão. O Apóstolo Paulo em Rm 12.4-5; 1Co 12.12-31; Ef 4.3-6 usa a metáfora do corpo e dos membros para falar da Igreja como corpo e cada cristão como membro deste corpo. Agora a Unidade aqui ensinada é principalmente a de um só Deus, um só Espírito e um só batismo. Toda, toda a Igreja na face da terra e as milícias celestiais de Deus adoram perenemente a grandeza, poder, glória e majestade do Cordeiro santo, a saber, Jesus Cristo!

Todo bom pecuarista ou zootécnico sabe que o rebanho improdutivo é certeza de prejuízo ao dono, insatisfação e retrocesso à fazenda. Ovelha improdutiva deve ser tratada para que venha a produzir, ou então, abatida. Aquela que produz, recebe cuidados para produzir o seu máximo. Interessante é notar que todos recebem pelo menos um Dom, uma aptidão, uma faculdade, uma habilidade especial a fim de servir, trabalhar na seara divina.

CONCLUSÃO
A oração de Jesus Cristo registrada em João 17 nos ensina muito, especialmente em orar por nós [Eu e minha casa], por todos os trabalhadores da seara [os que trabalham comigo e/ou longe], e, também pelos que ainda virão a crer em Jesus Cristo e seguí-lo, como nós o fizemos. Soli Deo Gloria.

Profº Netto, F.A.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

A oração da Igreja e o trabalho do Espírito Santo - Lição 7

INTRODUÇÃO
Sobre a oração da Igreja e o trabalho do Espírito Santo é lícito e sensato interrogar: A ação do Espírito Santo depende das orações? Por que o manifestar do Espírito Santo tem sido mais no particular, intracristão, e, menos ostensivo se comparado ao tempo da Igreja Primitiva? Por que a origem da Igreja se deu no Pentecostes? Respondendo, o Espírito é Deus, e, portanto, dentre os seus atributos, tudo pode, i.é., é onipotente e independe do homem. À segunda questão respondo que hoje o manifestar do Espírito Santo alcança uma escala imensamente maior do que no tempo do Pentecostes. Lá se contava facilmente quantos eram os cristãos, hoje são centenas de milhares em toda a terra. De lá se divulgou em todos os séculos e mundialmente os atos do Espírito e não sabemos dos atos do mesmo Espírito no decorrer desses séculos, claro, você pensará: é impossível à humanidade saber esta informação, logo, digo que o agir do Espírito é: ostensivo e/ou velado, contudo, não se divulga a nível mundial as suas ações. Aliás, muitos ainda não foram apresentados ao Espírito, não o conhecem, não o adoram, não ensinam e com isto o tem como uma terceira pessoa em grau, um deus menor. Terceiro, a origem da Igreja é no Pentecostes e não no chamado dos doze ou ainda em João Batista, pelo essencial privilégio da Igreja não existir sem Ele. Resumindo, não se concebe Igreja sem Espírito Santo. Também porque lá no Pentecostes os apóstolos e discípulos tinham sido doutrinados/comissionados, faltando apenas o Selo real.

I. O INÍCIO DA IGREJA CRISTÃ
Na origem da Igreja, temos Jesus Cristo como pedra fundamental, a preparação dos discípulos e dos apóstolos e isto exclusivamente pelo próprio Deus, a saber, Jesus Cristo. Também o derramar do Espírito Santo como Promessa de Deus pelo profeta Joel e também de Jesus Cristo em Jo 7.38-39; Jo 14 e Jo 16. O Pentecostes foi o que denomino de ‘o inaugurar da Igreja’, o selo real de Deus à Igreja. Mesmo assim, tenho visto que os cristãos tem uma visão e um conceito muitíssimo limitados de Atos 2. Especialmente os pentecostais, como eu, e, os neo-pentecostais desconhecem a teologia, o contexto histórico e o real significado cosmológico do “derramar do Espírito”.


Em Mateus 10 temos Jesus chamando os doze, e, assim como em Lucas 10 Ele também chama a setenta, os prepara, os comissiona e os envia. Saulo recebeu ensino antes de seu chamado [At 22.3], pelo que também ensinou a Timóteo [2Tm 3.14] e hoje muitos acham que prcisam somente receber o batismo no Espírito Santo que já é o suficiente para o exercício pastoral. Digo que este conceito é um capricho humano, limitado e incabido.


II. A DISSEMINAÇÃO DA PALAVRA
Particularmente, não concordo que o Espírito Santo prepara pregadores e já sei que alguns discordam desta minha afirmação. Pois bem, se a afirmativa fosse que o Espírito separa, envia, ou ainda concede intrepidez, coragem e poder para testemunhar [At 1.8] os ensinos de Cristo e todas as doutrinas por Ele ensinadas, aí tudo bem. Todos os discípulos e apóstolos que estavam no Cenáculo, no Pentecostes, já haviam sido preparados por Cristo. Inclusive, propondo uma parábola para os meus alunos no IBADETRIM, eu disse: Fosse a Palavra de Deus uma bomba de alcance mundial, o que seria o estopim? O que faria esta bomba explodir? Dentre muitos os alunos somente um respondeu acertadamente: o Espírito Santo é poder e seria o estopim.


III. O ESPÍRITO E O CRESCIMENTO DA IGREJA
Era muito natural o crescimento numérico da Igreja no seu princípio, porém, não nesta larga proporção. No Cenáculo tinham cento e vinte e logo depois já eram cerca de três mil, mais adiante cinco mil. Note-se que os discípulos juntamente com os apóstolos receberam o preparo, o ensino diretamente de Jesus Cristo, somado ao poder [presença sobrenatural do Espírito Santo] e ainda o seu estilo simples de vida comum: adorar, orar, dividir em comum e o ensino, tudo isto resultou na simpatia de todos e no acréscimo das almas. Sem dizer os sinais, milagres e curas entre os cristãos e gentios, feitos por Deus em favor da Igreja. A pergunta é: porque hoje somente as igrejas pentecostais e neo-pentecostais crescem? Porque as igrejas históricas e/ou tradicionais estacionaram em número, crescendo apenas entre si? Agora, o mal maior é que não se questiona e nem se aquilata, nem se mede o crescimento espiritual ou ainda o conhecimento doutrinário e teológico. Há um paradoxo de cunho mundial: cresce a igreja visível apenas em número, porque este número não influencia, não muda e não faz a diferença no mundo. A violência, a desigualdade e tantas outras coisas do inferno estão aí paralelamente à Igreja. Nós não somos seres etéreos! Estamos aqui e devemos ser eficazes e relevantes, senão, a salvação terá sido em vão, foi navegar em debalde, correr atrás de vento e chover no molhado.


CONCLUSÃO
Cristo se esvaziou de sua plenitude em glória celeste, veio e habitou entre nós, por quem morreu em redenção de nossos pecados, nos comissionando a ir pregar e ensinar tudo o que aprendemos. Antes porém, após chamados e preparados, busquemos em oração permanente o poder, o revestimento celeste. Soli Deo Gloria

Profº Netto, F.A.

Fontes
PEARLMAN, Myer. Atos: E a Igreja se Fez Missões. 1.ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2006.
HORTON, Stanley. A Doutrina do Espírito Santo. 1. ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2001.
Revista Ensinador Cristão. CPAD, nº 44, p.39.

sábado, 6 de novembro de 2010

A Importância da Oração na Vida do Crente - Lição 6

INTRODUÇÃO
Na oração o cristão interage e conversa com Deus, adorando, agradecendo, suplicando intercedendo por um favor celestial para um alvo terrenal. Aqui eu penso como foram as orações de Jó. Orar é chorar aos pés de Cristo, derramar-se completamente em alma e espírito, rasgar o coração diante do Deus todo-poderoso. Digo sempre: quem se omite em orar está doente na alma e no espírito. Mt 9.33; Mt 12.22; Mt 15.30; Mc 7.37; Mc 9.17,25; Lc 11.14 em todos estes textos Jesus curou mudos e de imediato eles falaram, primeiro adorando e falando com Deus e segundo como prova do milagre. Nós temos o privilégio de ter todas as faculdades físicas, mas poucos as usam para conversar com seu Salvador.

I. RECONHECENDO O VALOR DA ORAÇÃO
Todo pai se alegra em conversar com os filhos e a falta disto implica em problemas, principalmente a falta de diálogo, aproximação e de intimidade. Sim, Deus é onisciente, porém, se agrada em ouvir seus filhos [Fp 4.6].

Exprimir gratidão pela salvação, pela vida, família, saúde, sustentação material e espiritual, ser grato pelo ministério e vocação, pelas misericórdias, ser grato pelas bençãos espirituais e materiais, tudo isto através da oração. Ana orou e foi atendida, pelo que voltou a casa de Deus para agradecer cumprir seus votos [1Sm 1]. Um coração grato se expressa em paavras, atos, lágrimas... [Sm 18].

Muitos não oram por vários motivos: não foram ensinados, e, se o foram, se omitem; desconhecem a importância da oração, que é armadura [Ef 6.18] contra o diabo e contra as tentações; orar em nome de Jesus Cristo [Jo 14.14]; e após a ascensão Cristo deixou o Espírito em auxílio nas orações dos cristãos [Jo 14.16,17]. Resumindo, quem não ora, fala pouco com Deus e assim tem pouca intimidade. Penso particularmente que quem não ora está morto espiritualmente.

II. A AÇÃO DO ESPÍRITO NA ORAÇÃO DO CRENTE
O Espírio Santo, aquele que está à porta e bate [Ap 3.20], que fez a Palavra ser viva e eficaz [Hb 4.12], que é poder ao descer sobre os cristãos para testemnhar da salvação [At 1.8], Ele habita no salvo, e, sendo assim o cristão é santuário de Deus.

Sabe-se que o Espírito Santo intercede e socorre os que com fé oram a Deus em nome de Jesus Cristo, o Salvador. É sugerido ler: Jo 14.16-17; Rm 8.26-27,34; 1Co 6.19.

III. COMO DEVE O CRENTE CHEGAR-SE A DEUS EM ORAÇÃO
Interessante que para qualquer pessoa falar com uma autoridade deve seguir um protocolo rigoroso, seja governador, presidente ou simplesmente com o chefe direto, observa-se todo um rito. Sempre nessas horas o respeito e a honra  são devidos à autoridade investida e pergunto: Por que algumas pessoas se dirigem a Deus com arrogância, altivez, como se Deus lhe devesse favores? O cristão precisa é orar a Deus com reverência, honestidade e confiança, fé.

CONCLUSÃO
Ingratidão é algo que é muito triste entre os homens, penso que também seja mui triste a Deus. A fé também não é muito buscada, desejada e praticada nos nossos dias. Confiança e dependência de Deus deveriam compor a essência do cristão. Resumindo: na oração de um salvo deveria ter gratidão, fé, confiança e dependência, alegria e comunhão. Soli Deo Gloria.

Profº Netto, F.A.

Fontes
GILBERTO, Antonio. Verdades Pentecostais. 1.ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2006.
Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. 1.ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2004.
Revista Ensinador Cristão. CPAD, nº 44, p.39.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Superdicas para professores de EBD: Valorize a EBD!


"EBD: falar é fácil, difícil é fazê-la eficaz" - Profº Netto, F.A.


Recentemente encerrei uma enquete neste blog sobre o que os leitores acham da EBD. Não foi grande a minha surpresa ao constatar que muitos gostariam de que houvesse mudanas no layout, no status quo, no escopo da EBD atual, exatamente como pensei. Tradicionalmente a EBD [Escola Bíblica Dominical] atrai poucos membros, quando muito e para não errar talvez uns trinta a quarenta por cento da membresia de qualquer Igreja Protestante no Brasil, e, quiça em toda a terra onde a igreja estiver. Como Ensinador Cristão, me entristece muito testemunhar esta realidade, ela é visível, patente e o que é pior: ela é ignorada. Por quem? Pelos administadores da EBD. E porque é ignorada? Simples: porque dá trabalho fazer melhor, mudar, qualificar ao invés de quantificar. E é aqui onde deveria ser investido todos os esforços solucionáveis, afim de potencializar a EBD tonando-a atrativa, arrebatadora, relevante, viva e eficaz.

Não é novidade afirmar que até mesmo os obreiros faltam à EBD, o que é uma vergonha, pois deveriam serem os primeiros! Temos poucos professores altamente qualificados e de alto nível, que dominam e bem a espada, i.é, conhecem com profundidade a Palavra de Deus e mais: que sabem ensiná-la com paixão, humildade e com um sentido prático para hoje. Precisa-se aumentar este número e urgentemente, pois a maioria dos prfessores tem apenas conhecimento empírico. Fala-se muito da EBD, dizem: "É a maior escola bíblica da face da terra". E eu digo que: EBD: falar é fácil, difícil é fazê-la eficaz. O tempo dedicado aos professores para se aplicar a lição é muito pouco, gira em torno de trinta a quarenta minutos em média. Veja, considere que temos quatro aulas mensais de EBD, que somando o tempo não é muito. Sem dizer que o professor tem que espremer a lição. Na igreja onde leciono temos na média trinta e cinco minutos. Outro dia fui numa congregação AD onde o tempo destinado a aplicar a lição é, para a minha admiração, setenta e cinco minutos. Verdade! Quase pedi minha carta de mudança. Podem rir, mas não estou brincando.

Penso que falta muito para a EBD ser excelente como uma agência de ensino. Primeiro, sugiro qualificar os professores em conhecimeto bíblico; aperfeiçoamento didático e metodológico; biblioteca para os professores; plano de aula  alto nível. Sim, plano de aula com profundidade, relevancia e aplicação prática; Investimento em salas de aula, uma vez que as igrejas usam o templo como salas e isto é mui prejudicial, visto que o aluno perde a concentração; falta marketing para a EBD. Observem que a mensagem de púlpito quase sempre é evangelística e há sempre convite à conversão, mais e o ensino? Deveria também haver intenso convite à EBD, especialmente dos neófitos. Assim, digo eu que é urgente valorizar esta fonte de ensino, onde os filhos de Deus se enraizam em conhecimento, amor à palavra e à igreja. Lutero disse: "A palavra sobrevive sem a Igreja, mas a Igreja não sobrevive sem a Palavra". Igreja, valorize a EBD, participe, venha e traga a família, os amigos afastados e fracos na fé. Administradores, pastores e superintendentes de EBD: não sejam negligentes, sejam os exemplos. Deus quer falar aos seus filhos. Valorizem a EBD. Soli Deo Gloria.

Profº Netto, F.A.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Orando como Jesus Ensinou - Lição 5



Disse Jesus: "Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á" - Mt 7.7

INTRODUÇÃO
Notadamente a oração que Jesus Cristo ensinou é a oração mais conhecida dentre todas da Bíblia, nem mesmo a oração sacerdotal [Jo 17], ou ainda a oração pela cura de Lázaro [Jo 11], a oração feita por Moisés em favor dos Hebreus, quando sisse: “... perdoa o seu pecado, se não, risca-me, peço-te, do teu livro, que tens escrito” [Ex 32.32], nenhuma desta é mais conhecida do que a que ensinou Jesus em Mt 6.9-13. Muitos são os exemplos a citar, contudo, esta oração que Jesus Cristo ensinou aos seus discípulos destaca-se pela singeleza, i.é, simplicidade e objetividade.

Que fique bem claro que é uma oração que Jesus Cristo nunca fez e nem poderia fazê-la, veja: "E perdoa-nos as nossas dívidas..." [Mt 6.12]. Por ter ficado conhecida como "oração do Senhor" poderia ter sido melhor intitulada como "oração modelo" ou "oração dos discipulos", pois, Jesus Cristo apenas a ensinou. A estrutura desta oração é singular: a primeira parte foca os desejos de Deus e a segunda, nas necessidade humanas. Na segunda parte [v.13] "E não nos induzas à tentação..." [Mt 6.13], tradução ARC é uma tradução equivocada, visto que Deus a ninguém tenta [ver Tg 1.13]. A tradução mais certa seria "E não nos deixes cair em tentação...". O fecho final: "Pois teu é o reino...", não consta nos manuscritos mais antigos, foi acrescida por copistas e talvez se baseia em 1Cr 29.11-13 ou em Rm 11.36. Não se trata de uma fórmula mágica para ser usada mecanica e friamente como tem sido feita.

I. A ORAÇÃO DEVE SER INERENTE AO CRENTE
Os discípulos ao verem Jesus orando lhe pediram que lhes ensinassem a orar. O interessante deste pedido é que eles os discípulos de Jesus mencionam que João Batista ensinava a seus discipulos [Lc 11.1]. Observe bem que João Batista fica em evidência, logo, os discipulos de Jesus viram que João e os seus estavam orando, Jesus também, mas os discipulos de Jesus ainda não haviam sido ensinados a orar pelo seu Mestre. A pergunta prática é: estamos nós ensinando corretamente os alunos de EBD a orar? Estamos nós orando da forma certa?

Os discípulos conheciam bem a história bíblica, pois eram judeus. Eles sabiam que Moisés, Samuel, Davi e todos os profetas oravam continuamente. Sabiam que Daniel era fervente em oração. Saber orar e a sua importância é primordial, sobretudo, entender o que ensinou Jesus aos seus discipulos: Não ser como os hipócritas [Mt 6.5], significa falar de si para si, chmar a atenção para si, com altivez, divorciado de humildade, simplicidade. Ao orar é preciso ter coração contrito, quebrantado, oferecer sacrifício vivo àquele a quem é alvo da oração, a saber, Deus.

É impossível ser discípulo sem conversar ou conhecer aquele que o discipula, i.é, com o mestre. Jesus deu exemplo: Mt 14.23; Mt 26.36, 44; Mc 6.46; Lc 5.16; Lc 6.12; Lc 9.28; Lc 11.1.

II. A ORAÇÃO MODELO
Quando se fala em “Oração modelo” não está implícito que tenha que ser unicamente naquele formato, engessado, ortodoxo, do contrário, isto seria uma reza, i.é, uma frívola repetição. Contudo, a idéia de oração modelo é exatamente na essência de seu conteúdo, onde destaca-se o reconhecimento do senhoril de Deus; O Reino; a Submissão/Sustentação de Deus e o Perdão.

Ao lermos: “Santificado seja o teu nome” Mt 6.9 estamos declarando a santidade de Deus [Is 6.3; Is 12.4]. O nosso conceito de “Deus Santo” é fraco e insuficiente no nosso vernáculo. Por exemplo, Deus é o Criador dos Céus, da terra e do s mares. Também é Criador de tudo que tem fôlego de vida. Criador de todas as Leis. E ainda ousamos dizer que “Deus tem poder”, quando o certo é: “Deus é o Poder”.

Esta expressão “Seja feita a tua vontade” [Mt 6.10] parece perdida e sem nexo com as outras expressões, porém, só parece, pois, trata-se de um ensino precioso. O homem se submete ao seu chefe, ao dinheiro, às intruções médicas, às regras de trânsito, contudo, tem dificuldade de submeter-se a Deus, mais diretamente à sua Palavra, a Bíblia. Jesus deu exemplo [Jo 4.34; Mt 26.39; Todos os discípulos também, pois, cumpriram o “ide” a todas as nações.

III. DECORRÊNCIAS PRÁTICAS DA ORAÇÃO MODELO
Não pensemos que a mesa farta, a dispensa e/ou a geladeira cheia é fruto da força do nosso braço sem o a sustentação divina. Somente os loucos autossuficientes é que são assim. Compensa ler Sl 127.2; Dt 11.14,15; Dt 28.12.

Como todos pecaram [Rm 3.23] e ninguém há na terra que não peque [Ec 7.20], convém buscar perdão por nossas dívidas, aborrecimento a Deus [Jo 7.7; Jo 15.18,23-24]  e/ou entristecimento do Espírito [1Ts 5.19]. Lembrando sempre que este perdão de Deus está condicionado ao perdão aos nossos devedores, i.é, temos que perdoar primeiro [Mt 6.14-15].

O pedido de livramento do mal não quer dizer que eu ou qualquer outro cristão salvo esteja livre de me cuidar, de vigiar, orar ou ainda de tentar a Deus [Mt 4.6-7]. A Palavra é muito clara quando afirma: "fugi do mal e da sua aparência" [1Ts 5.22; 2Tm 3.5]. Maldito é aquele que peca por dolo, ou seja, ao invés de fugir ele corre para o pecado. É desertor.

CONCLUSÃO
João 15.7 é muito claro, patente: “Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito”. Será que meus pensamentos, pedidos, projetos, sonhos... estão vinculados totalmente à vontade de Deus, à Bíblia e à Igreja? Se sim, Ok. Temos grande chance de nossas orações serem atendidas positivamente. Soli Deo Gloria.

Profº Netto, F.A.

Fontes:
Revista Ensinador Cristão, Ed. CPAD, nº 44, p.38.
BOYER, Orlando. Espada Cortante. 2. ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2006.
GEORGE, Jim. Orações Notáveis da Bíblia. 1. ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2007.
RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1. ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2007.

A Oração em o Novo Testamento - Lição 4


INTRODUÇÃO
A História Eclesiástica nos diz muito sobre a Igreja plantada por Jesus Cristo. Os movimentos marcantes que amoldaram esta Igreja ainda servem de referência para o tempo hodierno. Jesus ensinou tudo sobre o Reino e os discípulos perpetuaram essas doutrinas. O Pentecostes [At 2] também deixou a sua marca, porém, a Igreja primitiva é muito ensina através da sua essência e estilo. Frequentemente usamos o retrovisor para ver e aprender pelos moldes da Ekklesia máter. Como oravam, viviam?

I. A ORAÇÃO NO INÍCIO DA IGREJA
A ordem para permanecer em Jerusalém foi clara e direta: “...sereis batizados com o Espírito Santo”. Compensa ler alguns versos começando por At 1.8 e mais [At 1.4,12-14; 2.1-3; Lc 24.49]. Os motivos? Receberem poder, revestimento, coragem e evidentemente agir pela vontade divina. At 1.8 diz: “Recebereis poder...”, que em grego é dínamo, a mesma raiz de dinamite. Foi por isso que Pedro e os outros foram corajosos e valentes e venceram as perseguições. Uma oração com e no Espírito é viva e eficaz!

Se eu disser que existe Igreja sem a presença do Espírito Santo, me faço mentiroso. Logo, os onze apóstolos ainda não eram a Igreja, e, somente após a descida do Espirito Santo é que de fato nasceu a Igreja, assim a primeira reunião de oração da Igreja plantada por Jesus Cristo foi depois da descida do Espírito e não antes. Longe de mim o semear dissensão. Concordo que a Igreja Primitiva em seu estilo permanente de ensino/comunhão/partir do pão e oração colheu seus frutos. Tratava-se de um estilo, pois, hoje quando dizemos “Reunião de oração” estamos nos referindo a uma escala de atividade das igrejas atuais. Os primitivos não faziam isso com uma minoria, mais sim com todos, unânimes. Compensa ler {At 1.14; At 2.42,46; At 4.24,31; At 6.4,6; At 7.60; At 8.14-17; At At 12.5; At 16.25; At 28.8}.

Pedro e João ao serem presos perseguidos por terem curado ao paralítico em nome de Jesus {At 3} e também por anunciarem em Jesus a ressurreição dos mortos {At 4.1-3} foram presos. A Igreja unânime levanta suas orações a Deus {At 4.24}.

II. PRINCÍPIOS DA ORAÇÃO CONGREGACIONAL
Temos muitos princípios, sejam: ideológicos, éticos, profissionais, também de família e no que diz respeito à Ekklesia não diferimos. Todo filho de Deus que tem uma fé enraizada nas doutrinas apostólicas, e, claro, enraizadas em Cristo, foca suas orações em alvos, alguns permanentes e outros mutáveis. Alvos permanentes dessas orações: crescimento do reino, i.é, avanço do evangelho não somente via terrestre, fronteiriço, mais também avanço em conhecimento de Cristo. Foi o apóstolo Pedro que disse: “Antes, crescei na graça e conhecimento do nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo...” {2Pe 3.18}. Sintetizando, nossas orações precisam focar não somente o crescimento horizontal do reino, i.é, avanço do evangelho, mais também crescer verticalmente em conhecimento de Cristo.

Outras necessidades não devem ser esquecidas, a salvação da família; a sustentação da família; a saúde física, mental e espiritual dos filhos de Deus; nosso país e seus líderes, etc. A Igreja está neste mundo, e, como disse o Pr Enoque: “Não somos seres etéreos...”. Somos sal e luz para este mundo que vivemos.

Os líderes sempre são os primeiros exemplos: Jesus Cristo [Mc 6.46; Jo 17]; Paulo [Fp 1.4]; Pedro e João [At 3.1]; A Igreja Primitiva [At 6.4]; Pedro [At 9.40]; Paulo e Barnabé [At 14.23]. Não somente a Igreja precisa orar pelos seus líderes, mais estes líderes precisam abençoar a Igreja em oração e também serem exemplos de fato de servos que oram. Coisa que não vemos hoje acontecer. Os cultos antigamente começavam mais cedo para que todos orassem antes de começar. Os pastores iam nas casas dos crentes para orar, hoje, quando vão é para almoçar ou então é porque é festa de aniversário, ou, porque alguém morreu, o casal está em guerra... etc.

III - O APÓSTOLO PAULO E A ORAÇÃO
Não temos um conhecimento profundo acerda de Paulo, especialmente onde recebeu as revelações pelas quais escreveu as 13 epístolas e particularmente acho até que Hebreus também foi ele, porém, penso no apóstolo em questão como um desbravador, profundamente preparado em conhecimento, o que nos falta hoje. É verdade, sabemos pouco dEle. Sugiro aqui papirar na biografia deste homem de Deus.

Seu zelo é algo assim assustador. Seu foco, suas energias e concentração eram exclusivas à missão à qual foi comisionado por Jesus Cristo. Neste ponto eu e muitos ensinadores também tropeçamos. O zelo? muitos nem mesmo sabem o que é. João cap. 2 e Mateus 21 apontam Jesus Cristo exercendo este zelo especial, limpar e restaurar o altar, o lugar de adoração...

Paulo sempre orava pelos cristãos, pela Igreja e pelo avanço do Reino.

CONCLUSÃO
Eu penso que oro muito pouco, reconheço isto e já estou mudando. A Igreja precisa reconhecer este pecado, pois, perdeu este amor. Não choramos mais nas orações pelas almas, pela Igreja, por nossa família. Soli Deo Gloria [Rm 11.36].

Profº Netto, F.A.

Fontes
Revista Ensinador Cristão. CPAD, nº 44, p.38.

ZUCK, Roy B. (ed). Teologia do Novo Testamento. 1. ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2008.
BRANDT, Robert L.; BICKET, Zenas J. Teologia Bíblica da Oração. 4. ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2007.
SOUZA. Estevam Ângelo. Guia Básico de Oração: Como Orar com Eficácia no seu Dia-a-Dia. 1.ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2002.
Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro, CPAD, 2009.

sábado, 16 de outubro de 2010

A Oração Sábia - Lição 3

I. INTRODUÇÃO

O rei Salomão ao inaugurar o templo o dedicou ao Rei dos Reis e Senhor dos Senhores. Quando ajoelhou-se diante do Rei [Deus] e de seus súditos, o que era incomum a um rei, fez-se exemplo de submissão e de humildade, reconhecendo o senhoril do Senhor. Salomão dedicou um templo material a Deus em oração, nós dedicamos o nosso templo espiritual afim de que Deus venha habitá-lo.

I. VIVENDO A  DIFERENÇA
Sendo Salomão filho do rei Davi recebeu juntamente com os seus irmãos e irmãs um ensino especial, exemplar e acima da média, para não dizer o melhor daqueles dias. Davi dedicou amor aos seus filhos, porém, falhou nalguns momentos não tendo pulso firme em puní-los, pois Davi estava algemado ao seus pecados pregressos. Sua autoridade real e liderança não valiam para com os seus filhos, os levando à ruína. Amnom deu vazão à sua lascivia animalesca e possuiu a sua meia irmã Tamar e foi morto por seu irmão Absalão [2Sm 13]; Absalão usurpou o trono de seu pai Davi [2Sm 15], e, Adonias fez o mesmo, fazendo-se rei no lugar de Salomão [1Rs 1]. O rei salomão certamente tinha seus defeitos, contudo, antes de ser entronizado a Bíblia silencia neste ponto.

Quanto ao altar, Salomão o edificou a Deus usando do que tinha de mais precioso na face da terra. Este altar se existisse hoje seria uma das maiores maravilhas da terra. Hoje, espiritualmente nós somos altar de Deus. É uma metáfora da condição de cristão, daí dedicá-lo e fazê-lo aceitável a Deus.

Sobre a oração e seu conteúdo destaca-se que Salomão não deixou em aberto um “hábeas corpus” preventivo aos seus súditos. Ele expressou uma verdade universal: o homem é pecador e o sendo, este é passível de desviar-se, de apostatar, de ir ao cativeiro, etc. Salomão sinalizou a busca e perdão a Deus àqueles que viessem a pecar e isto faz toda a diferença.

II. AS CARACTERÍSTICAS DA ORAÇÃO DE SALOMAO
O rei Salomão na sua oração diz que Deus é único [2Cr 6.14], nem na terra ou nos céus ninguém é igual a Deus. Isto foi muito importante [Dt 6.4Dt 6.5-9; 11.13-21; Nm 15.37-41], pois significava obediência e amor exclusivo por parte de todo o reino. Sabemos que o rei logo esqueceu de suas palavras amando mais as suas mulheres estrangeiras e a política [1Rs 11.1-8]. Davi colheu o fruto de seu pecado: espada em sua casa. Salomão colheu divisão e declínio de seu reino. Talvez falte nas nossas orações o primeiro exemplo do rei Salomão: Deus é único.

O rei Salomão na sua oração também proclama a fidelidade de Deus [2Cr 6.14,15] e esta convicção é um conforto ao crente [1Ts 5.24; 2Ts 3.3; Hb 10.23; 1Tm 1.15; 1Tm 3.1; Ap 1.5; Ap 19.11].

Como rei, Salomão entendia as mazelas e fracaços de seu povo, sobretudo, entendia as necessidades e o bem-estar destes enquanto orava. Entretanto, no fnal de seu reinado sabemos que os impostos e a manutenção oprimiam o povo, inclusive, foi o que motivou Roboão a endurecer o seu coração e não absorver o conselho dos mais velhos.

III. A ORAÇÃO INTERCESSÓRIA
Literalmente orar pelos outros, mediar, agir, suplicar sofrendo a dor alheia. No AT, temos os exemplos de Abraão intercedendo pelos de Sodoma, Moisés intercedendo pelo povo, Samuel também, Elias, Jeremias e Daniel.


No período interbíblico, i.é, entre o VT e o NT não há registro de manifestação de Deus aos profetas, contudo, se entende que o povo de Deus não se calou ou deixou e adorá-lo. O exemplo que o comentarista da lição coloca aqui é o do Justo Simeão [Lc 2.25-35]. Em Lc 2.26 temos que o Espírito Santo o revelou a Simeão que ele não passaria pelo morte sem ver o Cristo, i.é, sem ver o messias de Israel. Resumindo: isto se deu durante o período interbíblico. Mais: isto quer dizer que havia justos neste tempo.

No NT, Jesus Cristo é nosso exemplo maior, o intercessor supremo. Há que se considerar também que o apóstolo Paulo, Pedro e outros se destacaram. João 17 registra a oração sacerdotal, onde Cristo ora por ele [Jo 17.1], intercede pelos seus apóstolos e também pelos discípulos [Jo 17.6-9] e ainda intercede por aqueles que haveriam de crer, i.é, nós e outros tantos [Jo 17.20-24]. Em Lc 13.6-9 temos a parábola da figueira estéril, mais um exemplo de intercessão eficaz a ser seguido.

CONCLUSÃO
É impossível assemelhar-se a Jesus Cristo enquanto divorciado da oração. O cristão na sua essência ora a Deus, suplica, se submete, curva-se diante da Cruz e de Deus. Foi assim no AT com os patriarcas, os profetas e os reis que temiam a Deus. Somente assim foram eficazes nas suas orações. Soli Deo Gloria.


Prof Netto, F.A.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Superdicas para professores de EBD: Mestre Águia!!!

Li recentemente a história da águia de James Aggrey, narrada por Leonardo Boff em seu livro “A Águia e a Galinha”, editora Vozes. Já tinha ouvido sinteticamente e sempre me agradara em ouvir. Desta vez, ao ler observei a riqueza de detalhes que dão vida à história. Na suma, James Aggrey, educador africano contou esta história na tentativa de fazer seus compatriotas entenderem que eram maiores do que seus colonizadores diziam. Em sua história, eles os ganeses, eram águias feito galinhas. E isso diz tudo de nós educadores. Eu contudo, quero substituir a galinha da história pelo pardal,  convertendo assim a história de James Aggrey para uma metáfora da condição do ensinador/mestre de EBD.

A águia faz seu ninho nas penhas, nas alturas montanhosas enquanto os pardais em pequenas árvores. Os mestres brilhantes estão em metamorforse perene e sempre para melhor. Seus sucessores aprendem a pensar alto desde seu ninho, assim, evoluem em qualidade. Avançam a fronteira do conhecimento com mais velocidade. Os pardais são sempre pardais, no mundo inteiro. Estes alimentam a seus filhotes da comida cotidiana que está por perto. Já as águias alimentam os seus com alimento sólido e logo que podem saem de seus ninhos, alçam vôos assemelhando-se aos seus pais. Os mestres brilhantes fazem discípulos e estes, inclusive, são impulsionados a fazerem coisas maiores do que seus mestres.

Educadores de EBD somos nós, não nos assemelhando a pardais, mais a águias que ensinam os seus a viver com qualidade e convicção. Às vezes tratados em segundo plano, desprezo e com somenos importância [como se fôssemos pardais], mais tudo bem. Fato é que o que as águias ensinam é perpetuado. Os mestres/ensinadores de EBD assim também o são, seus ensinos se perpetuam de geração a geração, são seguidos até ao dia da partida à eternidade. Soli Deo Gloria.

Profº Netto, F.A.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Disciplina na Igreja!!!

Resumo do livro "Disciplina na Igreja", do Dr RUSSEL PHILLIP SHEDD.

Uma das questões importantes do livro ora estudado é a imperiosa necessidade de disciplinarização perante fatos graves, que afetem diretamente os ensinamentos, preceitos e a ética cristã. O autor descreve da impossibilidade de um cristão convertido, feito nova criatura, adotar práticas ora dantes cometidas, como não conhecedor da palavra.

O apóstolo Paulo descreve com riqueza de detalhes sobre um fato imoral ocorrido na Igreja de Corinto, pois os membros haviam adotado uma concepção errada, ficando atônitos e surpresos com o pecado, quando deveriam ter imediatamente tomado providências. O próprio Paulo descreve expressões como “entregue a Satanás”, “espírito seja salvo”, “lançar fora o velho fermento”, com esperança de produzir arrependimento, sendo essa uma forma de correção, possuindo um poder de solução adequada.

Tal medida deveria cercar-se de publicidade e legalidade, para que todos possam reconhecer tal ato, não podendo este ser admitido dentro da Igreja e o membro devolvido às trevas, para sua morte física, não espiritual.

Essa entrega à Satanás dos chamados cristãos convertidos, conforme registrado acima, o membro era efetivamente excluído, sendo este privado a partir de então, de bênçãos, privilégios e da proteção de Deus, o que entende-se ser sofrimento e doença física. É uma atitude muito séria, mas necessária, pois a noiva do cordeiro não pode se deixar contaminar pelo pecado de um só homem.

O segundo registro, devidamente apontado em 1 TM 1.19-20, Paulo pessoalmente narra ter entregado dois homens de nome Himeneu e Alexandre a Satanás, para serem de forma efetiva, castigados, tendo como motivo desta atitude, o pecado de terem blasfemado, negando a fé que antes, haviam confessado. Tal ato corrobora-se com o registro de 2 TM 2.17, onde Himeneu, juntamente com um homem chamado Fileto desviaram-se da verdade, declarando que a ressurreição já havia se passado, provando que Himeneu não fora um crente genuíno. Diferente de hoje?

Deus disciplinador
Quando a Igreja, por motivos evasivos, condescendentes ou simplesmente ignoram o erro, e por isso deixam de agir, Deus executa a sua disciplina, removendo, cortando do seio da Igreja aquela “árvore que não dá fruto”. Às vezes, não entendemos a disciplina exercida por Deus, mas ela é necessária e pode atingir membros ou até mesmo congregações inteiras, trazendo o juízo de Deus para si e produzir vantagens futuras.

De forma alguma podemos questionar os métodos, as formas e a justiça de Deus no trato com a indisciplina de sua Igreja, que pode chegar inclusive a morte, como foi o caso de Ananias e Safira. Talvez não houvesse questionamento sobre questões financeiras se essas pessoas não tivessem sido mentirosas, que foi o pecado principal. A vítima na ocasião não foi Pedro, não foi João, não foi a Igreja, mas sim o próprio Espírito Santo, habitando sim, na Igreja e este pecado foi absorvido por Deus, fazendo-se a disciplina com a pena capital.

Quando João escreve à Igreja de Éfeso, Deus usa o imperativo “Lembra-te”, exortando a Igreja a arrepender-se, ou seja, que mudem sua maneira de pensar e agir. Neste caso, vemos que Deus dava a essa Igreja a oportunidade de cura espiritual, mas a Igreja já sabia da conseqüência, e, se não, venho a ti e moverei do seu lugar o seu candeeiro, demonstrando assim uma visitação especial de julgamento.

Conclusão
Em síntese, Deus deseja que exerçamos nossa liberdade de escolha com sabedoria, vivendo em santidade porque senão ninguém o verá. Mas que se essa comunhão for quebrada pela ação destruidora do pecado, ele agirá, caso a Igreja não haja. Cabe a esta mesma Igreja a obrigação de estar disciplinando seus membros, pois o que ligardes na terra, será ligado no céu e o que desligardes na terra será desligado no céu.

A leitura assídua da palavra, a comunhão com a Igreja e com os irmãos, faz com que hajamos conforme a vontade do Pai, atingindo a maturidade cristã.

Autor
Thel Berbert Souza, Diácono da Igreja Metodista Unida (Bairro Planalto – Uberlândia-MG)
Bacharelando em Teologia pelo IBADETRIM - Instituto Brasileiro das Assembléias de Deus no Brasil

sábado, 25 de setembro de 2010

A Missão Profética da Igreja - Lição 13

Disse Jesus: "Portanto, ide, ensinai todas as nações ...'' - Mt 28.19a

INTRODUÇÃO

Deus sempre amou a alma humana, mesmo quando distante de seus propósitos, mesmo quando o aborrecia. No AT por muitas vezes houve providência aos de fora. Jonas foi enviado a uma nação pagã e idolatra e isto é somente um pequeno exemplo. Mas, que relação tem a profecia ou o ministério profético com a missão integral da Igreja? Conversaremos um pouco sobre isso neste postulado.

I. A PERSEGUIÇÃO

Sempre, a missão da Igreja foi proclamar as boas novas, i.é, o Evangelho [At 1.8; Mt 28.19-20; Mc 16.15; At 3.19]. Contudo, a despeito da ordem divina discípulos, juntamente com os apóstolos se negavam a assim fazê-lo, permanecendo em Jerusalém. Somente quando veio a perseguição é que ao saírem de para fora de suas fronteiras é que de fato isto se cumpriu. Hoje, infelizmente muitas Igrejas também não cumprem esta ordem. Acha um desperdício financeiro e de tempo, preferem crescer localmente. Isto é muito sério, pois perderem o amor às almas.

Na verdade a perseguição não se dá após o martírio de Estevão, mas a morte deste já é a perseguição e na dispersão, i.é, saída em sentido de fuga a preço de morte, foi então que anunciavam a palavra [At 7.4]. Hoje, também semelhantemente o mesmo comodismo e inércia reinam soberanamente. Todos querem pregar na sua cidade, especialmente na sua Igreja e de preferência no templo central. Veja, já foram os homens chamados, capacitados, já receberam poder do Espírito Santo, porém, negam-se a ser Martyria, i.é, mártir. Dar a vida pela causa assim como fez Cristo, João Batista, Estevão, Tiago [At 12] e outros.

No resumo, o mal da perseguição foi convertido em benção às nações cicunvizinhas, inclusive os samaritanos que eram inimigos há séculos dos judeus. O mal do perigo de morte trouxe vida aos gentios, pois receberam as boas novas de Cristo.

II. OS SAMARITANOS

O verso de At 1.8 é muito claro: “... ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém, Judeia, Samaria e confins da terra”. E isto soava ofensivo aos judeus, principalmente se misturar aos impuros e inimigos. Pedro pondera sobra a sua ida na casa de Cornélio, que era gentio e portanto impuro.

Esta contenda que já existia há séculos teve o seu fim na perseguição. Os pregadores hodiernos se omitem em explicá-la, e, aqui convém esclarecer. Após a morte de Salomão houve divisão do reino, sendo o Reino do Sul composta por duas tribos e meia e o reino do norte composta por nove tribos e meia. O quinto rei do reino do norte, Onri [2Rs 16.24] compra de Semer um monte e lá constrói a capital de seu reino e assim lugar principal de adoração e abominações. Assemelhando-se aos judeus que tinham Jerusalém como lugar de adoração a Deus. Os samaritanos eram proibidos de irem a Jerusalém adorar. Havia guerras entre eles. Somente no cativeiro é que se encontram e lá Deus envia profetas. Porém, mesmo até o retorno, a contenda persistiu [Lc Lc 9.52-53; Jo 4].

III. . O EVANGELHO EM SAMARIA

Este diácono Filipe não era o mesmo apóstolo de Mt 10.3. Note-se que Filipe desce à Samaria [At 8.4-8] e lá prega o Evangelho e as MULTIDÕES o atendiam, i.é. ouviam e viam os sinais. Posteriormente Pedro e João descem também afim de confirmarem se de fato os samaritanos receberam com alegria ao Evangelho [At 8.14].

Quanto à presença divina tanto enquanto Filipe pregava e/ou quando Pedro e João oravam e estes [os samaritanos], outrora inimigos, receberam sinais, curas e também o batismo com o Espírito Santo [At 8.14-19].

Hoje, olhamos para trás e vemos que precisamos ter uma mensagem como aquela, i.é. cristocêntrica, e não antropocêntrica. Uma mensagem centrada em Jesus Cristo. Do contrário, os sinais e também a presença divina não acontecerão.

CONCLUSÃO

Nós, a Igreja temos esta missão: Ir e pregar, melhor, indo e pregando a salvação em Jesus Cristo. Fora disto é navegar em debaldo e correr atrás de vento... Soli Deo Gloria.

Profº Netto, F.A.

Fontes
1. RICHARDS, O. Lawrence. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. Rio de Janeiro. CPAD, 2007, p.262;
2. HORTON, Stanley M (ed). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro. 12.ed. CPAD, 2009, pp. 600-1;
3. Revista Ensinador Cristão CPAD, nº43, p.42

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Superdicas para professores de EBD: Ética, viver e ensinar sempre!


"Não somos éticos porque somos mestres; somos mestres porque somos éticos! " - Profº Netto, F.A.


Pensando em ética é possível conceituá-la como sendo parte da filosofia que estuda os valores morais e os princípios ideais da conduta humana, e, profissionalmente, como conjunto de princípios morais que norteiam a profissão. Este conceito facilmente se acha em qualquer dicionário de nosso vernáculo. Algo que se questiona com pertinência é: Temos e ensinamos com ética? Ela é necessária ao profissional educador ou ao ensinador cristão? São tantos os questionamentos que colidem neste tema que devo eu poupar o caro leitor, e, afirmar que de fato não somente o ensinador, professor, mestre, como também a instituição de ensino e claro, o aluno precisam ter e serem éticos na prática.

Constitui-se então um desafio para nós educadores identificar, viver e ensinar dentro de padrões éticos, padrões estes estabelecidos visando atender os valores institucionais, educacionais, morais, e, sobretudo objetivando potencializar o que temos por binômio ensino-aprendizagem. Institucionais porque as instituições nada são sem a ética, morais porque estamos vivendo um relativismo moral e educacionais porque os educadores são de fato agentes da ética.

Hoje encerrei a leitura do livro Psicologia da educação da Mércia Moreira, Editora Lê. É um livro antigo e até difícil de entender, contudo, enriquecedor. A partir da página noventa o livro descreve um pouco das experiências piagetianas a cerca da moral e tem como objeto de estudo as crianças. Logo se vê que desde cedo se vive ética. O livro Deus em questão: C. S. Lewis e Freud, editora Ultimato, registra a ironia dos conceitos éticos. Enquanto Lewis contrasta a ética com as leis de transito, Freud dizia: “a ética é um tipo de código de auto-estrada para o tráfego entre os seres humanos”. Basicamente Freud diz que nosso código moral vem do que os humanos consideram útil e recursivo. Lewis é empírico ao dizer que a lei moral é a mesma em todas as culturas, i.é., os hábitos e costumes mudam com o tempo, enquanto a moral e a lei são perenes. Não se vive sem ética.

Assim, observado a necessidade real e patente da ética na práxis educacional, e, evidentemente também na EBD, procuremos nós ensinadores cristãos ser e viver a ética não por necessidade, mas por essência. O respeito às normas internas institucionais, o acato às ordens, como também às doutrinas da Ekklesia. O zelo para com o ensino proposto e para com o educando, etc. Concluindo, me lembrei da frase emblemática do vice-presidente das organizações Globo, João Roberto Marinho, quando disse em entrevista: “Não somos éticos porque somos líderes; somos líderes porque somos éticos”. Eu parafraseio dizendo o mesmo sobre nós professores, educadores e mestres: "não somos éticos porque somos mestres; somos mestres porque somos éticos!" Ética. Ao vivê-la já a ensino. Soli Deo Gloria!

Profº Netto, F.A.

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