"Esperei confiantemente pelo Senhor..." - Sl 40.1
INTRODUÇÃO
Como é desafiador ter uma firme esperança quando o mar se revolta, quando estamos no deserto e sem água doce, quando a doença nos aflige, a morte se aproxima ou os inimigos nos perturbam. Fico a pensar no triunfalismo reinante de nossos dias... Isso não é agouro, mais como é bom entendermos e sermos dependentes de Deus. Às vezes precisamos sentir a dor do que está em câncer terminal, chorar o choro do aidético que sabe que o homem não lhe dará cura, e, também consolar os enlutados...
Precisamos ser realista, firmar os pés no chão, confiar em Deus, mesmo que seja na doença ou nas provações, não se entregando à apatia, ressentimento, desilusão, tristeza, depressão, ou ainda se entregar às fraquezas humanas como fazem os que já perderam a esperança no enfrentamento de suas mazelas. A fé em Deus será a base da viva esperança.
Jeremias conhecia e confiava em Deus, o suficiente para saber que a justiça divina não falharia, porém, trazia à memória aquilo que lhe dava esperança [Lm 3.21].
I. O QUE É A ESPERANÇA – Leituras sugeridas: Jr 14.8; Jr 30 e 31; Rm 5.2-5.
1. Definição - É a fé viva no benefício, promessa, na ação divina em favor do homem. É crer no impossível humano que é possível para Deus.
2. A esperança no livro de Jeremias - Jr 30.3 diz: “Porque eis que vêm dias, diz o Senhor, em que mudarei a sorte do meu povo de Israel e de Judá, diz o Senhor; fá-los-ei voltar para a terra que dei a seus pais, e a possuirão”. É um verso chave e também um bálsamo no coração do profeta, um vez que Deus o honrou pelas suas profecias quando por exemplo da morte do falso profeta Hananias em Jr 28.15-17.
II. A ANGÚSTIA DE JACÓ – Leituras sugeridas: Jr 30.6-7, 10-12; Jr 31.13, 16-17.
Angustia, significa sofrimento, dor, amargura, tendo como origem interna ou externa. Causada por si ou por outrem. Sofre-se pelas mazelas próprias ou com as dos outros. Em Jeremias a "angustia de Jacó" e o sofrer tem causa no pecado de toda a nação, logo, o sofrimento de Jacó, i.é., toda a nação que provinha da semente [sêmem] deste patriarca, amargaria as dores, a paga pelos pecados.
A luz, o fio de esperança, aquilo em que o profeta se apegava como esperança era a promessa de Deus [Jr 30.7, 10-12; Jr 31.13, 6-17].
1. A angústia de Jacó – Juizo pelos pecados de todos que descendiam deste patriarca [Jr 30.6]. Devido à falta de arrependimento de pecado [Jr 18.7-8] foi anunciado e executado o juízo [Jr 32.1-4].
2. Profecia de Ezequiel - Ez 38.39 predizem a invasão de Gogue e Magogue, com uma reação imediata do Senhor supremo. É claro que esta profecia é escatológica, inclusive, Ap 20.7-10 a ratifica.
3. Profecia de Daniel - Essas 70 semanas, ditas pelo profeta, apontando o tempo em que viria o socorro, fomentando o alívio e a esperança [Dn 9.2, 24], também na mesma profecia temos uma nova alianca: “E ele firmará um concerto...” [Dn 9.27]. Pelo que creio que o que diz no mesmo verso: “e na metade da semana fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares...”, significa que pela nova aliança e com o advento da vinda do Messias, Jesus Cristo, depois de Cristo não seria necessário mais se sacrificar e fazer ofertas de manjares, pois Cristo já é a oferta perfeita. Sim, trata-se de outra profecia escatológica, i.é., das atos e fatos futuros. Jr 31.31 também aponta para este novo concerto.
4. Profecia de Zacarias - Outra narrativa esperançosa de redenção de Deus ao seu povo. Convém observar os versos chaves: Zc 14.4, 6-7. Zacarias também afirma: “O Senhor tem estado em extremo desgostoso com os vossos pais...” [Zc 1.2-3]. Há registro de apostasia, contudo, há esperanças também neste livro.
III. O RESTABELECIMENTO DE ISRAEL
Aos nossos olhos nos parece que a obra de Jeremias foi trabalhar em debalde, correr atrás de vento, chover no molhado, i.é., para nada valeu. Foi dada a palavra de Deus, profética, mais ninguém se arrependeu e ainda foram levados ao cativeiro. Contudo, o profeta não se desesperou, seguiu crendo, e, logo, Deus cumpriu a sua palavra em favor do profeta e de toda a nação, apesar do demérito da nação.
1. A volta de Israel à sua terra – Em cerca de 722 a.C . o Reino do Norte [10 tribos] foram levadas cativo pelos assírios, à babilônia. Posteriormente, as outras duas tribos também foram levadas cativo. Em Ez 48.1, 2, 32 temos o registro do retorno.
2. O restabelecimento do Estado de Israel – O destaque primário é que após o cativeiro Deus fez Israel voltar e reconstruir sua morada e ter paz. O secundário é que em 14 de Maio de 1948, materializou-se o inacreditável, impossível ao homem, principalmente depois de Hitler dizimar muitos judeus, Israel foi proclamado emblemáticamnte como Estado.
3. A retomada de Jerusalém – Claro que o importante a considerar primeiro é realmente o retorno de todos os cativos à sua terra, e, evidentemente, a retomada de suas possessões.
CONCLUSÃO
Jeremias, mesmo sendo preso, inacreditado, rejeitado, persiste na entrega de sua profecia e em ser fiel. Até certo ponto nos parece ser em vão as suas profecias, entretanto, sabemos que jamais no seu coração lhe faltou a viva esperança em Deus.
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F. A. Netto Soli Deo Glória
Fontes
1. LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. 1.ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2008, p.190
2. BEVERE, John. Assim Diz o Senhor? Como saber quando Deus está falando através de outra pessoa. 1. ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2006;
3. MERRILL, Eugene H. História de Israel no Antigo Testamento. 1. ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2001;
4. Revista Ensinador Cristão. CPAD, Nº 42, P.39;
5. GOWER, Ralph Usos e Costumes dos Tempos Bíblicos. Rio de Janeiro, CPAD, 2002, pp.367-369;
6- Bíblia de Estudo Plenitude. São Paulo. Ed. Sbb, 200;
7- Cf. ARCHER, Gleason L. Merece confiança o Antigo Testamento? São Paulo: Vida Nova, 1984, p. 298;
8- MACARTHUR, JR., John. Ministério Pastoral, Alcançando a excelência no ministério cristão. Rio de Janeiro. CPAD;
9- GONÇALVES, José. As ovelhas também Gemem. 1.ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2006, pp. 42-3
A luz, o fio de esperança, aquilo em que o profeta se apegava como esperança era a promessa de Deus [Jr 30.7, 10-12; Jr 31.13, 6-17].
1. A angústia de Jacó – Juizo pelos pecados de todos que descendiam deste patriarca [Jr 30.6]. Devido à falta de arrependimento de pecado [Jr 18.7-8] foi anunciado e executado o juízo [Jr 32.1-4].
2. Profecia de Ezequiel - Ez 38.39 predizem a invasão de Gogue e Magogue, com uma reação imediata do Senhor supremo. É claro que esta profecia é escatológica, inclusive, Ap 20.7-10 a ratifica.
3. Profecia de Daniel - Essas 70 semanas, ditas pelo profeta, apontando o tempo em que viria o socorro, fomentando o alívio e a esperança [Dn 9.2, 24], também na mesma profecia temos uma nova alianca: “E ele firmará um concerto...” [Dn 9.27]. Pelo que creio que o que diz no mesmo verso: “e na metade da semana fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares...”, significa que pela nova aliança e com o advento da vinda do Messias, Jesus Cristo, depois de Cristo não seria necessário mais se sacrificar e fazer ofertas de manjares, pois Cristo já é a oferta perfeita. Sim, trata-se de outra profecia escatológica, i.é., das atos e fatos futuros. Jr 31.31 também aponta para este novo concerto.
4. Profecia de Zacarias - Outra narrativa esperançosa de redenção de Deus ao seu povo. Convém observar os versos chaves: Zc 14.4, 6-7. Zacarias também afirma: “O Senhor tem estado em extremo desgostoso com os vossos pais...” [Zc 1.2-3]. Há registro de apostasia, contudo, há esperanças também neste livro.
III. O RESTABELECIMENTO DE ISRAEL
Aos nossos olhos nos parece que a obra de Jeremias foi trabalhar em debalde, correr atrás de vento, chover no molhado, i.é., para nada valeu. Foi dada a palavra de Deus, profética, mais ninguém se arrependeu e ainda foram levados ao cativeiro. Contudo, o profeta não se desesperou, seguiu crendo, e, logo, Deus cumpriu a sua palavra em favor do profeta e de toda a nação, apesar do demérito da nação.
1. A volta de Israel à sua terra – Em cerca de 722 a.C . o Reino do Norte [10 tribos] foram levadas cativo pelos assírios, à babilônia. Posteriormente, as outras duas tribos também foram levadas cativo. Em Ez 48.1, 2, 32 temos o registro do retorno.
2. O restabelecimento do Estado de Israel – O destaque primário é que após o cativeiro Deus fez Israel voltar e reconstruir sua morada e ter paz. O secundário é que em 14 de Maio de 1948, materializou-se o inacreditável, impossível ao homem, principalmente depois de Hitler dizimar muitos judeus, Israel foi proclamado emblemáticamnte como Estado.
3. A retomada de Jerusalém – Claro que o importante a considerar primeiro é realmente o retorno de todos os cativos à sua terra, e, evidentemente, a retomada de suas possessões.
CONCLUSÃO
Jeremias, mesmo sendo preso, inacreditado, rejeitado, persiste na entrega de sua profecia e em ser fiel. Até certo ponto nos parece ser em vão as suas profecias, entretanto, sabemos que jamais no seu coração lhe faltou a viva esperança em Deus.
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F. A. Netto Soli Deo Glória
Fontes
1. LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. 1.ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2008, p.190
2. BEVERE, John. Assim Diz o Senhor? Como saber quando Deus está falando através de outra pessoa. 1. ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2006;
3. MERRILL, Eugene H. História de Israel no Antigo Testamento. 1. ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2001;
4. Revista Ensinador Cristão. CPAD, Nº 42, P.39;
5. GOWER, Ralph Usos e Costumes dos Tempos Bíblicos. Rio de Janeiro, CPAD, 2002, pp.367-369;
6- Bíblia de Estudo Plenitude. São Paulo. Ed. Sbb, 200;
7- Cf. ARCHER, Gleason L. Merece confiança o Antigo Testamento? São Paulo: Vida Nova, 1984, p. 298;
8- MACARTHUR, JR., John. Ministério Pastoral, Alcançando a excelência no ministério cristão. Rio de Janeiro. CPAD;
9- GONÇALVES, José. As ovelhas também Gemem. 1.ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2006, pp. 42-3