quinta-feira, 25 de novembro de 2010

A Oração e a Vontade de Deus - Lição 9

INTRODUÇÃO
A noiva inteligente procura conhecer em tudo o seu noivo, seus intentos, projetos, desejos, planos... Em resumo conhecer da vida pessoal e profissional. O noivo também procura saber ao máximo da noiva a fim de poder agradá-la. A esposa busca conhecer ao marido e vice e versa. Um profissional além de ter total domínio do que faz procura conhecer o status quo e o plano organizacional da empresa onde trabalha. O cristão sabe que Deus é onisciente, contudo, acomoda-se em não buscar conhecer a Deus e isso em todos os aspectos. Inchamos o peito ao dizer que os discípulos de Jesus eram indoutos, leigos e inexperientes. Concordo. Eram mesmo tudo isso antes de conhecer e de conviver com o Mestre. Depois de o conhecerem não foram mais os mesmos. Nós também o conhecíamos. Nosso papel é dentre outros, conhecer e obedecer adorando.

I. A ORAÇÃO E A VONTADE DE DEUS
Algo que chama muito à atenção em nossos dias é exatamente a desvalorização do ensino nas igrejas protestantes. Sei que muitos clérigos e leigos discordam de minha posição, porém, não minto, digo a verdade. Veja: muitos professores de EBD o são somente pela experiência enquanto cristãos; conhecem muito pouco de bíblia e de teologia; desprezam a metodologia e a didática, preferindo o empirismo; querem que os alunos engulam de goela a seco o que é ensinado por eles; o tempo, ah o tempo... o tempo de aula varia pela média de 30 a 40 minutos, quando 90 minutos ainda é pouco; pouquíssimas igrejas tem sala de aula para a EBD que não sejam o próprio templo; sem dizer que não poucos professores o são pelo status e não pela vocação, o chamado; etc. Resumindo, o comentarista disse: “É fundamental que o suplicante conheça profundamente a quem Ele dirige suas orações...”. E eu digo: Como conhecerão profundamente se a EBD não ensina?

Qual é a vontade Deus à igreja? Que ela ame a Deus completamente. Indo, ensinando, chamando, batizando, conforme a comissão divina. Indo aos cativos, ensinando as doutrinas de Jesus Cristo, chamando de volta os desviados, e, assim não se secularizando e nem desertando da comissão, i.é, [isto é] obedecendo a Deus e amando a si mesma, as almas, a igreja, a Palavra, ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. Será que a EBD está ensinando a vontade de Deus?

Tem pessoas que não conhecem a Deus, a igreja, o estatuto da igreja, até é consagrado mais não sabe quais são as suas funções, não sabe o nome dos livros da bíblia e muito menos o teor da bíblia, também não conhece nem a ele mesmo... e ainda quer ensinar. A Vontade de Deus é singular para cada um: para Adão, a vontade de Deus foi a santidade, o domínio, a obediência e adoração; para José: o governo providente favorável a um povo fazendo Deus ser conhecido; para Moisés: ser porta-voz de Deus tornando conhecido o seu poder; para Jesus Cristo: obedecer e ser redenção a todos que o receberam e aos que virão a crer. A vontade Deus para mim: eu já sei. E você?

II. ORAÇÕES NÃO RESPONDIDAS POR DEUS
Acho que aqui o comentarista quis dizer, acerca de orações egoístas, dizer da necessidade do cristão olhar para os outros, às suas necessidades, fraquezas, impotência e carência de Deus. Ao invés de ter uma oração autocentrada, ser mais sensível a dor e à causa alheia. Compensa ler a parábola do fariseu e o publicano [Lc 18.9-14]; observar a Balaão e Balac [Nr 22 a 25; 2Pe 2.15; Jd 1.11; Ap 2.14]. Ainda é bom destacar dois grandes exemplos dos propósitos das orações: Ana que orou e cumpriu o seu voto em levar o seu filho à casa de Deus para o servir; e, o apóstolo Paulo que dava graças a Deus pelos de Éfeso para que lhes desse o espírito de sabedoria, revelação e de entendimento [Ef 1.16-17].

Será que é certo pedir a Deus posição social? O status, o querer destacar-se em detrimento dos demais, o querer os holofotes para si... Isso tudo é um grande mal, um cancer e infelizmente muitos são assim. Graças a Deus que existem os vocacionados, porque alguns fazem o serviço sagrado motivado pelas suas razões. Compensa ler Mateus 10.35-45; Mt 20.21-22 sobre a mãe de João e de Tiago que fez um pedido inusitado a Cristo; também 2Samuel 15 e 1Reis 1.5-31, onde Absalão usurpa o trono do pai e Adonias usurpa o trono do irmão Salomão. Convém explicar Fp 2.6 onde Paulo diz de Cristo não usurpar a igualdade divina.

Jesus Cristo sendo o próprio Deus conheceu o interior daqueles que o acercava. A isto Ele descreve o interior da liderança judaica com uma metáfora aterradora: “sepulcro caiado...”. Por fora beleza e formosura, aparência bela e palavras lindas. Por dentro podridão, cegueira, morte e imundícia. Pensando em mim e já que oro tão pouco, devo realmente me policiar para não ser igual àqueles que Jesus denunciou.

III. ORAÇÕES ATENDIDAS POR DEUS
Sinceramente, penso que os argumentos do comentarista neste tópico foram muito fracos. Falar das orações respondidas por Deus a Salomão, Elias e Davi é importante, contudo, certamente nem todas as orações feitas por esses nobres homens de Deus foram prontamente atendidas. Mesmo assim o destaque aqui é exatamente a oração que visa a vontade de Deus. Este foi o diferencial, não porque eram bonzinhos, reis ou profetas. Certamente o diferencial foi a oração visando a vontade de Deus tendo o coração e a vida conforme num padrão de santidade. Você leitor argumentará que todos eles falharam. Sim, concordo. Mesmo assim quando tiveram as suas orações atendidas estavam totalmente submissos a Deus e ponto.

CONCLUSÃO
Digo eu que o segredo para uma vida de oração viva e eficaz é viver Êxodo 20.7; Mateus 5.48; 1Pe 1.16. Procurar imitar a Jesus Cristo todos os dias. Será que eu e você podemos orar a Deus dizendo: 'Senhor honra a minha fé, minha vida na tua presença'? Pense nisso. Soli Deo Gloria.

Profº Netto, F.A.

Fontes
Dicionrio Bblico Wycliffe. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009.
Revista Ensinador Cristão. CPAD, nº 44, p.40.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

A Oração Sacerdotal de Jesus Cristo – Lição 8

INTRODUÇÃO
Esta oração feita por Jesus Cristo e registrada unicamente em Jo 17 foi denominada assim, "Oração Sacerdotal", justamente pelo seu conteúdo. Sacerdotal, em função da intercessão plena em favor de outros. Os outros em questão aqui são seus discípulos e os que ainda viessem a crer. Fica evidente a suma importância do lider orar pelos liderados, do cabeça orar pelo corpo ou da videira orar pelos ramos.

I. ORAÇÃO POR UMA VIDA DE COMUNHÃO COM O PAI
O verso 3 é na verdade uma sintese teológica universal, senão, observe que diz simplesmente que a vida eterna/salvação é: 1.conhecer a Deus como único Deus real e verdadeiro; 2.conhecer a Jesus Cristo como enviado. Perguntei pra mim mesmo: Tu conheces a Deus? Se não. Procures conhecer. Às vezes ousamos dizer que Deus “tem poder”, quando o deveríamos dizer com convicção que Deus “é o poder”.

Os relacionamentos entre as pessoas estão cada vez mais frios, técnicos e amistosos. Muitos conversam ou se aproximam apenas pelo necessário. Cristão, não corra este risco de esfriar, amornar no relacionamento com Deus, busque adorar a Deus com todas as forças da alma, espírito e coração, isto é, [i.é.,] completamente.

Ler, orar e meditar na Palavra de Deus deve ser uma constante na vida do cristão, isto se este quiser ter uma boa estrutura espiritual. Observe que muitos que outrora se sentavam ao seu lado sumiram, e, não mais estão no Caminho. Esfriaram, desistiram, desencantaram-se. Deixaram de ler, orar, meditar e de ira à igreja adorar. Veja que no final do Salmo 133 é dito: “ali Deus ordena a sua benção”. Ali aonde? Na comunhão, na reunião dos santos.

II. ORAÇÃO POR PERSEVERANÇA, ALEGRIA E LIVRAMENTO
Perseverar? É estar firme, convicto, não mudar em conceito, perdurar em ação. O que difere de teimosia, pois, esta evidencia a obstinação, teima excessiva em algo com fins humanos. Enquanto o perseverar já busca um fim coletivo ou pessoal, porém, com base num ensino, doutrina bíblica, etc. Os teimosos andam na contra mão, já os que perseveram estão no caminho certo, às vezes, devagar, mais sempre firme nas promessas.

Os discípulos são alvo da oração de Jesus [Jo 17.11-12] para que fossem sustentados por Deus e para que vivessem em unidade de vida, espírito, adoração e de testemunho, sobretudo, que guardassem tudo o que tinha aprendido. At 2.1,42,46 é singular em nos dizer que diariamente estavam no templo, perseveram na doutrina, oração, ensino, partir do pão...

Em Jo 17.13 Jesus fala de “alegria completa” e eu perguntei ao texto o que de fato venha a ser esta alegria completa, uma vez que o mundo nos aborrece, uma vez que o mal nos assola, que o inimigo está em nosso derredor? Você já se perguntou se tem essa alegria completa? Pois bem. Talvez sim, talvez não. Fato é que recorro a Lc 10.20 onde o próprio Jesus Cristo afirma que devemos alegrar, jubilar, exaltar especialmente por ter nossos nomes escritos no livro da vida, i.é., no livro dos salvos e nenhuma condenação há. Isso sim me faz ter alegria completa.

Eva alegrou-se por ter seu filho Sete em lugar de Abel; Abrão alegrou-se pelas vitórias; José alegrou em ver e abençoar a sua família; Moisés alegrou-se em ser usado por Deus para livrar os hebreus da escravidão; Ana que era estéril alegrou-se pelo filho que veio pelo milagre; Davi alegrou-se por que Deus era com Ele; Salomão alegrou-se pela sabedoria; Os cegos, coxos, paralíticos, famintos, desprezados alegraram-se pelo amor de Jesus e nós nos alegramos por muito menos, porém, devemos sim alegrar pela salvação em Cristo Jesus.

III. ORAÇÃO POR SANTIDADE, UNIDADE E FRUTOS ESPIRITUAIS
Santidade!? Disse Deus: “sede santos...” [Lv 20.7; 1Pe 1.16]. Jesus, aqui em Jo 17.17 é muito claro ao dizer: “santifica-os na verdade, a tua palavra é a verdade”. Nunca na terra a Palavra de Deus foi tão surrada pelos amigos e combatida pelos inimigos. As pessoas sofrem por não conhecerem esta palavra salvadora, libertadora, que transforma o indouto em um sábio. O apóstolo Paulo é enfático: “Prega a palavra...” e muitos lêem um verso e querem pregar. Não é à toa que as pessoas buscam a Deus, pois, vão à igreja ouvir algo que as alegre, sare a depressão, alivie o fardo, cure as feridas e que lhes dê paz na alma. Emfim, ouvir a palavra de Deus para que as ajude a serem santas diante de Deus, da Igreja e dos anjos.

Unidade! Quão bom e agradável viverem juntos [unidos] os irmãos. Ali Deus ordena a sua unção. Ali aonde? Na unidade e na comunhão. O Apóstolo Paulo em Rm 12.4-5; 1Co 12.12-31; Ef 4.3-6 usa a metáfora do corpo e dos membros para falar da Igreja como corpo e cada cristão como membro deste corpo. Agora a Unidade aqui ensinada é principalmente a de um só Deus, um só Espírito e um só batismo. Toda, toda a Igreja na face da terra e as milícias celestiais de Deus adoram perenemente a grandeza, poder, glória e majestade do Cordeiro santo, a saber, Jesus Cristo!

Todo bom pecuarista ou zootécnico sabe que o rebanho improdutivo é certeza de prejuízo ao dono, insatisfação e retrocesso à fazenda. Ovelha improdutiva deve ser tratada para que venha a produzir, ou então, abatida. Aquela que produz, recebe cuidados para produzir o seu máximo. Interessante é notar que todos recebem pelo menos um Dom, uma aptidão, uma faculdade, uma habilidade especial a fim de servir, trabalhar na seara divina.

CONCLUSÃO
A oração de Jesus Cristo registrada em João 17 nos ensina muito, especialmente em orar por nós [Eu e minha casa], por todos os trabalhadores da seara [os que trabalham comigo e/ou longe], e, também pelos que ainda virão a crer em Jesus Cristo e seguí-lo, como nós o fizemos. Soli Deo Gloria.

Profº Netto, F.A.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

A oração da Igreja e o trabalho do Espírito Santo - Lição 7

INTRODUÇÃO
Sobre a oração da Igreja e o trabalho do Espírito Santo é lícito e sensato interrogar: A ação do Espírito Santo depende das orações? Por que o manifestar do Espírito Santo tem sido mais no particular, intracristão, e, menos ostensivo se comparado ao tempo da Igreja Primitiva? Por que a origem da Igreja se deu no Pentecostes? Respondendo, o Espírito é Deus, e, portanto, dentre os seus atributos, tudo pode, i.é., é onipotente e independe do homem. À segunda questão respondo que hoje o manifestar do Espírito Santo alcança uma escala imensamente maior do que no tempo do Pentecostes. Lá se contava facilmente quantos eram os cristãos, hoje são centenas de milhares em toda a terra. De lá se divulgou em todos os séculos e mundialmente os atos do Espírito e não sabemos dos atos do mesmo Espírito no decorrer desses séculos, claro, você pensará: é impossível à humanidade saber esta informação, logo, digo que o agir do Espírito é: ostensivo e/ou velado, contudo, não se divulga a nível mundial as suas ações. Aliás, muitos ainda não foram apresentados ao Espírito, não o conhecem, não o adoram, não ensinam e com isto o tem como uma terceira pessoa em grau, um deus menor. Terceiro, a origem da Igreja é no Pentecostes e não no chamado dos doze ou ainda em João Batista, pelo essencial privilégio da Igreja não existir sem Ele. Resumindo, não se concebe Igreja sem Espírito Santo. Também porque lá no Pentecostes os apóstolos e discípulos tinham sido doutrinados/comissionados, faltando apenas o Selo real.

I. O INÍCIO DA IGREJA CRISTÃ
Na origem da Igreja, temos Jesus Cristo como pedra fundamental, a preparação dos discípulos e dos apóstolos e isto exclusivamente pelo próprio Deus, a saber, Jesus Cristo. Também o derramar do Espírito Santo como Promessa de Deus pelo profeta Joel e também de Jesus Cristo em Jo 7.38-39; Jo 14 e Jo 16. O Pentecostes foi o que denomino de ‘o inaugurar da Igreja’, o selo real de Deus à Igreja. Mesmo assim, tenho visto que os cristãos tem uma visão e um conceito muitíssimo limitados de Atos 2. Especialmente os pentecostais, como eu, e, os neo-pentecostais desconhecem a teologia, o contexto histórico e o real significado cosmológico do “derramar do Espírito”.


Em Mateus 10 temos Jesus chamando os doze, e, assim como em Lucas 10 Ele também chama a setenta, os prepara, os comissiona e os envia. Saulo recebeu ensino antes de seu chamado [At 22.3], pelo que também ensinou a Timóteo [2Tm 3.14] e hoje muitos acham que prcisam somente receber o batismo no Espírito Santo que já é o suficiente para o exercício pastoral. Digo que este conceito é um capricho humano, limitado e incabido.


II. A DISSEMINAÇÃO DA PALAVRA
Particularmente, não concordo que o Espírito Santo prepara pregadores e já sei que alguns discordam desta minha afirmação. Pois bem, se a afirmativa fosse que o Espírito separa, envia, ou ainda concede intrepidez, coragem e poder para testemunhar [At 1.8] os ensinos de Cristo e todas as doutrinas por Ele ensinadas, aí tudo bem. Todos os discípulos e apóstolos que estavam no Cenáculo, no Pentecostes, já haviam sido preparados por Cristo. Inclusive, propondo uma parábola para os meus alunos no IBADETRIM, eu disse: Fosse a Palavra de Deus uma bomba de alcance mundial, o que seria o estopim? O que faria esta bomba explodir? Dentre muitos os alunos somente um respondeu acertadamente: o Espírito Santo é poder e seria o estopim.


III. O ESPÍRITO E O CRESCIMENTO DA IGREJA
Era muito natural o crescimento numérico da Igreja no seu princípio, porém, não nesta larga proporção. No Cenáculo tinham cento e vinte e logo depois já eram cerca de três mil, mais adiante cinco mil. Note-se que os discípulos juntamente com os apóstolos receberam o preparo, o ensino diretamente de Jesus Cristo, somado ao poder [presença sobrenatural do Espírito Santo] e ainda o seu estilo simples de vida comum: adorar, orar, dividir em comum e o ensino, tudo isto resultou na simpatia de todos e no acréscimo das almas. Sem dizer os sinais, milagres e curas entre os cristãos e gentios, feitos por Deus em favor da Igreja. A pergunta é: porque hoje somente as igrejas pentecostais e neo-pentecostais crescem? Porque as igrejas históricas e/ou tradicionais estacionaram em número, crescendo apenas entre si? Agora, o mal maior é que não se questiona e nem se aquilata, nem se mede o crescimento espiritual ou ainda o conhecimento doutrinário e teológico. Há um paradoxo de cunho mundial: cresce a igreja visível apenas em número, porque este número não influencia, não muda e não faz a diferença no mundo. A violência, a desigualdade e tantas outras coisas do inferno estão aí paralelamente à Igreja. Nós não somos seres etéreos! Estamos aqui e devemos ser eficazes e relevantes, senão, a salvação terá sido em vão, foi navegar em debalde, correr atrás de vento e chover no molhado.


CONCLUSÃO
Cristo se esvaziou de sua plenitude em glória celeste, veio e habitou entre nós, por quem morreu em redenção de nossos pecados, nos comissionando a ir pregar e ensinar tudo o que aprendemos. Antes porém, após chamados e preparados, busquemos em oração permanente o poder, o revestimento celeste. Soli Deo Gloria

Profº Netto, F.A.

Fontes
PEARLMAN, Myer. Atos: E a Igreja se Fez Missões. 1.ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2006.
HORTON, Stanley. A Doutrina do Espírito Santo. 1. ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2001.
Revista Ensinador Cristão. CPAD, nº 44, p.39.

sábado, 6 de novembro de 2010

A Importância da Oração na Vida do Crente - Lição 6

INTRODUÇÃO
Na oração o cristão interage e conversa com Deus, adorando, agradecendo, suplicando intercedendo por um favor celestial para um alvo terrenal. Aqui eu penso como foram as orações de Jó. Orar é chorar aos pés de Cristo, derramar-se completamente em alma e espírito, rasgar o coração diante do Deus todo-poderoso. Digo sempre: quem se omite em orar está doente na alma e no espírito. Mt 9.33; Mt 12.22; Mt 15.30; Mc 7.37; Mc 9.17,25; Lc 11.14 em todos estes textos Jesus curou mudos e de imediato eles falaram, primeiro adorando e falando com Deus e segundo como prova do milagre. Nós temos o privilégio de ter todas as faculdades físicas, mas poucos as usam para conversar com seu Salvador.

I. RECONHECENDO O VALOR DA ORAÇÃO
Todo pai se alegra em conversar com os filhos e a falta disto implica em problemas, principalmente a falta de diálogo, aproximação e de intimidade. Sim, Deus é onisciente, porém, se agrada em ouvir seus filhos [Fp 4.6].

Exprimir gratidão pela salvação, pela vida, família, saúde, sustentação material e espiritual, ser grato pelo ministério e vocação, pelas misericórdias, ser grato pelas bençãos espirituais e materiais, tudo isto através da oração. Ana orou e foi atendida, pelo que voltou a casa de Deus para agradecer cumprir seus votos [1Sm 1]. Um coração grato se expressa em paavras, atos, lágrimas... [Sm 18].

Muitos não oram por vários motivos: não foram ensinados, e, se o foram, se omitem; desconhecem a importância da oração, que é armadura [Ef 6.18] contra o diabo e contra as tentações; orar em nome de Jesus Cristo [Jo 14.14]; e após a ascensão Cristo deixou o Espírito em auxílio nas orações dos cristãos [Jo 14.16,17]. Resumindo, quem não ora, fala pouco com Deus e assim tem pouca intimidade. Penso particularmente que quem não ora está morto espiritualmente.

II. A AÇÃO DO ESPÍRITO NA ORAÇÃO DO CRENTE
O Espírio Santo, aquele que está à porta e bate [Ap 3.20], que fez a Palavra ser viva e eficaz [Hb 4.12], que é poder ao descer sobre os cristãos para testemnhar da salvação [At 1.8], Ele habita no salvo, e, sendo assim o cristão é santuário de Deus.

Sabe-se que o Espírito Santo intercede e socorre os que com fé oram a Deus em nome de Jesus Cristo, o Salvador. É sugerido ler: Jo 14.16-17; Rm 8.26-27,34; 1Co 6.19.

III. COMO DEVE O CRENTE CHEGAR-SE A DEUS EM ORAÇÃO
Interessante que para qualquer pessoa falar com uma autoridade deve seguir um protocolo rigoroso, seja governador, presidente ou simplesmente com o chefe direto, observa-se todo um rito. Sempre nessas horas o respeito e a honra  são devidos à autoridade investida e pergunto: Por que algumas pessoas se dirigem a Deus com arrogância, altivez, como se Deus lhe devesse favores? O cristão precisa é orar a Deus com reverência, honestidade e confiança, fé.

CONCLUSÃO
Ingratidão é algo que é muito triste entre os homens, penso que também seja mui triste a Deus. A fé também não é muito buscada, desejada e praticada nos nossos dias. Confiança e dependência de Deus deveriam compor a essência do cristão. Resumindo: na oração de um salvo deveria ter gratidão, fé, confiança e dependência, alegria e comunhão. Soli Deo Gloria.

Profº Netto, F.A.

Fontes
GILBERTO, Antonio. Verdades Pentecostais. 1.ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2006.
Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. 1.ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2004.
Revista Ensinador Cristão. CPAD, nº 44, p.39.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Superdicas para professores de EBD: Valorize a EBD!


"EBD: falar é fácil, difícil é fazê-la eficaz" - Profº Netto, F.A.


Recentemente encerrei uma enquete neste blog sobre o que os leitores acham da EBD. Não foi grande a minha surpresa ao constatar que muitos gostariam de que houvesse mudanas no layout, no status quo, no escopo da EBD atual, exatamente como pensei. Tradicionalmente a EBD [Escola Bíblica Dominical] atrai poucos membros, quando muito e para não errar talvez uns trinta a quarenta por cento da membresia de qualquer Igreja Protestante no Brasil, e, quiça em toda a terra onde a igreja estiver. Como Ensinador Cristão, me entristece muito testemunhar esta realidade, ela é visível, patente e o que é pior: ela é ignorada. Por quem? Pelos administadores da EBD. E porque é ignorada? Simples: porque dá trabalho fazer melhor, mudar, qualificar ao invés de quantificar. E é aqui onde deveria ser investido todos os esforços solucionáveis, afim de potencializar a EBD tonando-a atrativa, arrebatadora, relevante, viva e eficaz.

Não é novidade afirmar que até mesmo os obreiros faltam à EBD, o que é uma vergonha, pois deveriam serem os primeiros! Temos poucos professores altamente qualificados e de alto nível, que dominam e bem a espada, i.é, conhecem com profundidade a Palavra de Deus e mais: que sabem ensiná-la com paixão, humildade e com um sentido prático para hoje. Precisa-se aumentar este número e urgentemente, pois a maioria dos prfessores tem apenas conhecimento empírico. Fala-se muito da EBD, dizem: "É a maior escola bíblica da face da terra". E eu digo que: EBD: falar é fácil, difícil é fazê-la eficaz. O tempo dedicado aos professores para se aplicar a lição é muito pouco, gira em torno de trinta a quarenta minutos em média. Veja, considere que temos quatro aulas mensais de EBD, que somando o tempo não é muito. Sem dizer que o professor tem que espremer a lição. Na igreja onde leciono temos na média trinta e cinco minutos. Outro dia fui numa congregação AD onde o tempo destinado a aplicar a lição é, para a minha admiração, setenta e cinco minutos. Verdade! Quase pedi minha carta de mudança. Podem rir, mas não estou brincando.

Penso que falta muito para a EBD ser excelente como uma agência de ensino. Primeiro, sugiro qualificar os professores em conhecimeto bíblico; aperfeiçoamento didático e metodológico; biblioteca para os professores; plano de aula  alto nível. Sim, plano de aula com profundidade, relevancia e aplicação prática; Investimento em salas de aula, uma vez que as igrejas usam o templo como salas e isto é mui prejudicial, visto que o aluno perde a concentração; falta marketing para a EBD. Observem que a mensagem de púlpito quase sempre é evangelística e há sempre convite à conversão, mais e o ensino? Deveria também haver intenso convite à EBD, especialmente dos neófitos. Assim, digo eu que é urgente valorizar esta fonte de ensino, onde os filhos de Deus se enraizam em conhecimento, amor à palavra e à igreja. Lutero disse: "A palavra sobrevive sem a Igreja, mas a Igreja não sobrevive sem a Palavra". Igreja, valorize a EBD, participe, venha e traga a família, os amigos afastados e fracos na fé. Administradores, pastores e superintendentes de EBD: não sejam negligentes, sejam os exemplos. Deus quer falar aos seus filhos. Valorizem a EBD. Soli Deo Gloria.

Profº Netto, F.A.

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