segunda-feira, 7 de junho de 2010

Entrevista com o Pastor Álvaro Alem Sanches

"t emos que deixar de lado as divergências" - Pr Álvaro

Esta entrevista com o Pastor Álvaro Alem Sanches, Presidente da Assembléia de Deus - Missão, com sede em Uberlândia, entrevista esta que foi feita, no ano de 2003, pelo Jornal "Paixão pelas Almas", órgão informativo do SEMIPA - Semeadores Missionários com Paixão Pelas Almas, da Igreja Assembléia de Deus em São José do Vale do Rio Preto-RJ. O Pastor Álvaro também preside a COMADETRIM - Convenção das Assembléias de Deus no Triangulo Mineiro.   Na foto [Pr Álvaro, à direita e o Ev Saulo Gregório, à esquerda].

Esta entrevista, foi por mim reeditada agora em função da riqueza de detalhes e por ser recheada de informações importantes acerca deste prolífico líder, o Pr Álvaro, no que norteia a Assembléia de Deus - Missão, em Uberlândia e campo, como também da SEMAP. Eu recomendo e , compensa ler.
 F. A. Netto.
Entrevista editorada por Ricardo Miranda:

Pastor Álvaro, como foi sua conversão?
Pr. Álvaro - Quando eu tinha oito anos, Jesus transformou a minha vida e a dos meus pais, apesar de ser trabalhador e honesto, meu pai Antônio de Oliveira Sanches era um homem dominado pelo álcool e pelo cigarro, além de praticante ferrenho do espiritismo Kardecista; minha mãe Maria de Lourdes Sanches era de origem portuguesa, católica praticante e idólatra doente, mas Jesus entrou em meu lar e aos 14 anos fui batizado na Igreja Batista da cidade de Mirandópolis – SP.

Como foi sua chamada pastoral?
Pr. Álvaro - Vivi na Igreja Batista até me casar, logo após, ingressei na Assembléia de Deus em busca dos dons espirituais, fui conduzido pela mão do Pr Salvador Antunes, hoje pastor na Assembléia de Deus em Varginha – MG. Após um período, na Igreja em 20Mar77 fui separado para o diaconato pelo Pr Alfredo Ruchdal, em Ipiranga – SP. Passei uma intensa busca por algo mais de Deus e em 1978 decidi ser um crente fiel, porém, não me envolver com ministério, depois de ver o sofrimento de grandes pastores. Batistas e Assembléianos que constantemente passavam na casa de meus pais decidiram me afastar do local onde nasci e me mudei para o Triângulo Mineiro, tentando fugir do risco de ter que me envolver na obra de Deus, mas Deus me cercou, e, o Pr Jose Braga da Silva pela orientação de Deus me colocou a frente da Assembléia de Deus de Centralina – MG no ano de 1979. Fui separado para o presbitério e deixei a empresa onde trabalhava e me envolvi 100% na obra de Deus, assim em 1980 fui separado para o ministério da palavra, e hoje pela misericórdia de Deus estou há dez anos frente à Assembléia de Deus de Uberlândia – MG.

Como e quando surgiu o envolvimento da Assembléia de Deus em Uberlândia com missões?
Pr. Álvaro - A Igreja Assembléia de Deus em Uberlândia sempre foi uma Igreja evangelizadora. Por aqui, passaram grandes empreendedores do Reino de Deus. No ano de 1987 pastoreei uma Igreja em Tupaciguara, campo de Uberlândia, e realizamos uma grande festa e o convidado foi o Pr Cezar Furtado, o qual encontrou o Pr José Braga e deste encontro nasceu a idéia de criar a primeira extensão do GMUH [Gideões Missionários da Última Hora]. Foi marcado o I Encontro de Missões em Uberlândia-MG dos GMUH, e assim nasce a chama definitiva da Obra Missionária na Igreja Assembléia de Uberlândia. Quando assumi a Igreja dei seqüência à obra do Senhor e, com o presidente do GMUH, Pr. Cesino Bernardino e Pr Nildair, que resolveram criar uma secretaria de missões, deixando de ser uma extensão, mas continuando juntos no objetivo de Nosso Senhor Jesus em obediência ao Ide de Jesus [Mc 16:15].

Como é dividir o tempo entre igreja, SEMAP e família?
Pr. Álvaro - Dividir o tempo é algo sensível, é preciso sensatez e sabedoria, se tratando de algo tão importante como estas três, – Igreja, SEMAP e família, pois foi assim sua pergunta [Igreja – SEMAP – Família], mas se mudar a ordem [Deus – Família – SEMAP], temos condições de atender relativamente bem, pois em nenhum momento podemos tirar Deus de 1º lugar, Ele e a sua obra, e também valorizarmos a família é à base da Igreja e da Obra Missionária. O exercício do esposo e pai não pode ser feito em virtude de ocupações excessivas. Tem como equilibrar as coisas, agora o que mais pesa para mim são as agendas e viagens.

Conte-nos um pouco como nasceu a SEMAP e a Revista Visão Missionária?
Pr. Álvaro - Ao deixar de sermos extensão dos GMUH foi necessário, por exigência de trabalho, criarmos a Secretaria de Missões Ação Pentecostal – SEMAP. Os desafios missionários continuaram, e isto, nos levou a estruturar a secretaria, e, para atingir e conscientizar as pessoas foi necessário pensar em um meio de informação, então começamos com o Boletim Informativo, depois o Jornalzinho depois surgindo a Revista Visão Missionária, como órgão informativo da SEMAP.

Hoje, quais são os ministérios da SEMAP e quantos missionários já possui no campo?
Pr. Álvaro – Hoje, temos várias atividades, além de enviar e sustentar missionários. Enquanto faço esta entrevista, a Equipe SEMAP sai de viagem para promover um Seminário sobre missões em uma igreja Assembléia de Deus aí no estado do Rio de Janeiro. Além do Seminário Mobilizador para Líderes e Vocacionados a Missões, temos realizado palestras, congressos, encontros, parcerias de apoio, literatura, transparências com estatísticas da situação global, produção de vídeos, CD’s Tributo a missões, cobertura de eventos missionários... Portanto, esta tem sido a nossa tarefa e ainda levamos o Filme Jesus em praças, escolas, clubes etc...

Hoje temos 3 famílias fora de nossa nação e recebemos recentemente 12 missionários, que estavam desenvolvendo o Projeto Radical em Parceria com a Missão Horizontes, alguns estão se preparando para voltar e outros ajudando a secretaria local. Ainda no Norte do nosso estado, norte e nordeste do Brasil, vários missionários estão atuando nessas áreas com o objetivo também de fazer conhecido o nome do Senhor Jesus.

Sendo um conferencista, qual foi a conferência que lhe chamou a atenção?
Pr. Álvaro - Muitas coisas inesquecíveis tenho, guardado em meu coração, algumas mudaram meu rumo sobre alguns conceitos missionários, outras me fizeram ver coisas que eu nunca tinha visto como pastor de Igreja, mas o que me chamou mais atenção foi uma conferência missionária em Vitória – ES, quando um preletor pregava, Deus falou fortemente comigo e exigiu que eu falasse isto onde eu fosse pregar. Deus disse: "Eis que usarei todo o meu amor e misericórdia para que meu filho seja conhecido entre aqueles que nunca ouviram falar do evangelho; mas também usarei minha justiça para tratar com aquele que me conhece e nada tem feito para que meu filho seja conhecido entre os povos não-alcançados". Isto foi forte e me chamou atenção.

Como o senhor vê o envolvimento da igreja brasileira com missões?
Pr. Álvaro - O nosso Brasil é muito grande, não dá para sentir a atitude da igreja de forma generalizada e não se deve descrever o estado da Igreja com base em uma sede ou ministério, creio que até temos nos envolvido, porém de forma desobjetivada e isto tornam difícil atingir o alvo. Temos um exemplo, que apesar de ser para o mal é eficiente, que é o da força aliada da guerra do Iraque, soldados de várias nações que se ajudaram em um só objetivo de destronizar Saddam e libertar o povo do Iraque de seu regime; soldados com cultura, armas, treinamento, nacionalidades diferentes, mas todos com um só objetivo, estabelecer a democracia.

Se deixarmos de lado as divergências convencionais, o regionalismo, o querer criar congregações em outras nações, cujo objetivo é só envaidecer de dizer que tem tantas igrejas lá fora, tivéssemos uma instituição forte com o apoio da Convenção Geral e de todo o ministério e a Igreja local, não teríamos obstáculos que não superaríamos, pois temos uma grande denominação.

Discutimos muito, sobre a união das igrejas [denominações] em favor da causa missionária, na sua opinião isto acontece ou não?
Pr. Álvaro - Falei um pouco na resposta da pergunta anterior, porém o próprio Deus diz que o reino dividido não subsiste, sabemos que a unidade é algo imprescindível no sucesso da obra de Deus. Em um dos seus sermões, o Papa João Paulo II falou a um bispo que estava preocupado com o crescimento dos evangélicos no Brasil. O bispo respondeu que não precisava ter medo deles, pois eram muito divididos; talvez este é o maior argumento do diabo. John Wesley diz que se não conseguir ser unido em tudo, sejamos pelo menos nos essenciais, eu diria pelo menos no objetivo maior, o Ide de Jesus. Eu oro para que a união aconteça, porém não devemos desanimar se isto demorar acontecer.

Suas considerações finais.
Pr. Álvaro - Agradeço a Deus pela oportunidade de expressar aqui minha sugestão, talvez não atingindo a pergunta, me perdoem! Vamos juntos fazer esta tarefa e orar uns pelos outros, e estamos aqui em Uberlândia a disposição de todos, que Deus abençoe ao Pr. Julio Cezar e toda a equipe de SEMIPA.

FONTE
http://www.semipa.org.br/secoes/entrevista/index.php?action=ler&id=115

2 comentários:

  1. Mue Amado!
    É uma honra seguir seu Blog, e estabelecer-mos esta confraternização cristã, que infelismente esta tão escassa em nossos dias!

    Apóstolo Ladislau Nunes!

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  2. Nobre Irmão, paz... agradeço pela visita e comentários, bem-vindo. Estarei pensando na parceria.

    Att.,

    Profº Netto, F.A.

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