quinta-feira, 27 de maio de 2010

Esperando contra a esperança - Lição 9

"Esperei confiantemente pelo Senhor..." - Sl 40.1

INTRODUÇÃO
Como é desafiador ter uma firme esperança quando o mar se revolta, quando estamos no  deserto e sem água doce, quando a doença nos aflige, a morte se aproxima ou os inimigos nos perturbam. Fico a pensar no triunfalismo reinante de nossos dias... Isso não é agouro, mais como é bom entendermos e sermos dependentes de Deus. Às vezes precisamos sentir a dor do que está em câncer terminal, chorar o choro do aidético que sabe que o homem não lhe dará cura, e, também consolar os enlutados...

Precisamos ser realista, firmar os pés no chão, confiar em Deus, mesmo que seja na doença ou nas provações, não se entregando à apatia, ressentimento, desilusão, tristeza, depressão, ou ainda se entregar às fraquezas humanas como fazem os que já perderam a esperança no enfrentamento de suas mazelas. A fé em Deus será a base da viva esperança.

Jeremias conhecia e confiava em Deus, o suficiente para saber que a justiça divina não falharia, porém, trazia à memória aquilo que lhe dava esperança [Lm 3.21].

I. O QUE É A ESPERANÇA – Leituras sugeridas: Jr 14.8; Jr 30 e 31; Rm 5.2-5.
1. Definição - É a fé viva no benefício, promessa, na ação divina em favor do homem. É crer no impossível humano que é possível para Deus.

2. A esperança no livro de Jeremias - Jr 30.3 diz: “Porque eis que vêm dias, diz o Senhor, em que mudarei a sorte do meu povo de Israel e de Judá, diz o Senhor; fá-los-ei voltar para a terra que dei a seus pais, e a possuirão”. É um verso chave e também um bálsamo no coração do profeta, um vez que Deus o honrou pelas suas profecias quando por exemplo da morte do falso profeta Hananias em Jr 28.15-17.

II. A ANGÚSTIA DE JACÓ – Leituras sugeridas: Jr 30.6-7, 10-12; Jr 31.13, 16-17.
Angustia, significa sofrimento, dor, amargura, tendo como origem interna ou externa. Causada por si ou por outrem. Sofre-se pelas mazelas próprias ou com as dos outros. Em Jeremias a "angustia de Jacó" e o sofrer tem causa no pecado de toda a nação, logo, o sofrimento de Jacó, i.é., toda a nação que provinha da semente [sêmem] deste patriarca, amargaria as dores, a paga pelos pecados.

A luz, o fio de esperança, aquilo em que o profeta se apegava como esperança era a promessa de Deus [Jr 30.7, 10-12; Jr 31.13, 6-17].

1. A angústia de Jacó – Juizo pelos pecados de todos que descendiam deste patriarca [Jr 30.6]. Devido à falta de arrependimento de pecado [Jr 18.7-8] foi anunciado e executado o juízo [Jr 32.1-4].

2. Profecia de Ezequiel - Ez 38.39 predizem a invasão de Gogue e Magogue, com uma reação imediata do Senhor supremo. É claro que esta profecia é escatológica, inclusive, Ap 20.7-10 a ratifica.

3. Profecia de Daniel - Essas 70 semanas, ditas pelo profeta, apontando o tempo em que viria o socorro, fomentando o alívio e a esperança [Dn 9.2, 24], também na mesma profecia temos uma nova alianca: “E ele firmará um concerto...” [Dn 9.27]. Pelo que creio que o que diz no mesmo verso: “e na metade da semana fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares...”, significa que pela nova aliança e com o advento da vinda do Messias, Jesus Cristo, depois de Cristo não seria necessário mais se sacrificar e fazer ofertas de manjares, pois Cristo já é a oferta perfeita. Sim, trata-se de outra profecia escatológica, i.é., das atos e fatos futuros. Jr 31.31 também aponta para este novo concerto.

4. Profecia de Zacarias - Outra narrativa esperançosa de redenção de Deus ao seu povo. Convém observar os versos chaves: Zc 14.4, 6-7. Zacarias também afirma: “O Senhor tem estado em extremo desgostoso com os vossos pais...” [Zc 1.2-3]. Há registro de apostasia, contudo, há esperanças também neste livro.

III. O RESTABELECIMENTO DE ISRAEL
Aos nossos olhos nos parece que a obra de Jeremias foi trabalhar em debalde, correr atrás de vento, chover no molhado, i.é., para nada valeu. Foi dada a palavra de Deus, profética, mais ninguém se arrependeu e ainda foram levados ao cativeiro. Contudo, o profeta não se desesperou, seguiu crendo, e, logo, Deus cumpriu a sua palavra em favor do profeta e de toda a nação, apesar do demérito da nação.

1. A volta de Israel à sua terra – Em cerca de 722 a.C . o Reino do Norte [10 tribos] foram levadas cativo pelos assírios, à babilônia. Posteriormente, as outras duas tribos também foram levadas cativo. Em Ez 48.1, 2, 32 temos o registro do retorno.

2. O restabelecimento do Estado de Israel – O destaque primário é que após o cativeiro Deus fez Israel voltar e reconstruir sua morada e ter paz. O secundário é que em 14 de Maio de 1948, materializou-se o inacreditável, impossível ao homem, principalmente depois de Hitler dizimar muitos judeus, Israel foi proclamado emblemáticamnte como Estado.

3. A retomada de Jerusalém – Claro que o importante a considerar primeiro é realmente o retorno de todos os cativos à sua terra, e, evidentemente, a retomada de suas possessões.

CONCLUSÃO
Jeremias, mesmo sendo preso, inacreditado, rejeitado, persiste na entrega de sua profecia e em ser fiel. Até certo ponto nos parece ser em vão as suas profecias, entretanto, sabemos que jamais no seu coração lhe faltou a viva esperança em Deus.
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F. A. Netto                                                                                                  Soli Deo Glória

Fontes
1. LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. 1.ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2008, p.190
2. BEVERE, John. Assim Diz o Senhor? Como saber quando Deus está falando através de outra pessoa. 1. ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2006;
3. MERRILL, Eugene H. História de Israel no Antigo Testamento. 1. ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2001;
4. Revista Ensinador Cristão. CPAD, Nº 42, P.39;
5. GOWER, Ralph Usos e Costumes dos Tempos Bíblicos. Rio de Janeiro, CPAD, 2002, pp.367-369;
6- Bíblia de Estudo Plenitude. São Paulo. Ed. Sbb, 200;
7- Cf. ARCHER, Gleason L. Merece confiança o Antigo Testamento? São Paulo: Vida Nova, 1984, p. 298;
8- MACARTHUR, JR., John. Ministério Pastoral, Alcançando a excelência no ministério cristão. Rio de Janeiro. CPAD;
9- GONÇALVES, José. As ovelhas também Gemem. 1.ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2006, pp. 42-3

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Profetas & Profetisas - Um panorama das Profecias do AT e do NT

Grande profeta se levantou entre nós! - Lc 7:16

Profetizar significa proclamar, anunciar, falar a mensagem de Deus. Trata-se de verbalizar ou repetir o que Deus disse ou ordenou que dissesse. Um profeta é o porta-voz do divino para seus filhos.

Profecia é a mensagem de Deus anunciada por meio de um profeta a respeito da vida religiosa e moral do seu povo [2Pe 1.20-21]. As profecias tratam, às vezes, do futuro, mas geralmente se prendem às necessidades presentes das pessoas.

O Profeta - O novo Moisés, o profeta prometido [Dt 18.15,18]. Pode ser aquele que deveria anunciar a vinda do MESSIAS [Mt 11.9-10] ou então o próprio Messias [Mt 21.9-11; Lc 24.19-21; Jo 6.14; 7.40].

Profetas & Profetisas - Eram homens e/ou mulheres [At 21.9-10] chamados por Deus para falar por Ele e relatar fatos no plano divino. Profetas era também a forma como os israelitas/judeus se referirem à segunda divisão da Bíblia Hebraica [Mt 5.17]. Esses livros são os seguintes: Js, Jz, 1 e 2Sm, 1 e 2Rs, Is, Jr, Ez e os doze profetas menores. Embora o nosso AT contenha os mesmo livros que estão na Bíblia Hebraica, a ordem em que eles estão colocados não é a mesma.

Quando Jesus ressuscitou o filho da viúva, os circundantes responderam dizendo, “Grande profeta se levantou entre nós!” [Lucas 7:16; comparar com Marcos 6:15; 8:28]. No pensamento judeu, os acontecimentos religiosos mais claros encontram seu foco na chamada e ministério de um profeta. Essa era a forma como Deus se comunicava com seu povo. Quando responderam a Jesus, as pessoas estavam de fato mais certas do que imaginavam. Deus os visitara através dele. Jesus Cristo foi mais do que um profeta, na verdade o clímax da ordem profética predita por Moisés [Dt 18:15-19] e depois dele houveram outros profetas, mais não igual a Ele, Jesus Cristo!

No AT, os profetas não eram intérpretes, mas sim porta-vozes da mensagem divina [Jr 27.4]. No NT, o profeta falava baseado na revelação do AT e no testemunho dos apóstolos, edificando e fortalecendo assim a comunidade cristã [At 13.1; 1Co 12.28-29; 14.3; Ef 4.11]. A mensagem anunciada pelo profeta hoje deve estar sempre de acordo com a revelação contida na Bíblia. João Batista [Mt 14.5; Lc 1.76] e Jesus [Mt 21.11,46; Lc 7.16; 24.19; Jo 9.17] também foram chamados de profetas. Havia falsos profetas que mentiam, afirmando que as mensagens deles vinham de Deus [Dt 18.20; At 13.6-12; 1Jo 4.1].

Profecia no Velho Testamento - Profecia, com seus termos correlatos [profeta, profetizar e profético] se deriva de um grupo de palavras gregas que, no grego secular, significam proclamar ou anunciar. No grego bíblico, entretanto, estas palavras sempre expressam falar ou anunciar algo sob a influência de inspiração espiritual.

Uma das declarações mais claras e mais significativas sobre a natureza da inspiração profética no Velho Testamento está em Números 12:6-8: Então [o Senhor] disse:

"Ouvi agora as minhas palavras; se entre vós há profeta, eu, o Senhor, em visão a ele me faço conhecer, ou falo com ele em sonhos. Não é assim com o meu servo Moisés, que é fiel em toda a minha casa. Boca a boca falo com ele, claramente, e não por enigmas; pois ele vê a forma do Senhor".

Nesta passagem se encontram muitas idéias importantes sobre a natureza da inspiração profética: 1. O dom profético de Moisés [em seu tempo] foi único pois só ele recebia revelações diretamente de Deus; 2. Comumente, a revelação profética vinha através de um sonho ou visão; 3. O significado da revelação profética não é sempre totalmente clara a profecia algumas vezes é ambígua.

Idéias posteriores sobre a natureza da revelação profética encontram-se em Dt 18:18:

"Suscitar-lhes-ei um profeta do meio de seus irmãos, semelhante a ti, em cuja boca porei as minhas palavras, e ele lhes falará tudo o que eu lhes ordenar."

Essa passagem é interessante porque Jesus era identificado como Moisés que veio para preencher o que havia sido predito [Atos 3:22; Atos 7:37]. A referência histórica mais imediata é à sucessão de profetas que lideraram Israel de Josué a Malaquias. A frase "Porei as minhas palavras na sua boca" se refere ao processo de divina inspiração e é reminiscência da fórmula profética comum no Velho Testamento: "O Senhor disse a [tal profeta]" [veja exemplos em I Samuel 15:10; II Samuel 24:11, I Reis 19:9; Jonas 1:1; Ageu 1:1; Ageu 2:1; Ageu 2:20; Zacarias 7:1; Zacarias 8:1]. Logo, temos que um profeta é alguém que fala [ou repete] tudo o que Deus lhe disse.

Formas de Inspiração Profética - O profeta ou profetisa recebia de Deus a mensagem, i.é., a inspiração, direta o por sonhos. Os sonhos eram um modo reconhecidamente comum de inspiração por todo o mundo antigo, embora se desse mais atenção a eles na Grécia do que em Israel.

Os sonhos na Bíblia se dividem em duas grandes categorias: sonhos cujo significado é evidente e sonhos simbólicos que normalmente requerem a competência de um intérprete. Nos sonhos cujo significado é evidente, normalmente um ser sobrenatural [Deus ou um anjo] aparece ao sonhador e fala com ele de uma maneira direta. Mais frequentemente, no entanto, os sonhos têm elementos simbólicos que requerem interpretação.

Os dois grandes intérpretes de sonhos são José e Daniel; o último é um profeta. Os dois sonhos simbólicos que José teve [Gn 37:5-11] tiveram significado suficientemente evidentes de tal maneira que seus irmãos e pai foram capazes de interpretá-los imediatamente. Mais complexos foram os sonhos do mordomo e do padeiro [Gênesis 40:1-19] e do Faraó [Gênesis 41: 1-36], que José foi capaz de interpretar com a ajuda de Deus. Semelhantemente, Daniel foi capaz de interpretar os sonhos de Nabucodonozor [Daniel 2:25-45, Daniel 4: 4-27].

Fontes
1. Bíblia Ilúmina Gold;
2. GRUDEM, Wayne. Cessaram os dons espirituais? Ed Vida, São Paulo, 1 Edição, 2003, 367p;
3. Buckland, Dicionário Bíblico Universal. Ed Vida, São Paulo, 7 Edição, 1993, 453p;
4. DEERE, Jack. Surpreendido pelo poder do Espírito. Ed Cpad, 15 Edição, 2005, 286.

terça-feira, 18 de maio de 2010

O Poder da Verdadeira Profecia - lição 8

INTRODUÇÃO

"E surgirão muitos falsos profetas, e enganarão a muitos" - Mt 24.11

O livro de Jeremias retrata, mostra uma realidade cruel em  Israel: a desgraça, a praga dos pseudo-profetas [falsos profetas]. E nesta lição Jeremias profetiza contra esses pseudo-profetas, mais diretamente contra Hananias, que advogava em causa própria. Eles eram populares, gozavam de boa reputação, social e politica, contudo, profetizavam falsamente, eram pedras de tropeço, porque alimentava a fome dos ouvidos de todos, i.é., profetizavam as palavras que queriam ouvir, palavras de homem e não de Deus. Tudo isso por um preço mortal.

O cap. 28 de Jeremias é o texto base à lição, convém estudá-lo e extrair dele o máximo possível de ensino. Outras passagens sobre falsos profetas em Jeremias devem ser consideradas.

É importante destacar nesta lição: 1. A função do profeta, conforme preceitua a Bíblia; 2. Que pseudo-profetas [falsos profetas] existiram, existem e existirão, se opondo aos verdadeiros profetas; 3. Que esses pseudo-profetas enganarão até aos escolhidos [Mt 24.5, 11].

I. O QUE É O PROFETA – Leituras sugeridas: At 21.9; Jr 1.5; Dt 13.1-5; 1Co 12.20; 14.29; 1Jo 4.1

Antes de definir, apontar o que formata um verdadeiro profeta, falemos primeiro o que seria um pseudo-profeta: sem escrupulo, santarrão, atrevidos, geralmente acham erros nos pastores, produzem apostasia, não apascentam as ovelhas, são profetas auto-vocacionados, auto-chamados e auto-consagrados. São uma desgraça, uma praga, sempre com suas profecias azedas e frias, despropositadas. Tem ares de santos, mais não se submetem a nenhum pastor, conquanto, ainda lança a igreja contra pastores ou o contrário. Eu os comparo a furacões, porque onde passam deixam um rastro de destruição, de desgraça, infrernal.

1. Definição - Porta-voz do Eterno. Pessoa, seja homem ou mulher [At 21.9-10], devidamente vocacionada e autorizada a falar por Deus. Etimologicamente o vocábulo profeta diz “aquele que fala em lugar de outrem”.

2. A função do profeta - Sua função consistiu e consiste em falar as palavras de Deus, palavras que realmente sejam do Altíssimo e expressam a sua vontade plena, revelando algo que somente Deus sabe ou ainda algo que contranja os filhos à obediência [Jr 1.5].

3. A prova de autenticidade do profeta – Predito alguma palavra em nome de Deus, e, se cumprindo na integra, não subtraindo dela nada e/ou acrescendo nada à Palavra já dita [a Bíblia Sagrada], então se prova o profeta ser de Deus, autentico [Dt 13.1-5]. Inclusive, comprovado que a profecia era falsa, o castigo era a morte [Dt 13.5]. Compensa ler Dt 18.22 e 28.9.

II. O FALSO PROFETA HANANIAS ENTRA EM CENA - Leituras sugeridas: Jr 28.15-17; Dt 18.22; Ez 2.4,5; Ap 2.20; Ap 2.14

1. Quem era Hananias - Nome que em hebraico equivale a "Jeová deu" [Jr 28.1, 9-10]. A Bíblia não diz muito pouco dele. Teologicamente, Hananias era o profeta que tinha forma, mais não tinha conteúdo. Verbalização brilhante, discurso e vestuário de profeta. Mais: alimentava a fome dos ouvidos de seus ouvintes e aceclas. Pregava somente a paz em meio a apostasia letárgica. Contudo, hananias era pseudo-profeta [Jr 28.2-4, 8-9, 15-17]. O verso 15 resume tudo sobre Hananias.

2. As palavras de Hananias - Mentiu ao profetizar em nome de Deus [Jr 28.2]: “Assim fala o Senhor dos Exércitos, o Deus de Israel...”. Deu falsa profecia ao dizer: “passados dois anos completos, eu tornarei a trazer a este lugar todos os vasos da casa do Senhor...” [Jr 28.3]. Também nunca se cumpriu suas falsas profecias em Jr 28.4: “Também a Jeconias, filho de Joaquim, rei de Judá, e a todos os do cativeiro de Judá, que entraram em Babilónia, eu tornarei a trazer a este lugar...”. Nos versos 9 e 10 Hananias falha outra vez ao profetizar: “quebrarei o jugo de Nabucodonosor, rei de Babilónia, depois de passados dois anos completos, de sobre o pescoço de todas as nações...”.

Hananias era o que nós dizemos ser “politicamente correto”, agradou ao rei e ao povo, dizendo exatamente o que todos queriam e não a verdade de Deus.

O verso 15 é fatal, diz tudo sobre o caráter da profecia de Hananias e os versos 16 e 17 confirmam o juízo, especialmente sobre a confirmação de Dt 18.22.

3. O castigo de Hananias - Diz a Bíblia que o que planta colhe [Gl 6.7] e que a confirmação da profecia, e.g., verdade ou mentira, humama ou divina [Dt 18.22] é o que afere, mede, aquilata o verdadeiro ou o pseudo-profeta. No caso de hananias, Jr 28.15-17 é a punição pelas mentiras e insubordinação, tantiva de enganar a Deus e engano ao povo. Foi punido com morte pelos seus atos. Hoje, falta conhecimento e temor de Deus, pois ainda temos falsos profetas.

III. CUIDADO COM OS FALSOS PROFETAS – Leituras sugeridas: Mt 7.15-17; 24.11

Durante o seu ministério Jesus Cristo não enfrentou falsos profetas, contudo, deixou o alerta de que eles viriam [Mt 24.11]. O verdadeiro profeta era chamado por Deus, defendia apregoava, vivia e defendia os padrões de Deus junto ao povo. Profetizavam fatos futuros, em advertência a atos do presente [Jr 16.17]. Logo, temos que o pseudo-profeta não se paltava nesses termos. O que observar num profeta:

1. A procedência do profeta – Os verdadeiros nós os conhecemos pelo caráter e postura ilibada, mais também pelo cumprimento de suas palavras. Agora, temos aqueles que não sabemos de onde saíram, sem cartas e/ou referências. Aparecem para pregar uma vez no ano e com suas profecias bizarras, arrebatam alguns e destroem serviço de muitos anos.

2. A qualidade da mensagem - À luz de Mt 7.16: “Pelos seus frutos os conhecereis...” teremos melhor chance de ver o que acontece com suas profecias. O que também não pode é em nossos dias, qualquer profeta que seja, anunciar outro evangelho, i.é., trazer profecia doutrinária, acrescentar alguma palavra à Bíblia Sagrada [Gl 1.8]. Nada pode estar acima da Palavra de Deus, a saber, a Bíblia.

3. A pretensão do profeta – O verdadeiro profeta está alinhado, em sintonia com Deus e a Igreja, enquanto o pseudo-profeta tem pretensões particulares e/ou interesses que não agradam a Deus. Visto que não somos onisciente, nos cabe obervar o cumprimento ou não de suas palavras e buscar de Deus espírito de discernimento. Deus nos livre deles.

CONCLUSÃO

Simples, no tempo de Jeremias, Hananias recebeu a sua paga pelas suas mentiras. O povo esperou o cumprimento das duas profecias, tanto a de Hananias quanto a de Jeremias. As de Hananias nunca se cumpriram e ainda morreu pelas suas mentiras e assim cumprindo-se as profecias de Jeremias [Jr 28.15.17].

Também a igreja não pode desprezar as verdadeiras profecias e nem a palavra de Deus [1Ts 5.20-21], velando pelo cumprimento e filtrando tudo pela palavra de Deus.

F. A. Netto                                                                                             Soli Deo Glória

1. BEVERE, John. Assim Diz o Senhor? Como saber quando Deus está falando através de outra pessoa. 1. ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2006;
2. MERRILL, Eugene H. História de Israel no Antigo Testamento. 1. ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2001;
3. Revista Ensinador Cristão. CPAD, Nº 42, P.39;
4. GOWER, Ralph Usos e Costumes dos Tempos Bíblicos. Rio de Janeiro, CPAD, 2002, pp.367-369;
5- Bíblia de Estudo Plenitude. São Paulo. Ed. Sbb, 200;
6- Cf. ARCHER, Gleason L. Merece confiança o Antigo Testamento? São Paulo: Vida Nova, 1984, p. 298;
7- MACARTHUR, JR., John. Ministério Pastoral, Alcançando a excelência no ministério cristão. Rio de Janeiro. CPAD;
8- GONÇALVES, José. As ovelhas também Gemem. 1.ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2006, pp. 42-3

quinta-feira, 13 de maio de 2010

O cuidado com as Ovelhas - Lição 7

INTRODUÇÃO - Leituras sugeridas: Sl 23, Am 3.12; Jr 22.17; 22.9-14

"Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas" - Jo 10.11
Cabia aos sacerdotes, profetas e reis a responsabilidade de apascentar, guiar,  governar, santificar e interceder pelo povo, além de trazer conhecimento de Deus ao povo e de fazer que entre estes e Deus houvesse um porta-voz, contudo, eram todos negligentes e irresponsaveis. Havia suborno [Jr 22.17], defraudações [Jr 22.13-14] e enganos de falsos profetas [23.9-12], pelo que Deus deu tempo para arrependimento.

Realmente os sacerdotes, profetas e reis não estavam cumprindo a sua missão outrora recebida.

O rei Davi sabiamente usou a metáfora de Deus como Pastor denotando o trato com o povo e as ovelhas. O rei não somente administrava, não somente cumpria o seu papel como rei, mas conduzia o povo para perto de Deus, e, assim também, os sacerdotes e profetas. Todos, se esqueceram de suas obrigações e vocações, pelo que Deus chamou ao profeta Jeremias.

I. O QUE É UM PASTOR - Leituras sugeridas: 1 Pe 5.1-8; At 6.4

A Bíblia define a figura do pastor como sendo de suma importância, no que diz respeito às suas responsabilidades. Não podemos usar este espaço para criticar nossos pastores. Nem tampouco para diminuir as funções inerentes à sua vocação dizendo que ele é um mero administrador, posto que seu ofício vai mais além. Senão, vejamos as suas obrigações:

1. Obrigações do pastor – visto que o pastor atua junto às ovelhas, ele então cumpre a missão do rei em governar/aconselhar [1Sm 9.16] o povo fazendo que não se afastem dos propósitos de Deus. Também cumpre a missão do profeta quando preserva o conhecimento e vontade de Deus [Ez 2.1-10], sendo porta-voz. Também cumpre o papel de sacerdote quando santifica/representa o rebanho diante de Deus [Hb 5.1-3].

Será que podemos admitir que o pastor de tempo integral tenha a missão de tão somente ministrar a Palavra de Deus e de orar? Realmente eu, particularmente acho muito pouco. Hoje alguns pastores nem vem mais nas vigílias, e, muitas vezes outros pastores pregam no lugar do pastor titular. Sem dizer que as pessoas enlutadas não estão sendo visitadas, muito menos as doentes que além não serem visitadas e receberem orações, não recebem santa ceia. E os filhos de crentes afastados?

Antigamente, os pastores visitavam mais, porém com a criação do “gabinete pastoral”, acabaram-se as visitas e as pessoas estão procurando os psicólogos não cristãos para serem aconselhadas e tratar de suas feridas espirituais.

Hoje, os pastores estão trabalhando, digo, pregando menos, visitando menos, orando menos. Claro, temos exceções, porém, deveriam ser regra.

II. OS PASTORES DE ISRAEL – Leituras sugeridas: Gn 18.19; 1 Sm 16.11; Ez 34.5; Is 44.28; Is 61.6; Jr 2.8; Ezequiel 34; Am 1.1; Jr. 2.8; 5.13; 26.8; At 20.27

A função dos Reis, sacerdotes e profetas, no que diz respeito em guiar o povo pelos propositos divinos, obediência às leis divinas, sem contudo, eles próprios descumprir essas mesmas leis, eram estes então, comparados a pastores de ovelhas. Abraão [Gn 18.19], Moisés, Josué, cada um deles guiou o povo através da lei divina, e todos tiveram êxito.

1. Os Reis – Deus sempre usou os reis para pastorear [Ez 34.5], guiar o seu povo. Haveria de ser vocacionado por Deus e até um gentio Deus designou para pastorear seu povo. Os destaques aqui são: Melquisedeque [Gn 14.18-19], rei e sacerdote, pelo qual Abrão ofereceu sacrifício ao Deus altíssimo; Davi [1Sm 13.14; 1Sm 16.7, 13] pastor que enquanto obediente a Deus, foi modelo aos demais; Josias [2Rs 22.1-2].

2. Os sacerdotes – Tinham como função sacrificar pelo povo, especialmente o sumo-sacerdote. Eram eles que faziam que o sangue do cordeiro tirasse o pecado dos homems. Porém, no tempo de Jeremias, não estavam a fazer o seu papel [Jr 1.18; 2.8]. Estavam os sacerdotes adorando deuses falsos [Jr 2.23; 2.26-27; 7.9; 9.14; Jr 32.35]; não consultavam a Deus [Jr 5.31]; queimavam seus filhos a Baal [Jr 7.31; 19.5]; eram falsos [Jr 6.18]; não sabem dada de Deus [Jr 14.18]; estavam contaminados [Jr 23.11]. os sacerdotes ouviram [Jr 26.7; 27.16] a Jeremias e não se arrependeram.

3. Os profetas - Os profetas contemporâneos de Jeremias, realmente não cumpriam a sua vocação, sua missão, seu papel, não seguiam o exemplo de Jeremias, pois consultavam a deuses falsos [Jr 2.26-27], profetizavam falsamente [Jr 5.31; 14.14-15; 23.13-16, 31]. O que dizer das profecias azedas? Prefecias de protesto pelo protesto, i.é., de origem humanas ou para agradar as pessoas, com o intuito de aparecer.

III. ISRAEL FOI DESTRUÍDO POR LHE FALTAR VERDADEIROS PASTORES – Leitura sugerida: Jr 8.11-12; Jr 23.2; Os 4.6-8; Os 6.3, 6-7;

Quantas não foram as vezes que a nação israelita falhou diante de Deus? Quantas não foram as vezes que Deus usou os profetas para lhes dar a sua repreensão? Ao invés de exortar contra o pecado, os pastores se igualaram às nações vizinhas, abomináveis aos olhos do altíssimo. O profeta dizia as palavras de Deus, os pastores mentiam e afastavam o povo para longe de Deus. Os reis consultavam aos falsos profetas, que por sua vez anunciavam uma paz que não existia [Jr 8.11].

O verdadeiro papel, vocacional do pastor hoje é levar a igreja à santificação, pureza diante do Pai, o sumo-pastor. Trazer palavras vivas, que curam a alma, lava completamente de todo pecado, promove arrependimento e conversão, e assim, conforto à alma [At 3.19], esta é a verdadeira vocação do pastor vocacionado por Deus. Por tudo, não é exagero dizer que há muitos pastores que estão se auto-proclamando, se auto-vocacionando e se auto-dirigindo. Isto é muito sério.

IV. OS DEVERES DAS OVELHAS – Leitura sugerida: Hb 13.7, 17, Ap 1.3

A obediencia [Hb 13.17], a honra [Hb 13.7] e a participação direta das ovelhas junto ao seu pastor, no exercício pastoral, é vital para que o pastor exerça bem o seu papel e e o rebanho viva bem.

CONCLUSÃO

Jesus Cristo disse: “Eu sou o bom Pastor: o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas” [Jo 10.11]. Os pastores no tempo de Jeremias não foram assim, negaram-se diante de Deus e o que é pior não se arrependeram, não choraram o seu pecado [Lc 22.62], pelo que Deus cumpriu as suas palavras de juízo, ditas pelos profeta.

Adoremos a Deus, mais vigiemos e oremos para que não venhamos a cair em tentação. Oremos pelos nossos pastores, professores, mestres e ensinadores da Santa Palavra de Deus.

F.A. Netto                                                                                  Soli Deo Gloria         

Fontes
1- Bíblia de Estudo Plenitude. São Paulo. Ed. Sbb, 200;
2- Cf. ARCHER, Gleason L. Merece confiança o Antigo Testamento? São Paulo: Vida Nova, 1984, p. 298;
3- MACARTHUR, JR., John. Ministério Pastoral, Alcançando a excelência no ministério cristão. Rio de Janeiro. 4ª ed.; CPAD;
4- GONÇALVES, José. As ovelhas também Gemem. 1.ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2006, pp. 42-3

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Lei contra a Homofobia X Bíbla Sagrada - A Mordaça Gay !!!???

Quando, também, um homem se deitar com outro homem, como com mulher, ambos fizeram abominação..." -  Lv 20.13

Às vezes somos obrigados a levantar uma bandeira que poucos dos servos de Deus ousam fazer. O pastor Silas Malafaia e o senador Magno Malta [PR/ES] tem se empenhado na contra-defesa desse projeto que mais atende a massa homossexual no Brasil, lei que na verdade é uma afronta descarada e desvelada, contra os ensinos bíblicos que as igrejas protestantes tanto propagam, sem dizer uma afronta contra o próprio Deus.

O teor do projeto de lei substitutivo 122, de 2006, adiciona a discriminação aos homossexuais à lista de crimes da lei º 7.716. O texto deste projeto é muito claro, conciso e objetivo. Convém todos a se inteirarem a cerca de tal projeto, para depois não infringir na lei que o regerá.

Na verdade esse projeto torna os gays [homo/bi/trans e afins] uma “categoria intocável”. É claro que qualquer discriminação, preconceito, seja por raça, cor, etnia, religião, sexo, etc, é inaceitável. A lei ganhará a seguinte modificação em seu teor: “orientação sexual e identidade de gênero”. Esse adendo, que não é tão claro para todos é o que faz que muitos se calem.

Talvez para quem a defende como lei seja solução, porém, ela também não protege o que já está estabelecido. Como por exemplo, a pregação da palavra de Deus. Como negar, fazer vistas grossas, ignorar os registros bíblicos? [Lv 20.13; 1Co 6.10; Rm 1.26; 1Tm 1.10; Gl 5.24].

Levítico 20.13 diz: “Quando, também, um homem se deitar com outro homem, como com mulher, ambos fizeram abominação...”. O PL 122 nada diz sobre isso. E as igrejas tem todo direito de pregar a sua lei, i.é., a Bíblia. Haveremos nós de rasgar esses versos e não mais pregá-los em nossas igrejas? E o direito à religião? Veja, a religião que os protestantes, evangélicos, cristãos, como queiram dizer, professam e que tem base na Bíblia, bate de frente, vai contra, exorta, persuade a pessoa a que seja obediente aos preceitos bíblicos e isso é inegociável, não muda.

O artigo oitavo é enfático, torna crime a proibição “da livre expressão e manifestação de afetividade do cidadão homossexual, bissexual ou transgênero, sendo estas expressões e manifestações permitidas aos demais cidadãos ou cidadãos”. Note-se que a lei não protege os locais [igrejas] onde se prega a lei de Deus, os homossexuais como um todo, não serão proibidos de assim se manifestarem nos locais de livre acesso, tais como: shoppings, praças, via pública, igrejas [!!!???], cinemas, etc. Será que as igrejas protestantes serão obrigadas a aceitarem todas as manifestações dos homossexuais quando nos cultos, obrigados a realizarem casamentos de mesmo sexo e tudo o mais que eles quiserem, sob pena da lei? É uma bandeira, a de Deus, que os legisladores, negam-se e/ou se omitem a defender.

A livre expressão deixa de existir quando ela se posiciona em um dos lados. Os cristãos, especialmente na pregação e/ou ensino promulgadas na Escritura Sagradas, não poderão mais dizer que as práticas que tornam uma pessoa gay, homossexual, transgênero, bissexual, afeminado e afins, i.é., dizer que essas práticas é pecado, sem terem que se explicar em função da PL 122.

Isso nada mais é do uma mordaça gay, mordaça homofóbica. Querem fazer que engulamos goela abaixo a lei em questão e não mais preguemos e/ou ensinemos aos nossos filhos e/ou fiéis que o que a Bíblia diz ser pecado e abominação contra Deus, seja agora liberado. Tomara que a PL122, seja no todo aprovada mesmo, porque realmente algumas igrejas terão que se posicionar entre o que Bíblia Sagrada diz e o que a Lei humana preceitua, requer e determina para si como direito.

O que não se admite é a intolerância, seja contra qualquer classe, credo, etnia. Ninguém quer aqui direitos para ser intolerante, incompreensivo, queremos sim o direito de sermos propagadores da Lei de Deus e defendê-la como tal.

Muitos talvez venham a se calar, outros porém, lutarão contra essa mordaça e continuarão a pregar e a persuadir que os pecadores “arrependam-se e convertam-se, para que sejam apagados os pecados [At 3.19]. Deus ama o pecador mais não o seu pecado. Logo, Deus é amor mais também é justiça.

F. A. Netto
Fontes:
Bíblia Sagrada de Estudo Plenitude. Almeida revista e Atualizada, SBB, São Paulo
http://peganomeu.wordpress.com/2010/04/12/afinal-que-diz-a-lei-contra-a-homofobia/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Homofobia

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Endeusando o Presidente Lula !!!???

O nosso Presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, o Lula, entrou na história e já o estão mitificando, endeusando ainda vivo! Nasceu no sertão pernambucano de Garanhuns e foi engraxate, operário, líder sindical, líder partidário, chegando à presidência da Republica e possívelmente, homem-deus!? Amargou escândalos como Presidente da República, fez a máquina pública funcionar, marketeou o país no mundo, venceu e desfruta de cerca de 80% da aprovação popular.

Sua vida parece coisa de cinema, o que de fato inspirou o produtor Lima Barreto, que com um investimento de 12 milhões de reais, coisa que “nunca antes na história deste país” foi vista, em termo de filme nacional, com o intuito de endeusar e mitificar precocemente o Lula. Pior: ainda vivo. O filme é um melodrama, coloca-o como herói quando criança, superdotado em desempenho escolar e pacifista como político. O roteirista expurga episódios que sugerem fraquezas do Lula e ainda maximiza traços e nuances de heroísmo, o que não acontece na biografia homônima, escrita pela jornalista Denise Paraná.

Obviamente que é inapagável sua saga: de humilde a exaltado! De fraco a poderoso! Do nada ao topo! Inclusive, aqui cessa a minha admiração pelo nosso notável Presidente. Contudo, o que é repugnante é a motivação de tudo isso: mitificar e endeusar, com óbvias repercussões eleitorais. Mais: as críticas literárias, especialmente da revista Veja, edição 2140, de 25 de novembro de 2009, pg. 14-15, 75-83, que estampa: Lula, o Mito, a Fita e os Fatos, traz críticas sérias e dignas de nota. Dizem essas criticas que a intenção é comparar ou tipificar o Lula a Jesus Cristo. Senão vejamos: nascimento pobre, cresce em conhecimento, perda do pai, o “sermão da montanha” se dá como líder sindical, Jesus Cristo ressuscitou e subiu aos céus, enquanto o Lula ressurge da prisão e sobe ao poder. Interessante e digno de mérito, entretanto, perigoso em ser alvo de glória humana.

Somado a isso tudo, em dezembro de 2009, o jornal francês, Le Monde elege o Lula "O homem do ano 2009". No começo de dezembro de 2009, o jornal espanhol El País também conferiu a Lula a mesma honraria: "homem do ano 2009". Agora a revista americana Time, no dia 29 de abril/2010, elege Lula "o homem mais influente do mundo". A Time apresenta uma lista de 100 personalidades onde o Presidente Obama aparece em 4º lugar. O Presidente Lula é o primeiro na categoria "leaders" da revista Time.

O que é importante evidenciar aqui, é que na crítica feita na revista Veja, os autores são enfáticos: estão "endeusando o homem" e sobre o filme, a crítica é mais dura ainda: "A narração de Lula, o Filho do Brasil é encadeada como a vida de Cristo, do nascimento na manjedoura à ressurreição gloriosa". Note-se: os autores das críticas não o fazem com cunho cristão e/ou teológico, i.é., até mesmo os não cristãos, até mesmo os que não são declarados cristãos salvos em Cristo Jesus, veem que realmente e de forma descarada, estão dando glórias demais, estão realmente endeussando, divinizando o Presidente Lula.

Faz-se mister apregoar, melhor, ratificar, anunciar em alta voz que somente um merece toda glória e adoração, a saber: Jesus Cristo, o Senhor dos Senhores, o Alfa e ômega [Ap 1.8].

F. A. Netto                                                                                                                                         Soli Deo Glória

Fontes:
VEJA, revista. Ed Abril, edição 2140, de 25 de novembro de 2009, pg 196
http://www.dilma2010.blog.br/lula-e-o-homem-mais-influente-do-mundo-segundo-time/
http://caranovanocongresso.blogspot.com/2010/04/time-elege-lula-o-homem-mais-influente.html
http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL1425769-5602,00-ONDE+ESCOLHE+LULA+COMO+HOMEM+DO+ANO.html

segunda-feira, 3 de maio de 2010

A soberania e a autoridade de Deus - Lição 6

INTRODUÇÃO
"Eu sou o Alfa e o Ômega... o Todo-Poderoso" [Ap 1.8]

Descer à “casa do oleiro” [Jr 18.2], implica em observar, contemplar, meditar, sobretudo, entender como Deus trabalha em favor de seu povo. O homem se estriba no seu entendimento [Pv 3.5], recalcitra contra o Criador [At 26.14], não aceita ser submisso, não se subjuga ao senhorio do Pai. Deus é Deus e ponto final. Sua autoridade independe do conselho da criatura humana. Ele interviu, intervém e intervirá soberanamente sobre o universo, especialmente sobre a humanidade, salva e/ou perdida, e isto é inegociável. É importante se explicar o sentido pleno, global, macro, num todo, da soberania e autoridade universal de Deus, a fim de se absorver melhor a intervenção, ação divina na história humana, especialmente na redenção.

I - A VISITA À CASA DO OLEIRO

1. A casa do oleiro - A localização é incerta, provavelmente, ao sul de Jerusalém, nas cercanias da Porta do Oleiro. A casa indica um lugar, especialmente onde “o oleiro”, escolhe o barro, trabalha, e, conforme seu desejo [soberania], dá forma, amolda, fazendo deste barro algo útil para o proprio interesse. Mais: vale lembrar que o oleiro tem total autoridade sobre este elemento. Um é criador, outro, a criação [Rm 9.20-21].

2. Seus instrumentos de trabalho – Tratava-se de um engenho ou engenhoca simples, com duas rodas, onde uma acionava a outra, i.é., com os pés o oleiro acionava a roda inferior e esta, acionava a roda superior. Com o movimento o barro úmido era trabalhado pelas mãos do oleiro. Logo, se produzia vasos, vasilhas e outros.

Hoje Deus [o oleiro] usa a Igreja [casa do oleiro], e, com a sua Palavra somada ao Espírito Santo [instrumentos infalíveis], através de seus Filhos [ferramentas] ungidos, vocacionados, aperfeiçoados em Cristo para produzir novos vasos de honra para seu propósito divino.

3. A visita à casa do oleiro – A ordem foi clara: “Levanta-te, desce à casa do oleiro...” [v.2] e o profeta foi mesmo, note-se:
E desci à casa do oleiro, e eis que estava fazendo a sua obra sobre as rodas[v.3]
Qual é a lição? Deus fez o profeta ver que apesar dos judeus e gentios agirem como mulas sem cabrestos e gentes desgovernadas, especialmente, os judeus que por serem semente de Abraão, cogitavam serem imunes dos castigos [Jo 1.11; Jo 8.44], da ação de juizo divino, a despeito da desobediência, da dureza de coração, do afastamento e da morte espiritual, Deus é Deus sobre tudo e sobre todos, sobre eleitos ou perdidos. E esta é uma lição eterna e universal, inegociável. Agora, a despeito do livre arbítrio, Deus não se deixa manipular.

II - A SOBERANIA DE DEUS

A soberania de Deus é algo que o identifica. É um ensino legado aos téologos, aos ensinadores e mestres, uma vez que as mensagens nos púlpitos tem cunho evangelístico [salvação] e/ou edificação , i.é., ensino doutrinário. Aqui, a base é sempre a Bíblia, pois todas as doutrinas tem seu nascedouro nela, tais como: deísmo, teísmo aberto, prestinação, etc.

1. Definição - É a autoridade inquestionável, inegociável que o Criador exerce sobre a criação celestial ou terrenal, i.é., sobre toda criação universal, todo o cosmo. É absoluto, alfa e ômega no sentido estrito e pleno da palavra. Tudo e todos dependem dEle para a vida. Ele é o motor que tudo move sem ser movido. Seus atributos divinos como onipotência, onipresença e onisciência explicam sua soberania plena.

Um soberano, um presidente, um dono, um criador, um fabricante exerce poder supremo, total autonomia, sobre o que lhe pertence. O fundamento primário é seu domínio total, pleno, absoluto e imutável.

Alguns textos base no AT: Gn 1.1; 1Cr 29.11; Sl 19; Ez 18.4; Is 45.9
Alguns textos base no NT: Mt 20.14-15; Hb 13.8; Hb 1; Ap 1.8

2. Soberania não é arbitrariedade – Deus não falha, não arromba o coração do homem [Ap 3.20], Ele é santo e justo. Tudo criou perfeito no céu e na terra. A criação que se deteriorou. Note-se os atributos de sua bondade: santidade e justiça. Antes de criar, Deus já sabia que a criação celestial iria se rebelar e influênciar a criação terrenal na queda. A este saber antes de tudo, denominou-se onisciência. Toda a criação foi perfeita, porém, para a “coroa da criação” que veio a cair, foi destinado redenção aos arrependidos e convertidos. Tudo isto, antes de haver criação. A criação celestial, desfrutou das delícias do céu, rebelou-se e caiu, e, por tudo isso não houve redenção para estes. Ao homem, “coroa da criação” e “menina dos olhos”, que não desfrutara das delícias do céu, Deus providenciou redenção para poder morar com Ele, perpetuamente.

3. Eleição e predestinação - Como são mal ensinadas essas doutrinas hoje. Aliás, são muito poucos os que realmente conhecem. Muito se fala e pouco se explica. Dão tanta importância para essas doutrinas que chega-se ao absurdo de deturpar, anular o real sentido da Palavra de Deus com o fim de atender interesses particulares. O ideal aqui é uma aula somente sobre esses dois temas. Uma coisa é certa: Deus tão somente predestinou aqueles que de fato aceitaram ou aceitam serem salvos. Ninguém recebe salvação ou juízo forçado.

Versos importantes: Ex 32.32; Jo 1.11; Hb 6.4-6; Ef 1.4-5; Rm 8.29-30; Rm 9.21,30-33; Jo 3.16; Mt 1.21;Mt 25.41

4. O profeta Jeremias e a soberania de Deus – Não basta ser filho de Abraão e viver como se fosse filho de Satanás [Jo 8.44]. Os judeus eram de fato hebreus, realmente tinham por direito herança, eram povo escolhido e separados para Deus. Conquanto, não viviam como tal. Apesar da morte espiritual, apostasia [Jr 1.16] dos judeus, Jeremias é usado por Deus como porta-voz, porém, sabendo o Senhor que não se arrependeriam de seus pecados, aplicou o júizo sobre toda a nação israelita. A despeito do grande amor e misericórdias divinas, Deus também é justiça, senão, não seria Deus.

III - O CRENTE  E A VONTADE  DE DEUS

O homem foi feito a imagem e semelhança de Deus, no que se refere à caráter moral espiritual [Gn 1.26]. Após a queda recebeu redenção pelo sacrifício do "cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo" [Jo 1.29], a saber, Jesus Cristo. Conquanto, mesmo os salvos, mesmo os Filhos, devem subjugar a sua própria vontade e buscar a vontade do Pai. Ouvir a voz do Espírito [Jo 3.8].

CONCLUINDO

Será que estamos sendo barro nas mãos do oleiro? isto é, se submetendo a toda autoridade, soberania e senhorio. Certamente Deus trabalhará em nós, aparando, podando, amassando o barro e refazendo o vaso.

F. A. Netto.                                                                                                                        Soli Deo Gloria!

Fontes:
1 - Bíblia de Estudo Plenitude. São Paulo. Ed. Sbb, 200;
2 - Cf. ARCHER, Gleason L. Merece confiança o Antigo Testamento? São Paulo: Vida Nova, 1984, p. 298;
3 - MACARTHUR, JR., John. Ministério Pastoral, Alcançando a excelência no ministério cristão. Rio de Janeiro. 4ª ed.; CPAD, 2004;

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