sábado, 7 de agosto de 2010

Profetas Maiores e Menores - Lição 6

INTRODUÇÃO

Esta classificação moderna de profetas "clássicos" como sendo escritores ou literarios, i.é., que profetizaram e também foram escritores; também profetas "não escritores", que profetiazaram mais nada escreveram, em nada diminui a autoridade apostólica e nem a inspiração divina. Deus se utilizou soberanamente de ambos. Aliás temos várias profecias registradas na Bíblia fora de livros proféticos.

Esta lição tem cunho de ensino bibliológico e o mestre, ensinador deve aproveitar bem não se limitando somente no conteúdo da lição e nem se apegando especificamente a um só tópico. É salutar utilizar-se de todo o conteúdo da lição, não o ignorando, e, nem desvalorizando, mais trazendo mais conhecimento bíblico e enriquecimento, potencializando a aula.

Na orientação pedagógica desta lição o mestre Ezequias Soares usa de um eufemismo retórico ao dizer: "É possível você constatar em sua turma alguns alunos com dificuldades de manusear os livros da Bíblia", e, pela experiência no ensino teológico eu afirmo sem medo de errar que uma maioria esmagadora ainda não leu a Bíblia por completo, também não sabe os nomes dos livros do AT e NT. Temos um lapso temporal, um erro que se estendo secularmente, e, teimamos em fazer vista grossa como se fosse um filho bastardo. Nós ensinadores julgamos ser isto de somenos importância, contudo, nota-se esta deficiência gritante, para não dizer vergonhosa! Sugiro muito incentivo à leitura, primeiro bíblica e depois de livros teólogicos, jornais e revistas de cunho ensinador. Para os ensinadores, mestres [professores de EBD] sugiro cursos teológicos, congressos, EBD de obreiros, simpósios, etc. Existem muitas escolas teológicas de boa qualidade que oferecem cursos presenciais e à distância para os que não tem acesso fácil e/ou moram longe.

Nada justifica o despreparo de um professor de EBD. Para um bom curso de Bacharel em teologia presencial e/ou à distância eu sugiro para todo o Brasil o IBADETRIM [Instituto Bíblico das Assembléias de Deus do Triângulo Mineiro], que é um celeiro de obreiros, uma escola de capacitação e já faz isto há tempo.

I. OSEIAS - O PROFETA MENOR

Neste tópico o comentarista preocupa-se primeiro em destacar o registro do apóstolo Paulo em Rm 9.25, onde especialmente deixa claro a mensagem, melhor, o plano salvífico para os gentios. O professor deve, neste ponto ter o cuidado de escolher passagens específicas que contenham o mesmo teor teológico.

Convém destacar textos importantes como a providência especial feita aos estrangeiros quando da instituição da circuncisão em Gn 17.12; também a mesma providência aos estrangeiros quando da instituição da Páscoa em Ex 12.48; Deus faz que haja uma mesma Lei para o estrangeiro e o natural Ex 12.49. Temos também a prostituta Raabe, estrangeira sendo alcançada pela providência divina. Rute, que era Moabita, e, estrangeiro entra  à genealogia de Cristo. Ainda Jonas, o profeta, tem o seu ministério voltado para os Ninivitas[Mt 12.39-41], inimigo dos judeus, e, portanto, estrangeiros.

O próprio Jesus Cristo, na oração sacerdotal em Jo 17.20 diz: "E não rogo somente por estes, mas, também, por aqueles que, pela sua palavra, hão-de crer em mim", evidentemente aqui inclui a todos, judeus ou estrangeiros. Ainda destaca-e At 1.8 que diz: "...ser-me-eis testemunha... e confins da terra". O apóstolo Paulo quando da sua chamada lhe é anunciado ir anunciar aos gentios, i.é., estrangeiros [At 9.15].
Assim, temos até na grande comissão: "ide, ensinais a todas as nações" [Mt 28.19]; ainda em João 3.16 quando afirma que Cristo veio para "todo aquele que nEle crer", etc. E de fato o Evangelho é de cunho universal, não se limitou a Jerusalém, contudo, tanto os profetas maiores como os menores, já anunciaram salvação aos estrangeiros, seja direta ou profeticamente.

II. ISAÍAS - O PROFETA MAIOR

O profeta Isaías é o profeta messianico de maior conteúdo acerca da vinda do Messias, contudo, o comentarista enfatiza especialmente este tema: "o remanescente fiel". É importante observar o contexto do profeta Isaías, que em Is 1.9 e 10.20, fala respectivamente de remanescente e de resíduos de Israel, como povo íntegro, que se mentinham fiéis. E também destacar, neste tema o ensino escatológico acerca do remanescente fiel, que são os Judeus que rejeitaram o Messias, porém num tempo futuro se converterão, então serão os remanescentes a serem alcançados.

Assim, entende-se o termo remanescente fiel, como: 1.Contemporâneo a Isaías; 2.No presente, hoje, a Igreja é este remanescente; 3.No futuro, o remanescente escatológico, antes da volta de Cristo.

III. CLASSIFICAÇÃO DOS LIVROS PROFÉTICOS

Como mencionado na introdução, esta lição tem no seu conteúdo um ensino bibliológico, i.é., tem um estudo de cunho sistemático da Bíblia.

Os profetas maiores receberam esta denominação em função do grande volume de prfecias que tem nestes livros e os profetas menores, evidentemente porque tem um volume menor de profecias.

Algo importante a dizer aqui é que Jesus Cristo fez uso dos profetas maiores e menores durante o seu ministério, isto ratifica a autoridade e a inspiração destes livros. Mateus 4.4,7,10, são enfáticos: "está escrito"; Lucas 24.44 também dizem que Jesus lia Moisés, Profetas e Salmos.

O ensinador, professor deve ainda ter guardado na sua mente os nomes dos livros dos profetas maiores e menores, certamente algum aluno o questionará.

CONCLUINDO - Os livros proféticos maiores se completam com os menores e convém nós conhecermos bem para ensinar. Esta lição talvez não tenha um conteúdo muito chamativo, contudo, cabe ao mestre estudar muito e trazer uma mensagem teológica, contextualizada, ungida, relevante e sobretudo prática, para que seja útil ao aluno/ouvinte.

Tenha uma excelente aula! & Soli Deo Gloria.

F. A. Netto.

Fontes
1. BEVERE, John. Assim Diz o Senhor? Como saber quando Deus está falando através de outra pessoa. 1. ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2006;
2. Dicionário Bíblico Wycliffe. 1. ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2006;
3. Bíblia de Estudo Plenitude. Sbb, Edição de 1995. Barueri-SP, 1526p;
4. Bíblia digital de Estudo Ilúmina Gold;
5. Cf. CULVER, R. Robert. Verbete: Nabh’. In HARRIS, L. R. (et al) Dicionário internacional de teologia do Antigo Testamento. SP:Vida Nova, 1998, p. 905;
6. Cf. DAVIDSON, F.; SHEDD, R. P.[eds.] O novo comentário da Bíblia. 3. ed., São Paulo: Vida Nova, 1997, p. 1318.
7. SOARES, Ezequias. Visão Panorâmica do Antigo Testamento. Rio de Janeiro, CPAD, 2003.

2 comentários:

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    Que tal ter o player da mesma tocando no seu blog?

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  2. Agradeço pelo convite, certamente lhes visitarei para conhecer o blog.

    Obrigado.

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