sábado, 29 de dezembro de 2012

Pr João kolenda Lemos: Deus o promove às mansões celestiais

Faleceu nesta sexta-feira o nobre Pr João Kolenda Lemos, fundador do IBAD [Instituto Bíblico das Assembleias de Deus no Brasil]. Deus o levou, o promoveu à glória celeste. Deixa um legado grandioso ao país e especialmente para o arraial de Deus. Nascido em 18 de dezembro de 1922, viveu uma vida plena aos 90 anos e deixa 3 filhos, noras e netos.

Por algum tempo o IBAD foi criticado e até perseguido, porém, a perseverança no projeto de Deus o fez vencer e hoje temos uma fonte, uma escola para os ceifeiros de Deus.

O seu corpo foi sepultado hoje pela manhã em Pindamonhangaba-SP. Não o conheci pessoalmente, porém, sou muito próximo de seu sobrinho, o pastor Danilo Palar Lemos, aqui em Uberlândia-MG, que considero ser um dos meus mentores e mestre na minha formação teológica. Deus console e conforte a família.

Profº Francisco Neto

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Malaquias - A Sacralidade da Família - Lção 13

O livro do profeta Malaquias, tem 55 versos e comumente tem sido mal interpretado, pois, dele se extrai alguns versos, isola-o e atribui ao livro um ensino único, o dízimo/ofertas. O conteúdo do livro é maior, excede esta idéia. Aliás Malaquias trás diversos assuntos e dentre os mais importantes: Casamento misto, Divisões, Injustiça Social, Sacerdotes impuros, Adoração fria e profana, Dízimos e Ofertas, O anunciador do Messias. Note-se que os temas são amplos [...]

I - O LIVRO DE MALAQUIAS
O contexto de Malaquias não tão fácil de ser entendido, porém, temos fontes internas ao livro:
  • O livro é pós-exílico
  • Havia um governador ou Príncipe [Ml 1.8]
  • O templo já estava reconstruído, uma vez que se fala de sacrifícios [Ml 1.7]
  • Os sacerdotes e o povo estava quebrando alianças
  • E indiferença no culto a Deus [Ml 1.6-8]
  • Também ingratidão a Deus [Ml 3.14]
Malaquias tem no seu nome o emblema de sua missão. Meu anjo ou Meu mensageiro é o significado de seu nome e daí a sua missão, trazer a mensagem de Deus aos homens.

II - O JUGO DESIGUAL
Deus aponta para os judeus em Ml 2.10 como quem reivindicando a paternidade da nação, prometida a Abraão em Gn 12.2 e em outras ocasiões aos seus descendentes [Gn 46.3] e ao mesmo tempo mostrando que eles deveriam sim ter casamentos, porém, segundo o padrão de Deus [Dt 7.3-4]. Esse jugo, esse aparentamento com os de fora tem trazido desgraça para muitos crentes hoje. Não seguem os ensinos, desobedecem aos pais e se casam com filhos do mundo, trazendo para si consequencias funestas. O casamento de crente não é uma agência missionária.

Davi foi desleal para com Deus, seu povo, suas esposas e seu soldado, Urias. Recebeu  a sua paga com as consequencias de seu ato. Salomão seu filho também foi outro, desobedeceu a Deus no final de sua velhice e se casou com muitas mulheres que perverteram ao seu coração. Diferentemente de José do Egito que no Antigo Testamento é um ícone, um baluarte e fiel servo de Deus.

Neemias [Ne 13.23-29] fez uma limpeza étnica, desfazendo o erro até de sacerdotes que se casaram com pessoas estranhas ao seu povo. Esaú também foi outro que se comportou como um doido qualquer [cf. Gn 26.34 e Gn 28.8-9].

No NT o apóstolo Paulo, que certamente não se casou e nem teve filhos, dá as regras em 2Co 6.4. Erra o crente que quer.

III - DEUS ODEIA O DIVÓRCIO
O termo mais preciso seria Deus desaprova o divórcio. Ódio não é próprio a Deus, uma vez que Ele é santo. Ódio é contrário ao amor, tanto é que perdão não procede ou não vem de ódio, mas de amor. Deus é amor. 

No mais, em Gn 2.24 e em outros casamentos de judeus ou de crentes, casamentos estes instituídos pelo próprio Deus, Deus é a fiel testemunha da aliança/trato/pacto/acordo entre as partes [Ml 2.14]. 

E agora, o que dizer? Não, as Leis dos homens facilitam podendo de divorciar no mesmo dia do casamento. Esfriou o amor. Houve pecado de infidelidade conjugal. Agora deixo com vocês pastores, educadores de EBD. Agora é com vocês.

CONCLUINDO
Malaquias retrata algo de seu tempo, há mais de 2500 atrás e Deus fez registrar isto perpetuamente para nos ensinar em qualquer tempo. Como está o meu casamento? Como tem sido o meu culto a Deus? Como tem sido meu dízimo e ofertas? Estou esperando o Messias? Soli Deo Gloria.

Profº Francisco Neto

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Superdicas para Educandos e Educadores da EBD: Ler com propósito.

Cheguei ao final de mais um ano com vida, saúde e alegria. Profissionalmente realizado, pessoalmente satisfeito e espiritualmente muito feliz. Vi na página principal da G1 uma reportagem sobre uma criança que aos 7 anos de idade já leu mais de 500 livros. É isto mesmo, mais de 500 livros [Link para o vídeo: Menino de 7 anos já leu mais de 500 livros]. Isto muito me alegrou, isto é algo raro e desafiador. Comparando com a minha meta de leitura deste ano, não sei se me envergonho ou se o tomo como exemplo. Como ensinador reconheço que leio muitíssimo pouco.
 
O ano de 2012 foi marcado por 3 grandes desafios: Ler, Ensinar e Vida Prática.
Ler: Já desde criança me dedico à leitura com propósito. Já há alguns anos tenho estabelecido meta de leitura anual. Para o ano de 2012, porém, foi uma meta pequena, porém, desafiadora, visto que tenho pouco tempo disponível para tal. Uma meta de ler apenas 20 livros ou no mínimo 3000 páginas. Não atingi os 20 livros, apenas 18, contudo, ultrapassei a meta de 3000 páginas. Terminei a terceira leitura completa da Bíblia, o que foi muito significante. Esta meta é muito importante e é a base para o cumprimento de outras metas para mim todos os anos, uma vez que sou ensinador cristão. Sem a leitura eu fico sem base, sem chão, sem inspiração, sem conteúdo [...]

Ensinar: Legou-me Deus o dom de ensinar. Não creio que o faça com mestria, entretanto, procuro ensinar com esmero. Eu sei que não sou do tipo que ensina de forma arrebatadora, que oferta ao educando algo como um banquete estonteante. Me defino como mediano, e, por isso me esforço ao máximo para cada aula. Sempre que posso reservo algumas horas da semana para jejum e meditação no conteúdo. No ano de 2012 foram 4 revistas de EBD e em todas as lições sempre participando dos planos de aula, fóruns de discussão, na busca de um conteúdo sadio, centrado na Bíblia e relevante a todos. Se ensinar muda vidas, ler com propósito é a base. Os Educandos da EBD sempre esperam um conteúdo forte, surpreendente.

Vida Prática: Este é um desafio que é real e imediato a todos os educadores de EBD. Ensinar sem praticar o que se está ensinando é um pecado mortal, é hipocrisia, é coxear em dois pensamentos [obedecer ou desobedecer], ter vida dupla, é dualismo, é e não é [...]. Importante é viver com alegria o que se ensina, assim existirão testemunhos vivos e vida prática do que ensinamos. Sei: não sou um baluarte, um paladino ou bom samaritano, apenas procuro viver o que ensino e ensinar o que vivo. 

Educadores da EBD, leiam com propósito claro para ensinar e ensinem tudo centrado nas Escrituras Sagradas, e, por fim tenham uma vida prática no ensino. Soli Deo Gloria.

Profº Francisco Neto

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Assassinato durante culto evangélico

Que país é este? Estamos presos, aflitos dentro de nossas casas, na rua e até nosso trabalho. Nossos filhos estão na escola, porém nossos corações aflitos se preocupam. Lá estão matando, vendendo drogas [...] Os números são cada vez mais astronômicos, a matança humana no Brasil e sem tamanho. As Leis não conseguem frear. De maneira que em casa, no trabalho, na escola ou nas ruas ao invés de estarmos a salvo, somos alvo.

Antes de ontem a noite ocorreu mais uma dessa barbáries de nos deixar pasmados. Assassinaram uma pessoa enquanto assistia a um culto evangélico em São Paulo [Assassinato dentro de igreja durante culto]. Nem na Casa de Deus estamos seguros. Todas as Leis estão sendo atropeladas em nossos país e nós estamos perdidos, pois esta mesma Lei versa contra nós, caso venhamos a ser justiceiros. O que fazer? Autoridades, legisladores, magistrados, até quando? Nunca se matou tanto em nosso país. Recentemente era contra os policiais [...]

Já não basta a corrupção, a injustiça social, a educação e a saúde em segundo plano. A violência, desde Caim continua ecoando nos nossos dias. Resta rogar a Cristo que volte logo. Já não suportamos mais. Soli Deo Gloria.

Profº Francisco Neto

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Zacarias - O reinado messiânico - Lição 12

O profeta Zacarias traz uma mensagem essencialmente escatológica. Dentre os profetas menores é um dos que mais escreve, embora com sua profecia não traga diferentes temas.

I - O LIVRO DE ZACARIAS
Ele recebeu as profecias via visões e palavras do próprio Deus, durante os dois primeiros anos das obras de reconstrução do templo, pós retorno. O exílio havia acabado, porém, o templo não. Ainda: a primeira vinda do Messias e a sua segunda vinda tem registro claro entre os cap. 8 a 14. Os cap. 1 a 8 tem função primordial de encorajar os judeus na construção total do templo.

Os judeus quando da profecia de Zacarias estavam indiferentes, desinteressados, acomodados para com a Casa de Deus, por isso a profecia: "Tornai-vos para mim ..." [Zc 1.2].

É claro que a profecia é primeiramente relacional quanto ao comportamento homem/Deus e depois é funcional quanto as vindas do Messias. Não há que se duvidar da unidade literária profética, ela é vertical, isto é, de Deus ao homem.

II - PROMESSA DE RESTAURAÇÃO
É emblemático dos profetas, especialmente os maiores, a abertura das profecias: "Assim diz o Senhor...", ou  seja, não sou eu e nem procede de mim a mensagem, sou apenas o porta-voz de Jeová, o todo-poderoso [Zc 8.2,3,4,6,7,9]. Outros profetas também para deixar claro a autoridade da mensagem diziam: "Tão certo como vive o Senhor..." [1Rs 17.1].

Deus sempre foi zeloso para com o seu povo, protegendo de dia e de noite, até mesmo quando ainda não tinham sido salvos. Sempre deu sustentação espiritual e material. O povo é que não perseverou em zelo, porém, Deus ainda providência restauração. Um exemplo muito claro é no NT em João 2.13-17, quando Jesus Cristo faz os judeus se lembrarem do zelo para com a sua Casa.

III - O REINO MESSIÂNICO
Ontem mesmo na página do G1.com divulgou-se que um homem foi assassinado enquanto assistia a culto em São Paulo [Assassinato dentro de Igreja Evangélica]. Paz mesmo, pode haver no nosso interior. Paz perfeita   somente no céu. Quanto a paz universal, ela é escatológica, no reino milenar [Is 11] e ninguém se engane, ainda estamos aqui, sujeitos a todos os males da terra. Somente Deus pode nos livrar de qualquer mal aqui.

CONCLUINDO 
A despeito de estarem livres do exílio, não se voltavam para Deus na reconstrução do templo. Zacarias traz uma profecia de ânimo com este fim e também anuncia a vinda do Messias, uma vez que este tema caíra em esquecimento. Assim muitos crentes, estão livres da escravidão do mundo, porém, estão frios com Deus, secularizaram-se, não se interessam na reconstrução diária do próprio templo. Soli Deo Gloria.

Profº Francisco Neto

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Revista da CPAD para o 1º Trimestre de 2013 - Elias e Eliseu

Pela misericórdia de Deus estamos terminando mais um trimestre de aulas da EBD neste ano. Comentei no lançamento da revista do 4º trimestre de 2012 que a CPAD havia acertado em cheio na escolha do tema, uma vez que os profetas menores são de fato esquecidos por nós ensinadores e pregadores, quando muito, alguns versos são pescados, pinçados desses livros e assim, todo o conteúdo, que é riquíssimo, fica esquecido ou deixado em segundo plano.

Desta vez a CPAD resolveu seguir na mesma toada com o tema para o 1º trimestre de 2013: Elias e Eliseu, Um Ministério de Poder para toda a Igreja. São temas centrados nos ensinos proféticos, com aplicação prática hodierna. Vejo com bons olhos, e, realmente o conteúdo é importante, contudo, particularmente, penso que a CPAD poderia ter dado uma guinada, e, trazer uma revista com um arrimo no NT. Os Evangelhos Sinópticos há muito não são estudados, a divindade e humanidade de Cristo também, a missão da Igreja tem sido negligenciada. Outros temas correntes e negligenciados: divórcio,  pedofilia, o fenômeno da estagnação da Igreja, os princípios bíblicos e costumes do povo de Deus sendo aplacados com a secularidade etc. De maneira que a CPAD perde a chance agora de oferecer algo atual para o seu arraial, e, força mais um semestre com um tema muito próximo do que nem ainda terminou. Soli Deo Gloria.

Estas são as lições da revista para o próximo trimestre:
Lição 1 - A Apostasia no Reino de Israel
Lição 2 - Elias, o Tesbita
Lição 3 - A Longa seca sobre Israel
Lição 4 - Elias e os profetas de Baal
Lição 5 - Um homem de Deus em depressão
Lição 6 - A viúva de Serepta
Lição 7 - A vinha de Nabote
Lição 8 - O legado de Elias
Lição 9 - Elias no monte da Transfiguração
Lição 10 - Há um milagre em sua casa
Lição 11 - Os milagres de Eliseu
Lição 12 - Eliseu e a escola de profetas
Lição 13 - A morte de Eliseu

Profº Francisco Neto

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

As Dores do Abandono - Lição 12

"Por que Demas me desamparou..." - [2Tm 4.10]

Este tema, Abandono é de fato uma das aflições de nosso tempo presente e entendo que é digno de ser tratado como de muita importância, visto que os arraiais evangélicos também padecem deste mal. Esta lição vem nos advertir para esta realidade. Sei que alguns escudados por uma cara de pau, dirão ser isto um absurdo, porém, sou mais realista. Só para começar, quantas viúvas não estão no mais completo abandono? De igual sorte também as pessoas que sofreram disciplina, onde estão? E os missionários que retornaram? Estes últimos, estão sem emprego, sem casa, sem sustento... É, talvez este e outros exemplos não aconteçam aí na sua Igreja, contudo, é uma dura realidade. Talvez seja tão real que a Igreja já esqueceu os esquecidos...

I - O ABANDONO FAMILIAR
Isto acontece professor? Sim. Pais esquecem filhos e vice versa. Netos esquecem avôs. Obreiros esquecem de seus tutores, mentores, mestres. O apóstolo Pedro esclarece que a verdadeira religião é assistir às viúvas. O Salvador aponta para a assistência ao faminto, ao nu, ao doente, ao encarcerado e ao sedento como se o fizesse a Ele mesmo [Mt 25.42-43]. O abandono, seja na doença, seja no vício ou na velhice indica insensibilidade, individualidade, intolerância e desamor ao próximo. Na verdade não estamos amando aos outros como a nós mesmos. Nós queremos terceirizar esta função... não queremos visitar, trocar as fraldas dos moribundos, chorar com os que choram... nós não queremos fazer isso. Isto, muitos pensam, é serviço para pastor, missionário, parentes etcétera.

II - O ABANDONO EM SITUAÇÕES DIFÍCEIS
O abandono em qualquer situação se torna mais difícil, por mais simples que seja o motivo. Muitos lares são desfeitos porque um dos cônjuges vem a ficar desempregado e a outra parte não tolera, não aceita. É a realidade, acontece. Tem Igrejas que não estão  nem aí para os desempregados, pensam assim: "que se virem, não é problema da Igreja...". 

Ao se converterem as pessoas se distanciam em parte de suas amizades uma vez que se envolvem mais com a Igreja, contudo, não é o caso de abandonar os amigos, pelo contrário, esta é a hora de revelar aos outros as mudanças após Deus entrar na minha vida.

III - O DEUS QUE NÃO ABANDONA
Por mais óbvio que seja, Deus não nos abandona. Sim, Ele permite sermos afligidos, provados e até tentados, entretanto, está sempre junto aos seus filhos, fortalecendo, dirigindo, iluminando e sustentando. Penso que o que é muito comum é o homem abandonar a Deus, a Igreja, as alianças feitas não o contrário, Deus não abandona os seus.

CONCLUSÃO
Pode a família, os amigos, a Igreja e até o mundo nos esquecer e abandonar, porém, Jesus Cristo nos prometeu: "eis que estarei sempre convosco até a consumação do século" [Mt 28.20]. Soli Deo Gloria.

Profº Francisco Neto

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Revista para o 4º Trimestre da Cpad - Os doze Profetas Menores

A Cpad divulgou recentemente a sua revista para o 4º trimestre de 2012, trazendo por tema: Os Doze Profetas Menores, Advertências e Consolações para a Santificação da Igreja de Cristo. Ainda não vi os temas direcionados para cada uma das treze lições, contudo, dependendo do comentarista teremos excelente conteúdo para o próximo trimestre.

Tenho criticado duramente as revistas da Cpad, e, como eu muitos professores já se manifestaram, anti ao que se tem oferecido. Em uma oportunidade que tive de conversar com um dos comentaristas da Cpad, justamente sobre o nível da qualidade das revistas, este comentarista, me disse que as lições não podem ter um conteúdo mais forte e isto para não dificultar para os professores... Penso que o nobre comentarista subestimou e até desrespeitou os professores da EBD, uma vez que não podemos nivelar por baixo e também os alunos da EBD merecem conteúdo de qualidade.

Apesar da revista trazer temas direcionados utilizando os textos dos profetas menores, esta é uma ótima chance da EBD oferecer aos seus discentes o conhecimento divino que cada um desses livros tem. Soli Deo Gloria.

Profº Francisco Neto

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Inveja, um Grave Pecado - Lição 11

Esta lição, aparentemente, sem muita importância para alguns ensinadores, vem em boa hora. A Inveja é um grave pecado. É como um câncer, pois age silenciosamente no recôndito e no íntimo de muitos, especialmente dos desocupados e dos sem serviço. Acabam por gastar o tempo com murmurações e chocarrices.

I - A INVEJA NO PRINCÍPIO DO MUNDO
Não nos admira mais esta verdade registrada na Bíblia, porque a inveja é para muitos de somenos importância, contudo, para os que conhecem a Palavra sabem que Satanás é quem é o pai da inveja [...], que hoje, julgamos de pequeno quilate. Uns dizem ser até saudável ter um pouquinho de inveja. Esta terrível praga, a inveja, estava no coração de Lúcifer antes de cair, no coração de Caim antes de ceifar a vida do irmão, estava também no coração dos judeus que mataram Jesus, ainda no coração dos Judeus que apedrejaram a Estevão e a Paulo, e, pasmem, também está hoje no coração de muitos crentes de nossos arraiais [...] Só existe um remédio: Arrependimento via Palavra de Deus, isto é, Cruz.

II - A INVEJA E SUA CONSEQUÊNCIA
Ao dar espaço para Satanás, ele passa a agir através de muitos pecados, sejam eles dos mais escancarados ou dos mais dissimulados. Assim, quem bebe desta água suja, fica cego/surdo/mudo/morto para Deus. A Bíblia é muito simples ao dizer que "o salário do pecado é a morte", logo, quem está na prática da inveja está vivo para o mundo. Resumindo: está lutando, recalcitrando contra Deus. Está em rebelião.

III - A DESTRUIÇÃO ADVINDA DA MALDADE
A Inveja é apenas um dos frutos da maldade enraizada no coração da criatura destituída de Deus. Repito: a Bíblia é muito simples  e clara quando afirma que "o diabo vem somente para roubar, matar e destruir". A maldade deixa rastros de vidas destruídas, famílias aos farrapos, ministérios em declínio e almas caminhando para o inferno [...]

CONCLUSÃO
Os filhos e as filhas de Deus não podem ter as suas almas/espírito e vida maculadas pela maldade e pela inveja, mas sim devem sempre estar refletindo a pureza de Jesus Cristo [...] do contrário  seremos mais um Caim ou mais um dos irmãos de José do Egito, mais um Lúcifer, mais um Judas Iscariotes, mais um judeu hipócrita e invejoso que anda na contra-mão do Evangelho de Cristo [...]. Soli Deo Gloria

Prof Francisco Neto

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

A Rebeldia dos Filhos - Lição 8

Que tema! Eu que sou um ferrenho crítico das lições das revistas da Cpad, porém me rendo a este tema. Talvez dentre todas as lições desta revista, a do 3º trimestre, esta seja a lição mais realista, a que mais se identifica e se aproxima com o título proposto na revista: Vencendo as Aflições da Vida.

Nunca se viu tanta rebeldia, ingratidão, desídia e frieza por parte dos filhos para com os pais. Que se diga de passagem, vivemos uma geração perversa, má, violenta, de ânimo dobre, sem freios, que não querem o exemplo dos pais. Alguns se comportam como cavalos desembestados, sem rumo, chegando às raias da afronta e do desrespeito total para com os seus genitores, senão vejamos:
Fazem da sua casa um drogodromo;
Fazem da seu quarto um motel;
Fazem do seu corpo um laboratório;
Fazem de seus pais seus patrocinadores;
Fazem de seus mais íntimos alvos de suas duras críticas;
Fazem de seus lares verdadeiras filiais do inferno [...]

Talvez alguns leitores divirjam, discordem, claro, somos todos como declarou o nosso STF [Supremo Tribunal Federal] "...na expressão, somos permanentemente livres". Contudo, nunca se viu tantas jovens mães solteiras, nunca se vendeu tanta droga no mundo, nunca se viu tantos lares desestruturados e jovens desequilibrados, chegando ao absurdo de quererem expulsar as polícias da segurança da USP, e, tudo para que pudessem ficar livres, livres para serem criminosos [...]. Que geração perversa. O que devemos esperar da nossa geração?

Professores da EBD, aproveitem, esta é a lição de ouro da revista! Soli Deo Gloria.

Profº Francisco Neto.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

As aflições da viuvez - Lição 5

Viuvez. Este é o tema da vez a ser tratado na EBD. Certamente, o comentarista, o Pr Eliezer de Lira e Silva entendeu ser oportuno e tratá-lo sob uma perspectiva bíblica relevante nos nossos dias. Dentre tantos assuntos e dilemas que assola os arraiais em nosso país, como drogas, divórcio, pedofilia, violência doméstica e outros tantos, resolve-se falar justamente de viuvez. Não que não seja importante [...] mas penso que é mais difícil de tratar das vítimas de um abuso sexual do que de viuvez. Minha pergunta é: Até quando a Cpad vai subestimar a eficácia da EBD? O conteúdo desta revista é muito fraco, pobre em argumento e sobretudo, não cumpre o papel de educar a luz da Bíblia.

A Cpad se esqueceu que todas as EBD das igrejas Assembleia de Deus que estão ligadas à CGADB do país utiliza suas revistas, não sei até quando, mais utilizam. E, nesta perspectiva as revistas devem oferecer conteúdos relevantes, atrativos, realistas e sobretudo que de fato façam a igreja se apaixonar pela Escola Bíblica Dominical, ensinando com qualidade, profundidade e tudo isto confrontando a realidade de hoje, agora, minha e sua, com a Bíblia Sagrada.

Reitero: esta revista, aliás já não é de agora, precisa mudar. Está fora da realidade, é pobre em conteúdo e nada atrativa. Registro aqui o meu protesto. Lecionar na EBD atualmente, significa usar a revista da Cpad como um esqueleto, dar vida as lições trazendo argumentos para enriquecer o conteúdo.

Estamos numa realidade onde as viúvas não estão numa situação tão difícil, excetuando-se os casos isolados. Na maioria dos casos as viúvas são pensionistas ou recebem um pecúlio, o que não ocorria no contexto bíblico. Também com a atual conjuntura na maioria dos casais ambos, marido e mulher trabalham, logo quando um falece, o viúvo ou viúva não fica tão desguarnecido assim. Sem dizer que no contexto neotestamentário é considerado o comportamento e também a idade. Hoje as viúvas ou viúvos estão contraindo novas núpcias, independente da idade. Com tudo isso, sinceramente, divirjo da Cpad em permitir que lições deste quilate sejam forçadas goela a dentro das nossas EBD [...]. Soli Deo Gloria.

Profº Francisco Neto

domingo, 10 de junho de 2012

A missão da Igreja: Não é a política? [parte 1]

 
Particularmente, ainda não me convenceram de que a Igreja precisa se envolver com a política para cumprir a sua missão. Muitos no afã de se enveredarem por este mundo e de viverem em função de seus interesses, dizem que precisam do apoio da igreja para se elegerem e trazer assim mais condições financeiras, ou seja, mais dinheiro para investir no social, na educação e nos interesses particulares da igreja.

Até quando? Esta escusa não cola mais. Muitos já tropeçaram nesta mesma pedra, outros se deram muito mal. Traduzindo: viraram as costa à bandeira de Cristo, afastaram-se dos propósitos da Igreja, perderam o foco da missão principal do cristianismo, que é o de ganhar almas. 

Jesus Cristo não veio reinar politicamente, pelo contrário, disse que aquele que não aborrecer seu pai ou mãe não seria digno do evangelho. Mas alguns querem  ser grande construindo o próprio reino e usar a Igreja, com a desculpa de que tudo será em favor dos propósitos eclesiais.

Estou cansado de ver a política reinar dentro dos arraiais e isto no lugar de Cristo. Nas entradas das igrejas e nos programas patrocinados pelas igrejas há cunho político e não de evangelismo... A Igreja definitivamente perdeu o foco da sua missão. Soli Deo Gloria.

Profº Francisco Netto
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quinta-feira, 7 de junho de 2012

Revista do Terceiro Trimestre de 2012 - CPAD

Depois de muitos dias sem nada publicar neste pagina, aproveito a oportunidade hoje para fazê-lo por ocasião da divulgação da Cpad, sobre o tema das próximas lições. 

Particularmente, não me senti muito atraído com os temas, penso que baseou-se em uma linha muito pastoral, isto é, trouxeram temas avulsos e pulverizados, quando poderiam centrar em temas de cunho mais teológicos visando especificamente ensinar. Penso que a função evangelística e ou de temas avulsos cabe muito bem ao sermão pastoral, no púlpito. Talvez eu esteja errado, talvez o meu entendimento da função da EBD [ensinar] esteja equivocado. No entanto não arredo desta posição: a EBD é estritamente para ensinar. As almas se convertem e depois devem estar na EBD para crescer em sabedoria, estatura, graça e entendimento.

São estas as lições desta revista:
Lição 01 – No Mundo Tereis Aflições
Lição 02 – A Enfermidade na Vida do Crente
Lição 03 – A Morte para o Verdadeiro Cristão
Lição 04 – Superando os Traumas da Violência Social
Lição 05 – As Aflições da Viuvez
Lição 06 – A Despensa Vazia
Lição 07 – A Divisão Espiritual no Lar
Lição 08 – A Rebeldia dos Filhos
Lição 09 – A Angústia das Dívidas
Lição 10 – A Perda dos Bens Terrenos
Lição 11 – Inveja, um Grave Pecado
Lição 12 – As Dores do Abandono
Lição13 – A Verdadeira Motivação do Crente
Lição 14 – A Vida Plena nas Aflições                                                                   Soli Deo Gloria.


Prof Francisco Netto

quinta-feira, 15 de março de 2012

As Sete Cartas do Apocalipse: A Mensagem Final de Cristo à Igreja

Este é um excelente  tema: As Sete Cartas do Apocalipse às Lições Bíblicas Jovens e Adultos do 2º trimestre de 2012, cujo comentarista é o pastor Claudionor de Andrade. É também uma rica oportunidade de ensinar à Igreja um pouco de Escatologia.

As Lições semanais são:
Lição 1 – Apocalipse, a Revelação de Jesus Cristo
Lição 2 – A Visão de Cristo Glorificado
Lição 3 – Éfeso, a Igreja do Amor Esquecido
Lição 4 – Esmirna, a Igreja Confessante e Mártir
Lição 5 – Pérgamo, a Igreja Casada com o Mundo
Lição 6 – Tiatira, a Igreja Tolerante
Lição 7 – Sardes, a Igreja Morta
Lição 8 – Filadélfia, a Igreja do Amor Perfeito
Lição 9 – Laodiceia, uma Igreja Morna
Lição 10 – O Governo do Anticristo
Lição 11 – O Evangelho do Reino no Império do Mal
Lição 12 – O Juízo Final
Lição 13 – A Formosa Jerusalém
Profº Francisco Netto

terça-feira, 6 de março de 2012

Superdicas para Educadores e Educandos da Ebd: O plano de aula

Desde o início do ano de 2012 tenho cooperado numa de nossas congregações, especificamente na aplicação das lições do discipulado e também no plano de aula da lição dos adultos. Mais diretamente sobre este último tema é que resolvi escrever agora.

Observei ao longo dos anos de experiência de ensinador que a maioria das nossas EBD locais não tem planos de aula,  o qual eu denomino de 'fórum dos professores', que antecede a aula propriamente dita. E nesta congregação que tenho trabalhado, notei a necessidade, contudo, com uma pequena resistência de alguns professores...

A sorte é que o meu pastor entendeu o projeto, a necessidade e também até uma carência dos professores em receberem um aprimoramento e comprou a ideia. Estamos no princípio, contudo, as sementes estão sendo semeadas e o plano de aula ou 'fórum dos professores' tem dado os seus frutos, a saber:

1. Os professores recebem um nivelamento de conteúdo daquela lição;
2. Discutem entre si os pontos mais importantes e que não podem ser negligenciados;
3. Cogitam as possíveis perguntas e possíveis respostas;
4. Perdem o medo das perguntas;
5. Aprendem a valorizar a participação dos educandos;
6. Aprendem a embasar, biblicamente, todos os sub-tópicos;
7. O professor suplente também participa e fica assim preparado...
8. O professor aprende a enxugar a lição, isto é, trabalha os argumentos mais fortes;
9. O Educador fica mais seguro...

Com isto já observamos  a qualidade e aos poucos o acréscimo de alunos na EBD. Tínhamos Educadores que não gostavam de serem interpelados pelos educandos durante a sua exposição. Hoje, eles sugerem participações, interrogações e aproveitam ao máximo a ideia do educando. Penso que na escuridão da falta de conhecimento, passou um vagalume e piscou...

As sementes estão sendo semeadas. Creio que precisamos urgentemente valorizar o ensino teológico nas nossas EBD, potencializar os recursos humanos, valorizar os vocacionados e capacitá-los, o melhor que pudermos. Somente assim, a EBD será atrativa, vigorosa e terá forte cunho doutrinário\bíblico. Soli Deo Gloria.

Profº Francisco Neto

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

A Prosperidade dos Bem-aventurados - Lição 6


INTRODUÇÃO
Esta expressão “bem-aventurado” aparece 7 vezes no AT [Antigo Testamento] e 26 vezes no NT e tem o sentido de ‘ditoso’, ‘feliz’ e ‘felicidade perfeita’. Esta ‘felicidade perfeita' é fundamentada principalmente em Deus, na obediência à sua Palavra e na fé. Há os que pensam que a prosperidade material garante a felicidade. Estão enganados. A paz e a alegria do céu nunca estiveram, estão ou estarão à venda. As bençãos de Deus não se compram! A única forma de se alcançar alegria e prosperidade é através da obediência à Palavra de Deus. 

I. O FUNDAMENTO DAS BEM-AVENTURANÇAS
O significado das bem-aventuranças, isto é, feliz. Em grego é Makarios e descreve a felicidade, felicitação, jubiloso, comunhão [Gl 4.15; Rm 4.6,9]. As causas aqui são perdão de pecados, de dívidas, favor imerecido. No AT o termo é “‘asrê” e ocorre 44 vezes, sendo 4 das poéticas, 26 vezes nos Salmos e 8 vezes em Provérbios. No AT tem conotação de ‘felicidade’ e ‘prosperidade’ indizível obtida via favor de um Senhor, isto é, de uma benção incomparável [...] 
Bem-aventurados os pobres [Mt 5.3] do sermão da montanha, significa mais do que um estado emocional representado pela palavra ‘feliz’. Inclui bem-estar espiritual, vindo de um cuidado divino [conf. Salmo 1]. A pobreza material é aqui suprida por Deus para suprir estes, e, isto gera alegria e depencia [Salmo 9.18].

Bem-aventurados os que choram [Mt 5.4]. As lágrimas estão escassas. Os crentes, nos cultos de oração já não choram mais. Os olhos nem brilham. Muitos tem um rosto marcado, fechado, triste, cansado. Parece que se esqueceram da salvação. Eva chorou a perda de Abel mais foi consolada com Sete. Ana chorou na oração e foi consolada com Samuel. Jesus chorou ao ver Jerusalém e seu futuro. Pedro chorou amargamente ao cair em si... E eu? e Você? [...].

Por que um crente chora? O contexto de Mateus 5.4 indica que estão chorando por causa do pecado e do mal, especialmente os deles mesmos, e por causa do fracasso da humanidade em dar a glória devida ao Senhor. Apocalipse 21.4 afirma que “Deus limpará de seus olhos toda lágrima…” Se de fato choramos aos pés de Cristo, o consolo certamente virá.


II. A BEM AVENTURANÇA DA MANSIDÃO E DA MISERICÓRDIA
Bem aventurados os mansos [Mt 5.5]. Este “manso” refere-se à um equilíbrio espiritual, pureza interior, atitude humilde ligada a um senhorio. A conversão deve ser traduzida em atitudes, gestos e num temperamento próprio de um regenerado.
Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça [Mt 5.6]. Há uma enorme diferença entra a justiça divina e a humana. Deus é a própria justiça. Uns confiam na sua justiça própria, porém, outros tem fome e sede, forte desejo pela ação divina.
Bem-aventurados os misericordiosos [Mt 5.7]. Os ‘misericordiosos’ são aqueles que cheios de compaixão e dó para com os que sofrem, quer seja pelos pecados, quer seja pelas aflições da vida. Os misericordiosos desejam minorar os sofrimentos e fazem isso levando as boas novas do Evangelho ao homem aprisionado pelo pecado (Mt 18.33-35; Lc 10. 30-37; Hb 2.17). O termo grego aqui é eleemon e denota uma palavra gentil, compassiva, solidária, misericordiosa e sensível, que combina intenções do coração com ação.


III. A BEM-AVENTURANÇA DA PUREZA E DA AFLIÇÃO
Bem-aventurados os limpos de coração [Mt 5.8]. A conotação do termo grego katharos é ‘sem mancha‘, ‘limpo’, ‘imaculado’, ‘puro’. Pode descrever limpeza física, pureza em todos os sentidos.

Bem-aventurados os pacificadores [Mt 5.9]. Jesus Cristo é o pacificador supremo, e os cristãos, são agentes da paz através da salvação nEle, em Jesus. 

Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça [Mt 5.10,11]. O profeta João Batista, o apóstolo Paulo, Tiago irmão de João, Pedro e todos os apóstolos de seu tempo foram perseguidos por causa da justiça. Um foi decapitado, outro apedrejado [...] E nós somos perseguidos pelo mundo... pelo qual levamos o Evangelho da Libertação em Cristo.


CONCLUSÃO
As bem-aventuranças, sejam no AT ou no NT, são ensinos preciosos para uma vida próspera de todo cristão. Muitos buscam uma alegria passageira, PORÉM, a alegria sublime e segura está na salvação e na obediência aos preceitos bíblicos. Soli Deo Gloria.

Profº Francisco Netto

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

A Prosperidade em o Novo Testamento – Lição 4

INTRODUÇÃO
Como nos apequenamos quando somos submetidos ao crivo do entendimento teológico sobre valores! Especialmente os materiais. Textos? Muitos. E será que não os conhecemos? Decerto que sim, os conhecemos. Veja, vou citar 3 que me vem a mente agora:

1 - 2Co 8.9: “... nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, por amor de vós se fez pobre, para que pela sua pobreza enriquecêsseis”;
2 – Mt 6.19-21: “Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam; Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam. Porque, onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração”;
3 – At 3.6: “Não tenho prata nem ouro; mas o que tenho isso te dou. Em nome de Jesus Cristo, o nazareno, levanta-te e anda”.

Tudo isto sem falar que Jesus Cristo interpela o jovem rico em detrimento de suas ações [Mc 10], Paulo ensina que dar é melhor que receber [At 20.35] etc. Entendo que a prosperidade de que trata o NT é não somente a material, mas principalmente a salvação e suas implicações, como por exemplo as conseqüências, os atos deste salvo devem refletir uma profunda piedade e reconhecimento de ser nova criatura.

I. A PROSPERIDADE NO NOVO TESTAMENTO É ESCATOLÓGICA
Em Prosperidade e Consumo, o NT emblematiza o termo mamom [מָמוֹן], do original aramaico com um significado mais claro de dinheiro. Contudo, a implicação aqui neste termo, principalmente em Mt 6.19-24 e 1Tm 6.10 é:

1. Não personificar e adorar como divindade e ou objeto de culto;
2. Não cobiçá-lo ardentemente;
3. Não tê-lo como objeto de torpe ganância etc.

A avidez e a busca incessante pela riqueza, cega o homem, o deixa entorpecido de tal maneira que o impede de ver as coisas espirituais e de se aproximar de Deus. É como controle pleno, uma anestesia geral, um como consciente [...]

Sobre a Prosperidade e Futuridade, não somos do  ensino contrário a quem prospera financeiramente, mais sou contra vive em função de si, contra quem centraliza de forma egoísta todas as suas forças, entendimento e coração em acumular e multiplicar para si seus bens materiais. Deus fica aqui em segundo plano, como coadjuvante. Isto não é salutar. As pessoas pensam ou desejam cada vez menos na volta de Cristo. Porque será? Será que é falha dos pregadores e dos ensinadores de EBD? Sim. Estamos falhando. Me dói admitir este pecado. Ensinamos cada vez menos isto, porém, a Bíblia não falha. Veja alguns versos: 1Co 15 [ressurreição]; 1Ts 4.17 [arrebatamento]; At 3.19 [alívio na alma, tempos de refrigério], etc.

II. A PROSPERIDADE NO NT É MAIS UMA QUESTÃO DE SER DO QUE DE TER
Sobre ter Tesouros na terra, afirmo que é certo que a Bíblia ensina que o amor a mamom [מָמוֹן], i.é, ao dinheiro é a raiz de todos os males [1Tm 6.10]. Porém, convém esclarecer de uma vez que a riqueza não é problema, ela não é má em si, logo, não somos contra os ricos, pelo contrário queremos que se rendam a Cristo e alcancem a riqueza da Salvação. O mal está em:

1. Ter o dinheiro como um deus [Mt 6.24];
2. Ser escravo do dinheiro;
3. Dar a vida ao dinheiro e perder a alma [Mt 16.26];
4. Apostatar da fé pelo dinheiro [Tg 5.3] etc.

Observe bem que procurei embasar este comentário apenas nos textos do NT, isto para não fugir do tema. Os tesouros da terra são para a terra, eles não compram as coisas do céu, pelo contrário, servimos a Deus com nossas finanças e não somos escravos do dinheiro.

III. A PROSPERIDADE EM O NOVO TESTAMENTO É FILANTRÓPICA
Uma igreja com diferentes classes sociais não significa que terá tratamento diferenciado, e, embora sendo a Igreja heterogênea tem unidade na fé e no cultuar e no jeito de ser. As diferenças sociais, sexo, raças, qualificações e dons individuais somente contribuem à união do corpo de Cristo [At 4.32; 6.7]. A evidência aqui está sobre a comunhão, intimidade e participação de cada um no serviço sagrado, direta ou indiretamente. Jesus Cristo não escolheu somente os ricos ou somente os pobres para ensiná-los, ensinou a todos, primeiro aos judeus depois aos gentios.

Não esquecer dos pobres? Será que realmente a Igreja se lembra deles cotidianamente? Não estou vendo as filas dos pobres em frente à Igreja para se servirem de comida, vestuário e calçados [...] Não estou vendo um gabinete pastoral para atender os que não podem pagar psicólogos [...] Não estou vendo na Igreja uma farmácia para doar remédios aos que não podem comprar [...] Os Institutos e escolas, creches de cunho teológico não liberam bolsas para os pobres, mas tem que pagar [...] Também os que são consagrados como obreiros são na sua maioria os ricos [...] Será que realmente não estamos esquecendo os pobres?

CONCLUSÃO
Deus é bom e paciente. Não basta sermos bons despenseiros e mordomos, mas é preciso investir no reino celeste. A começar ajudando mais os pobres, visitando os doentes [Tg 1.27], viúvas, investindo mais nos missionários [Lc 8.3]. Resumindo a lição a prosperidade no NT, [...] submeter o material às riquezas espirituais, com ações de um salvo. As riquezas terrenas só servem aqui. As espirituais são eternas. Soli Deo Gloria.

Profº Francisco Netto

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Os Frutos da Obediência na Vida de Israel – Lição 3

INTRODUÇÃO
A obediência, do latim obedire (obedecer) é uma das virtudes e um comportamento pelo qual um ser aceita e se cumpre ordens de outro. Na essência, provoca uma profunda atitude interna de resposta. Obedecer é não divergir. Daqui se depreende que a prosperidade é o resultado da obediência irrestrita aos preceitos contidos na Palavra de Deus!

I. OBEDIÊNCIA, UM FIRME FUNDAMENTO
As Promessas, as Profecias e todo arcabouço teórico-prático dados por Deus na Palavra estão todas condicionadas à obediência como fundamento principal. Isto é inquestionável no ponto de vista teológico.

As pessoas não querem mais os sermões vindos de Dt 11.29; Dt 29.1; Ap 21.7 etc. No entanto, as alianças são para que haja zelo de ambas as partes e o homem não se isenta aqui. Nós não gostamos quando somos desafiados ou confrontados à obediência.

Quanto as reais motivações, Deus sabia do fracasso e imperfeição, apostasia/rebeldia deliberada do homem para com Deus. Amar e obedecer a Deus sobre todas as coisas era e sempre será o mandamento maior, para tanto, precisa de fé, amor e guarda de mandamentos [Ex 15.26; 19.5; Lv 26.14; Dt 28.1].

II. DESOBEDIÊNCIA, A CAUSA DA MALDIÇÃO
O Concerto sinaítico de Deus com os israelitas é posto sob 2 aspectos:
1.Deus estabelece promessas/compromisso; 2.Israel os aceita ou não. A pergunta é: o que tem a ver entre o Sinai e a Babilônia? Simples. Um é o lugar da promessa e o outro é o lugar onde foram os que não cumpriram o concerto firmado. Israel desobedeceu, por isso foi ao cativeiro. O profeta Jeremias, foi claro: “Andai em todo o caminho que eu vos ordeno, para que vos vá bem” [Jr 7.23], não foi ouvido. A voga aqui é a prosperidade espiritual ou a sua ausência.
A idolatria remonta aos tempos patriarcais, contudo, enraizada no DNA espiritual dos israelitas. A mulher de Jacó [Gn 31.19], no ensino mosaico [Lv 19.4; Dt 29.17], nos tempos do rei Josias [2Rs 23.24]... É uma desgraça e abominação, rebeldia deliberada e flagrante contra Deus. Sempre houve e hoje não é diferente de ontem [Mt 22.37].

III. A OBEDIÊNCIA E SUAS LIÇÕES
É óbvio que nas palavras divinas existem promessas e estão todas ancoradas nos preceitos imutáveis de Deus. Condições claras, bem definidas e ensinadas por todos: Profetas, Jesus Cristo, Apóstolos, Paulo e Sacerdotes Eclesiais de nossos dias. Nenhum deles fogem da regra perpétua inspirada e trazida a nós. Acontece que alguns, não poucos, estão adocicando este Evangelho, tornando fácil e cheio de promessas sem compromisso e sem condições. Deus não mostra as delícias do céu, sem antes mostrar-lhe o sacrifício.

Concordo que a benção protege os obedientes, porque na esperança de alcançá-la, não pecam e se pecam, recebem perdão, logo, lavados estão no sangue sacrificial do Cordeiro, Cristo.

CONCLUSÃO
Importa ensinar a não ser negligente. Os sermões/ministrações sobre promessas são muitos se comparados com os de obediência. E importa obedecer para os que anseiam prosperar espiritualmente. Amar a Deus e ao próximo, a Palavra, a Igreja, ao Espírito Santo e a Cristo implica em obedecer, isto é, guardar mandamentos [Jo 14.15,21,23,24; 1Jo 3.18]. Soli Deo Gloria.

Profº Francisco Netto

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Lutero e a Prosperidade [...]

Estou estudando acuradamente este tema sob o ponto de vista de nobres personagens e pensantes destacados, dentre eles C.S Lewis, Sócrates e Martin Luther. Fiquei sobremodo estarrecido e assustado. Sim, assustado, mas estarrecido, especialmente quando me deparei com o ponto de vista racional de Luther, que é muito singular e significativo, sobretudo, marcante, diria até brilhante como o sol do meio dia. Traço aqui uma linha comparativa da visão lutherana com as multifacetadas matizes hodiernas.

Como somos mesquinhas. Como somos pequenos e ridículos quanto à esforços tangíveis e pessoais para saber gastar nossos valores [...]

Como somos vazios em conhecimento do valor comparativo entre o material e o espiritual. Muitos ainda pensam que conseguem comprar o espiritual com o material... Muitos, muitos estão tropeçando dolosamente nesta  pedra [...]

Martin Luther obteve uma matiz mais rica, preciosa e divisora no seu tempo, que ora esquecida secularmente, precisa ser ressuscitada para que haja uma reforma de nossos conceitos acerca de como obter e usar e valorar nossos bens materiais [...]

O capitalismo arrebatou a Igreja ou foi a Igreja que arrebatou o capitalismo? Fato é que Luthero combateu frente a frente as indulgências e suas motivações. O engano, o ensino errado, a prosperidade vinculada a algo secundário, o preço da saída do purgatório, moedas tilintando nos cofres da igreja [...] Será que não estamos sendo comprados, enganados e cauterizados nas nossas consciências?

Os pobres, ah os pobres. Disse Jesus que sempre existirão, porém, o que não devem ser é enganados. No tempo de Luthero ser pobre e humilde implicava em mérito e ser rico  se obtinha mérito ao contribuir generosamente à igreja e aos necessitados, o que não é nada diferente hoje. O que já foi combatido no passado, hoje persiste de uma forma mais sutil. Os tempos passam e os pecados mais hediondos somente se aperfeiçoam.

M. Luther reformou com sucesso uma geração e nós devemos olhar para o passado, concertar nosos conceitos e obter e uma matiz pura de valores para assim não sermos enganados hoje e amanhã.

A concepção lutheriana sob o material é radical. Radical, porém brilhante e tão necessária, relevante para os nossos dias, cristãos, igrejas e para o nosso mundo evangelicalizado.  Soli Deo Gloria.

Profº Francisco Netto

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

A Prosperidade no Antigo Testamento - Lição 2


INTRODUÇÃO
O que é ser próspero? Possuir bens materiais, fama, projeção... tudo isso aos olhos humanos é ser próspero. Contudo, teologicamente falando, nota-se outras nuanças.

A Palavra de Deus, a Bíblia Sagrada, nos responde a este importante tema, especialmente no AT, também no NT, porém, com maior ênfase no AT. Resumidamente, o Antigo Pácto está condicionado à obediência e à intimidade com Deus. 

I - RIQUEZA E POBREZA, DOENÇA E CURA NA ANTIGA ALIANÇA
Há aqui uma associação baseada em 3 pontos: solidariedade, espiritualidade e o bem estar físico. É importante dizer que a pobreza não é julgamento divino e a riqueza não sinônimo de ser abençoado, no sentido divino. 

Deuteronômio 15, Atos 5, 2Co 9 e Rute 2, são clássicos bíblicos para se exemplificar a idéia de solidariedade vinculada à prosperidade. É simples. Quem se solidariza com a pobreza do irmão é rico espiritualmente e assim é ou será abençoado.

Os provérbios veterotestamentários [Pv 3; 12; 15; 18; 19; Sl 15] e outros textos no NT apontam para prosperidade espiritual. É por isso que o homem acamado e sem recursos humanos troca tudo o que tem para ter saúde, sossego e paz. 

Jó quando afligido e posteriormente após ser sarado atribuiu ao seu Deus a benesse, dizendo: "Agora sei que o meu Senhor vive". Deus dá e também tira. 

II. A PROSPERIDADE COMO RESULTADO DO TRABALHO E DO FAVOR DE DEUS 
Aqui se entende que qualquer forma de prosperar, enriquecer com origem diferente que não seja via trabalho é estranho ao ensino da Bíblia. O trabalho dignifica, honra e leva o homem a valorizar o seu ganho, utilizando o seu fruto para o fim útil à sua família e manutenção da sua vida.

Um ponto importante a salientar é que nem todo o homem que ajunta para si riqueza material significa ser abençoado por Deus. Os exemplos estão pertinho dos Filhos de Deus: o traficante, o ilícito e até o legal, humanamente falando, que não honra a Deus [...]. O esforço do homem o faz prosperar e honrando a Deus com seus bens, certamente será ainda mais rico.

CONCLUSÃO
O AT é rico neste tema: prosperidade, contudo, vinculado à obediência a Deus, íntima e real, sem mácula. Na prática, hoje, muitos querem barganhar com Deus, dizimando ou ofertando para alcançar favores, inclusive, alguns até ensinam esta doutrina herética. Na teoria, o AT e NT nos ensinam a praticar mordomia, honrar a Deus, e, servir ao pobre com nossos bens, para assim alcançar prosperidade espiritual e material. Soli Deo Gloria.

Profº Francisco Netto

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